Diferente de Pokémon, Digimon se tornou uma série antológica. Desta forma, diferentes temporadas trataram de diferentes digiescolhidos, fazendo com que o anime tenha uma maior variedade de enredos em comparação aos “monstrinhos de bolso”.

Apesar dessa situação favorecer Pokémon quando o assunto é se apaixonar pelos personagens, também é um ponto positivo para Digimon quando falamos em explorar diferentes ângulos.

Os digiescolhidos nem sempre ficam muito tempo como protagonistas de Digimon, mas isso não significa que suas participações passam batido. Cada um dos personagens passam por profundas mudanças ao longo das séries.

Pokémon, por outro lado, tem um ritmo mais lento, deixando a comédia tomar conta com a evolução do personagem ficando em segundo plano. Essa diferenciação é crucial para quem busca mais enredos elaborados ao invés de entretenimento fácil.

Digimon não é conhecido apenas pelos seus “monstros digitais”; pelo contrário, é uma história dramática que, constantemente, questiona o “bem” e o “mal”. No anime, temos vilões que se tornam heróis, figuras sombrias com passados dramáticos e digiescolhidos com objetivos escusos.

Visto como uma versão mais sombria de Pokémon, o universo de Digimon é um prato cheio para quem ama personagens conturbados.

“Pika, pika, pika?” Em Pokémon, aprendemos que cada monstrinho tem um “idioma” próprio, fazendo a comunicação ser bem limitada. Esse não é o caso de Digimon, cada um deles possui uma personalidade e voz muito bem definida. Inclusive, isso permitiu que os roteiristas atribuíssem arcos interessantes para personagens como Agumon, Nyaromon, Patamon, entre outros.

Para alguns, os vilões são a alma de um bom anime. Em Digimon, isso é algo que não falta. Os antagonistas de cada uma das temporadas apresentaram motivações legítimas para todas as suas atitudes vilanescas, fazendo com que o público entenda seus ideais.

Isso é um dos principais pontos positivos da série, uma vez que em Pokémon, a maior rivalidade de Ash, por exemplo, fica para a Equipe Rocket.