Morbius: os easter eggs e referências do novo filme da Marvel na Sony
Morbius: os easter eggs e referências do novo filme da Marvel na Sony
Acenos a clássicos do terror, HQs da Marvel e mais!
Após o sucesso dos dois filmes de Venom, a Sony Pictures começou a expandir seu universo da Marvel com mais obras focadas nos vilões do Homem-Aranha. Morbius, o vampiro vivo, é o primeiro dessa nova investida, e ganha um filme estrelado por Jared Leto que acaba de chegar aos cinemas.
Dirigido por Daniel Espinosa (Vida), o longa é repleto de acenos a clássicos do terror e referências das HQs do personagem. Confira abaixo todos os easter eggs de Morbius!
Vampiro midiático
Michael Morbius é um pouco recluso da sociedade, e ainda que tenha fama de salvador de vidas, ele não se deixa iludir pelo sucesso. Isso tira um pouco do sério sua colega Martine Bancroft (Adria Arjona), que descobre que o médico recusou um prêmio Nobel da Paz - e a grana que viria em consequência - através das páginas do jornal Clarim Diário.
Parte recorrente das histórias do Homem-Aranha, o Clarim Diário é o jornal sensacionalista que tem J. Jonah Jameson como editor-chefe nas HQs. No universo da Sony, porém, a publicação é conhecida por ter Eddie Brock (Tom Hardy) como repórter.
Pesadelo à Bordo
Quando o experimento dá errado e Michael Morbius acaba se transformando em um vampiro, suas primeiras vítimas são um grupo de mercenários contratados para supervisionar o navio em águas internacionais.
Enquanto caça os soldados pela sala de máquinas escura, Morbius pode ser visto arranhando suas garras em um dos encanamentos, numa cena que brinca com a forma que o maníaco Freddy Krueger aterroriza suas vítimas em seu porão na franquia A Hora do Pesadelo.
S.S. Nosferatu
Além de A Hora do Pesadelo, outro clássico do terror também ganha uma homenagem sutil pelo diretor Daniel Espinoza.
O navio em que o experimento de Morbius acontece é carinhosamente batizado de LCV Murnau, que é um aceno ao cineasta alemão F.W. Murnau, a mente por trás de Nosferatu (1922) - um dos maiores clássicos do Expressionismo Alemão e dos mais aterrorizantes filmes de vampiro, que completa um século justo no ano em que Morbius chegou aos cinemas.
CSI São Francisco
Um dos destaques do filme é a dupla de investigadores Simon Stroud (Tyrese Gibson) e Alberto Rodriguez (Al Madrigal), que ficam na cola de Morbius ao seguirem o seu rastro de cadáveres. Em sua introdução, a dupla vai até o navio em que o vampiro massacrou um grupo de mercenários. Surpreso pela cena, Rodriguez diz: “A gente não via algo interessantes assim desde São Francisco”.
No caso, São Francisco é a cidade dos EUA em que os filmes do Venom são ambientados. Assim, a repercussão do caos causado pelo simbionte é forte o bastante para atravessar o país e chegar em Nova York.
Do Entardecer ao Amanhecer
Ainda sobre os detetives, é válido notar que Simon Stroud existe nas HQs da Marvel. Por lá, ele é um ex-agente da CIA que se junta à polícia de Nova York, e que é aliado da Viúva Negra, do Homem-Aranha e até mesmo de Morbius, dependendo da situação.
Já Alberto Rodriguez é um personagem inédito do filme, e seu sobrenome é um aceno para outro cineasta de horror: Robert Rodriguez, que contribuiu ao cânone dos filmes de vampiro com o excelente Um Drink no Inferno (1996).
O Suspeito
Ao ritmo que o filme avança, Morbius não é o único a se tornar um vampiro. Milo (Matt Smith), seu melhor amigo de infância, também se injeta com a mesma solução que reescreve o DNA humano com traços de morcegos. Como resultado, ele também se torna um vampiro - mas um bem menos relutante em sua sede por sangue.
