10 mundos distópicos nos quais ninguém quer viver
10 mundos distópicos nos quais ninguém quer viver
Adoramos esses universos, mas odiaríamos viver neles!
A distopia sempre foi um “gênero” muito presente na ficção, seja na literatura, nas artes visuais e, principalmente no cinema, onde encontrou uma forma de se retratar de forma audiovisual. Consiste basicamente de apresentar um futuro completamente tortuoso e pessimista, onde a humanidade conseguiu descarrilhar todo seu potencial.
Curiosamente, todos adoram uma boa distopia. Em vários filmes e séries já fomos apresentados a esses mundos cruéis e futuristas, e sempre temos uma saga ou alguma franquia importante que toca nesses aspectos. Mas sem dúvida alguma, jamais gostaríamos de viver nesses futuros.
Nesta lista, apresentamos 10 mundos distópicos nos quais ninguém quer viver!
The Handmaid's Tale
Começando a lista com um exemplo relativamente recente, The Handmaid’s Tale é uma série da Hulu, baseada em um livro da autora Margaret Atwood. Nesse mundo nada convidativo, a infertilidade entre mulheres aumenta drasticamente, o que gera uma ascensão de um grupo extremista que obriga mulheres férteis a serem escravizadas e usadas por famílias ricas, para que elas possam gerar filhos.
Uma série que explora muito bem as consequências de uma cultura misógina e que toca em temas muito delicados como estupro, O Conto da Aia nos apresenta um mundo no qual ninguém gostaria de viver, justamente pela tirania apresentada pelos governantes e pelas leis impostas. E, mesmo sendo um futuro distópico, a série nos faz refletir sobre questões existentes no mundo atual... o que é simplesmente apavorante.
Equilibrium
Lançado em 2002 e incorporando diversos elementos da literatura distópica, Equilibrium é um conto sobre um mundo onde todo tipo de desigualdade foi suprimida, e todos são iguais. Contudo, o que parece ser pano para uma utopia acaba sendo muito mais horrendo: os seres humanos não podem mais sentir emoções, e precisam tomar um coquetel de remédios para poderem não ter sentimentos.
Quem não toma, é sumariamente punido. E aqui, entra um grupo de rebeldes que precisa se manifestar clandestinamente para salvar elementos ricos da humanidade, como a arte e o direito de ter emoções. Porém, um governo sádico e cruel continua a fazer de tudo para que esse grupo seja erradicado, e para que o status quo desesperançoso seja mantido.
Fahrenheit 451
Esse mundo é um verdadeiro terror – e curiosamente, inspirou o item anterior dessa lista, bem como diversas outras distopias ao longo da história. Aqui, o governo e as corporações dominam a mente das pessoas de uma forma tão assombrosa que é proibido ler qualquer tipo de livro. Para impedir esse “crime”, o governo dispõe de uma brigada de “bombeiros”, responsáveis por incendiar a literatura.
Representando a maior Biblioteca de Alexandria da história, Fahrenheit 451 nos mostra como, visando o controle total da população, o governo pode servir para manipular e alienar ao extremo todo um país, em busca de uma dominação suprema e inquestionável. Curiosamente, o livro apresenta faíscas de esperança iluminadas, como o grupo de peregrinos que são responsáveis por salvar a literatura, com cada membro decorando livros completos.
1984
O grande pai das distopias modernas, 1984 é a obra máxima de George Orwell, influenciando gerações de escritores e inserindo um futuro completamente pessimista. Aqui, mais uma vez temos um governo tirano e autoritário, sob os olhos do Grande Irmão. As pessoas sofrem lavagem cerebral diária, e até mesmo a história é mudada através dos registros, diariamente alterados para fazer com que o governo sempre pareça estar certo.
Quando uma fagulha de esperança e romance surge entre dois personagens, acompanhamos a história enquanto eles tentam fugir do governo para viverem uma vida pura e bonita... e então somos atirados no chão enquanto seus sonhos são massacrados de forma brutal e sofrida. Tanto o livro quanto a adaptação cinematográfica passam tão bem essa atmosfera que é impossível sequer concebermos a vida nesse universo.
V de Vingança
Uma das obras que mais bebe diretamente de 1984, o clássico de Alan Moore, V de Vingança é um conto curioso, pois apresenta um futuro distópico que, teoricamente, já faria parte de nosso passado, por representar uma Inglaterra morta na década de 80, vítima do fascismo e da tirania.
