Quem foi uma criança mais bagunceira e que constantemente estava aprontando ouvia muito dos pais ou outros parentes, “Para com isso senão o Homem do Saco vai te pegar”. Era muito comum colocar um pouco de medo na criança dizendo que viria alguém para buscá-la e ele nunca mais iria ver seus pais.

Muitas vezes a criança só ignorava nas primeiras vezes e com a seriedade dos pais aumentando, acabava parando com a bagunça. Mas algo que podia acontecer em decorrência disso, era crianças entrarem em desespero ao ver alguém carregando um grande saco na rua, acreditando que aquele era o homem do saco que enfim vieram buscá-las.

Quando se está comendo algumas frutas como laranja, ou melancia é comum que se engula algumas sementes. E com isso, crianças acreditavam que uma árvore ia nascer, já que se você plantar uma semente pode nascer um broto.

Muitos pais utilizavam isso, principalmente com crianças menores, para evitar o máximo que elas comessem sementes, já que pode acontecer dela engasgar ou algo do tipo. Então a mentira acabou tendo alguma utilidade.

Quem precisava fazer muitas viagens entre cidades de carro era comum se deparar com diversas bolas laranjas nos fios. Como ninguém sabia explicar o que era, é comum a criança simplesmente entender que aquilo eram bolas de basquete que ficaram presas por algum motivo nos fios.

Depois de um pouco crescido, é possível que descubra que na verdade as bolas laranjas servem para alertar pilotos de aviões e helicópteros que existe um fio de alta tensão ali. Com isso, o objeto serve para evitar que tragédias aconteçam.

Assim que as crianças aprendiam sobre o planeta, principalmente vendo um globo, mostrando a posição de cada um dos países e continentes, dá para perceber que o Brasil e o Japão ficam opostos. Com isso, era comum que elas acreditassem que para chegar do outro lado bastava cavar um buraco.

A ideia era reforçada com frequência por desenhos animados, principalmente coisas como Looney Tunes ou Pica-Pau. O personagem em determinado momento cavava um longo buraco ou então era mandado para debaixo da terra, chegando um uma região completamente diferente, fazendo as crianças pensarem que funcionaria da mesma forma.

Chiclete é um dos doces mais comuns da criançada. É normal chegar na escola e várias pessoas estarem mascando um chiclete, mas engolir ele nunca pareceu uma boa ideia. É por isso que pais e outros parentes diziam que caso engolisse ele ficaria grudado no seu estômago.

É claro que isso não é verdade, mas é uma boa tática para fazer com que a criança não engula o chiclete. Apesar de não ficar grudado no estômago, o doce leva muito tempo para ser digerido, o que em casos específicos pode causar algum problema.

Nos anos 90 existiam muitas dessas frases como “Varri seu pé, agora você não vai casar”. Entre elas existia uma que era, caso alguém pule sobre você, essa pessoa não iria crescer até que alguém pulasse de volta.

Claro que quando você é um pouco maior é fácil perceber que isso não é verdade. Mas uma criança que já é menor que as outras escuta que depois de alguém pular sobre ela, não cresceria mais era motivo para entrar em desespero.

Muita gente teve uma daquelas borrachas que tinha duas cores, de um lado era vermelha e do outro azul. Como ela era dividida, era comum ouvir um amigo da escola dizer que cada lado tinha sua funcionalidade. O vermelho é a função normal de apagar lápis, entretanto a parte azul servia para apagar a caneta.

Não tinha como não ficar convencido que a borracha era especial. Então era hora de testar, escrever qualquer coisa no caderno com caneta e tentar apagar. Em certas ocasiões podia até dar uma leve apagada no que estava escrito, mas na maior parte das vezes a criança só usava força demais o que resultava na folha rasgando.

Um problema na infância é a criança ficar muito tempo no chuveiro, geralmente brincando com a água. Nisso, a conta de energia do fim do mês fica bem alta, e para isso acontecer era normal alguns parentes falarem, “Não fica muito no banho porque senão você derrete.”

O que dá o toque especial para as crianças acreditarem nessa frase é o fato que os dedos ficam enrugados caso fique muito tempo na água. Então basta os pais mostrarem e comentarem que se ficasse mais tempo iria ficar ainda pior.

Quem nunca levou o Super Nintendo ou qualquer outro videogame pra casa dos avôs para aproveitar o domingo junto de outros primos, mas chegando lá era proibido de ligar já que aquilo ia estragar a TV. Mesmo se conseguisse convencer alguém a ligá-lo, era deixado bem claro que o console só poderia ser usado por no máximo 1 hora para não ter problema.

Muitos dos videogames dessa época precisavam de adaptadores e outras coisas para serem ligados. Além disso, antes do jogo ser iniciado a tv podia apresentar alguma estática diferente do que normalmente acontece, o que fazia muitos acreditarem que aquilo estivesse danificando o aparelho. Apesar disso, os consoles nunca causaram dano a TV.

Durante os anos 90 tivemos uma variedade de produção que trazia brinquedos à vida. Seja com Toy Story, a animação de sucesso da Pixar, Pequenos Guerreiros que passou inúmeras vezes na Sessão da Tarde, ou até mesmo Chucky.

Com isso, toda criança acreditava que esses objetos tinham vida própria e só não se revelavam para seus donos. Algumas começaram a tratar melhor seus brinquedos, mantendo eles inteiros e guardados em seu lugar. Outras tinham aquela boneca específica que precisava ficar fora do quarto quando ia dormir, já que a criança acreditava que ela era perigosa.