Morbius logo percebe a transformação quando é visitado pelo amigo na cadeia. Milo paga sua fiança, e ainda lhe dá um saco de sangue para saciar a fome, mas acaba “esquecendo” sua bengala na cela de Morbius.
A cena mostra Milo mancando para fora da cadeia, até lentamente ir ajeitando sua postura e passar a caminhar normalmente. O momento é uma referência direta ao impactante final de Os Suspeitos (1995), quando o personagem de Kevin Spacey deixa seu disfarce de lado.
Um Vampiro Americano em Londres
Por mais que a trama de Morbius seja ambientada em Nova York, muito do filme foi rodado no Reino Unido, como em Manchester e Londres. Isso fica bastante visível em uma cena de luta entre Morbius e Milo.
Quando a dupla troca socos da rua até o metrô, o lugar é claramente uma estação britânica - especificamente as escadarias e plataformas da estação Charing Cross, no coração de Londres, que tem enormes túneis desativados para o público. Para manter a ilusão, tudo está customizado com a identidade visual do metrô nova iorquino, incluindo até o característico trem cinzento, com uma bandeirinha dos Estados Unidos.
Thomas & Kane
Durante a batalha no metrô, as paredes da estação estão adornadas de propagandas falsas. Uma delas, que parece ser para um perfume ou uma marca de luxo, traz o nome de Thomas & Kane.
A “marca” faz alusão ao roteirista Roy Thomas e ao ilustrador Gil Kane, que criaram o vampiro Morbius nas páginas de O Espetacular Homem-Aranha #101, originalmente publicada em outubro de 1971.
O ex-Doutor
Uma pequena piadinha com o passado de Matt Smith acontece quando os investigadores Stroud e Rodriguez estão buscando por Morbius, e acabam esbarrando em um caso de assassinato do lado de fora da boate. Ao ver a gravação da câmera de segurança, eles descobrem que foi Milo quem atacou as vítimas ao invés de Morbius, e Rodriguez diz: “Esse não é o doutor”.
O diálogo, claro, faz alusão ao cargo de Michael Morbius, mas a justaposição entre a fala e a imagem de Matt Smith pode ser entendida como uma brincadeira com a carreira do ator, que se consagrou vivendo o 11º Doutor de Doctor Who.
Os Laboratórios Horizon
Na reta final do filme, é possível ver uma propaganda do Horizon Labs. O comercial não chama muita atenção, mas o laboratório farmacêutico existe nos quadrinhos da Marvel. Nas páginas da editora, a Horizon já chegou a empregar tanto Michael Morbius quanto Peter Parker (na fase em que seu corpo é ocupado por Otto Octavius).
Casal Vampiresco
Ao longo do filme, Morbius e sua colega de laboratório Martine Bancroft vão desenvolvendo um romance, até eventualmente se tornarem um casal. Infelizmente, ela se torna vítima de Milo durante a batalha final, mas em seu beijo de despedida com Morbius, Martine rasga o lábio de seu amado e toma de seu sangue. Após isso, o vampiro morde seu pescoço, assim oficializando sua transformação.
Na cena final, Martine Bancroft abre seus olhos, retornando dos mortos como uma vampira. Caso Morbius ganha continuação, a personagem deve retornar, já que a Martine Bancroft das HQs também começa como assistente do doutor, se torna amada e depois se transforma em vampira para passar a eternidade ao lado de Michael Morbius.
O restante do Sexteto Sinistro
Pela cena pós-créditos, em que o Abutre propõe uma parceria com Morbius, o filme deixa claro que a Sony está reunindo o Sexteto Sinistro. Além dos dois, Venom já foi estabelecido, e Kraven, o Caçador ganhará filme próprio em breve. Quem são os dois membros restantes?
As várias cenas que mostram manchetes do Clarim Diário podem dar pistas disso. Em um momento, há uma pequena notícia dizendo que o Camaleão escapou da cadeia. Já em outro, é a vez de Rino conquistar sua liberdade. Assim, é bem possível que os dois personagens dêem as caras no futuro do universo da Sony, enfim reunindo o grupo de vilões.