Com referências claras à obra de Orwell, temos aqui uma história clássica: um homem contra toda a corporação e o mundo ao seu redor, enquanto o misterioso V busca se vingar de seus detratores e criar uma geração de pessoas conscientes, mesmo que utilizando-se de métodos moralmente questionáveis para obter seus fins. No fundo, V de Vingança é um conto sobre a corrupção humana, e sobre a indomável vontade de se livrar de sistemas opressores.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
E por falar em quadrinhos, não podíamos deixar de citar esse, uma vez que – apesar de ser o mais fantasioso dessa lista, é justamente uma das metáforas mais reais relativas a períodos já existentes da história da humanidade. Tanto nas HQs quanto na adaptação cinematográfica, vemos um futuro desolador onde mutantes são caçados e exterminados em campos de concentração, por representarem um risco para a “humanidade”.
A partir daí, os X-Men precisam tecer um complexo plano para livrarem-se desse futuro amedrontador. Isso nos mostra como a intolerância e o preconceito podem ser causas assustadoras para um futuro de trevas. As referências ao Holocausto provam que, apesar de não existirem mutantes no mundo real, ninguém está à salvo do fanatismo e do ódio cego.
O Exterminador do Futuro
Enquanto os X-Men enfrentam seus Sentinelas, aqui nós temos os Exterminadores. Um futuro que incorpora o medo da humanidade pela tecnologia cada vez mais insurgente, o mundo de O Exterminador do Futuro mostra o que aconteceria se nossas próprias criações se voltassem contra nós, além de explorar elementos muito atuais, como a paranoia por segurança e a necessidade do controle global.
Embora invista em elementos como viagem no tempo e paradoxos temporais, que são (atualmente) impossíveis, Exterminador do Futuro tem um ar de realidade em seu mundo, já que a tecnologia e ciência estão cada vez mais avançadas, causando uma aflição constante e um medo da possível revolta das máquinas.
Mad Max
Por mais fodão e incrível que seja o mundo de Max Rockatansky, ninguém gostaria de viver nele. Imagine-se em um futuro onde não há água, a gasolina se torna a maior moeda de troca do mundo e a população vive com fome e submetida à líderes tirânicos? É justamente isso que a saga de Mad Max vai mostrando aos poucos, ao longo de quatro filmes.
Óbvio que o show e a adrenalina nos carros seria um bom atrativo para manter-se vivo, mas as dificuldades seriam muito maiores e mais terríveis, de forma que ninguém em sã consciência gostaria de ter que lutar por sua vida apenas para conseguir elementos essenciais para sobreviver, como água e comida. Em vez disso, preferimos apenas nos maravilhar com a ação incessante nos cinemas mesmo.
Wall-E
Wall-E é, sem sombra de dúvidas, o filme mais fofo dessa lista. É uma história de amor e de esperança, mas ainda assim, apresenta um futuro que desejamos que nunca aconteça: a Terra se torna inabitável pela quantidade de lixo que despejamos no planeta. Isso força toda a população mundial a abandonar seu lar e migrar para o espaço.
Porém, as coisas não ficam melhores lá em cima. Pelo contrário. A população se torna cada vez mais dependente de tecnologia e cada vez mais sedentária, até que a chegada de um robozinho catador de lixo muda a jogada. Com sorte, seremos capazes de evitar esse futuro nada agradável e pular diretamente para a fase em que a humanidade se reergue.
Jogos Vorazes
Finalizando, temos uma das sagas adolescentes mais profundas dos últimos anos, que criou um fenômeno muito controverso na mídia. Jogos Vorazes é uma distopia onde o governo dos Estados Unidos se unifica de forma absoluta, e todos os distritos precisam responder a uma única e soberana capital. Porém, pior que isso, a cada ano é realizada uma cerimônia a la Big Brother onde diversas crianças precisam se matar em uma arena - tudo isso para lembrar a população da força do Estado.
Enquanto os fãs de Harry Potter adorariam ir para Hogwarts e os de Percy Jackson sonham em ser semideuses, nenhum fã de Jogos Vorazes gostaria de ser um Tributo, ainda mais em um mundo ultraviolento e opressor, onde até mesmo o lado "rebelde" da guerra é corrupto e apodrecido.