Os 10 melhores quadrinhos da Marvel dos anos 2000
Os 10 melhores quadrinhos da Marvel dos anos 2000
Entre guerras mutantes, disputas de heróis e novos salvadores!
Se a Marvel Comics já havia nos dado excelentes histórias nos anos 80 e 90, a virada do milênio veio para consolidar de vez a editora como uma das maiores gigantes da cultura pop – tanto que foi por aí que vimos o nascimento e a ascensão do MCU. Os anos 2000 trouxeram mudanças no status quo, não só da editora como no mundo, o que impactou diretamente nas histórias contadas até então.
Com o nascimento do Universo Ultimate, a dizimação dos mutantes, a ascensão dos heróis urbanos e até mesmo uma Guerra Civil pairando no ar, não faltam exemplos fantásticos de histórias publicadas pela editora naquele período – e sem mais delongas, aqui estão as 10 melhores sagas e arcos da Marvel Comics nos anos 2000!
Ultimate Homem-Aranha
No começo dos anos 2000, a Marvel começou a perceber o sucesso de suas primeiras adaptações para o cinema, e decidiu criar uma linha alternativa de histórias, com heróis repaginados e origens atualizadas para o novo milênio. Nascia ali o Universo Ultimate, e embora várias histórias mereçam destaque, nenhuma é tão boa quanto o Homem-Aranha Ultimate.
Brian Michael Bendis é um nome que você lerá bastante ao longo da lista, e aqui ele já começa a provar o porquê. Usando vários aspectos da mitologia clássica do Amigão da Vizinhança, ele cria um novo Peter Parker refletido na juventude dos anos 2000, com um novo conjunto de vilões e aliados. Anos depois, a revista seria palco da estreia de Miles Morales.
Novos X-Men
Os anos 90 foram muito produtivos para os Filhos do Átomo, mas ninguém esperava que a equipe fosse ganhar um novo propósito nas mãos de Grant Morrison e Frank Quitely. Pois bem, com a chegada de 2001, Novos X-Men veio para mudar tudo que conhecíamos a respeito da raça mutante - e ainda nos apresentou ótimos vilões, como Xorn e Cassandra Nova.
Embora o título seja composto por vários arcos diferentes, o maior destaque sem dúvidas vai para E de Extinção, onde conhecemos a "irmã gêmea" de Charles Xavier e seus planos para aniquilar os homo superior. Aqui, Morrison se propôs a trabalhar personagens como Emma Frost e Ciclope, além de mostrar que nem todas as mutações são bonitinhas - ou até úteis.
O Rei da Cozinha do Inferno
Brian Michael Bendis retorna aqui com uma tarefa árdua, já que acabou ganhando o título do Demolidor pouco após a fase de Kevin Smith, que por sua vez já havia sido muito bem avaliada pelos fãs. Porém, o que o roteirista conseguiu fazer ao lado de Alex Maleev, Mark Bagley e tantos outros artistas é algo difícil de ser explicado.
Deixando de lado o clima mais "fantasioso" das histórias anteriores, Bendis se dedica a apresentar um herói urbano, mais sujo e quebrado, que precisa arcar com as consequências de sua vida dupla. A história então evolui de formas curiosas, trazendo a queda do Rei do Crime e a ascensão de Matt Murdock como Rei da Cozinha do Inferno.
Alias
E se com o Demolidor, Bendis conseguiu fazer o impossível e aumentar as apostas para um herói conhecido por sempre ter estrelado boas histórias, em Alias ele tira ainda mais o nosso tapete ao fazer um grande retcon na história do Universo Marvel, apenas para apresentar sua mais nova heroína: Jessica Jones.
Porém, a trama começa quando Jessica já deixou os Vingadores há vários anos, e hoje tenta tocar sua vida normalmente como investigadora particular, tudo enquanto enfrenta uma grande ameaça de seu passado, o Homem-Púrpura. Com requintes de noir e uma prosa bem articulada, o primeiro volume de histórias da heroína se tornou um clássico instantâneo.
Vingadores: A Queda
Se Brian Michael Bendis já havia se provado com seus sucessos anteriores, é em Vingadores: A Queda que o autor deixa sua marca para a história dos quadrinhos, dividindo de vez a equipe. Na trama, os Maiores Heróis da Terra são atacados por uma força misteriosa, que no fim é revelada como a própria Feiticeira Escarlate, consumida pelo luto e pela sua depressão.
O que Bendis faz, já nas primeiras páginas do arco, é um grande massacre em termos de expectativas, subvertendo tudo que conhecemos sobre os heróis e seu papel nesse mundo. Porém, além de ser um abalo sísmico nas estruturas do Universo Marvel, o arco também proporcionou a criação de equipes de heróis amadas, como os Novos Vingadores e os Jovens Vingadores.
Dinastia M
Se Vingadores: A Queda tinha nos mostrado um pouquinho do perigo que a mente de Wanda Maximoff representa, é com Dinastia M que as apostas são elevadas. Amada por uns, odiada por outros, a saga elaborada por Brian Michael Bendis e Olivier Coipel nos coloca em um admirável mundo novo, criado pela própria Feiticeira Escarlate graças aos seus poderes.
Se essa nova realidade traz várias surpresas positivas, logo descobrimos que tudo não passa de uma artimanha engendrada pelos familiares de Wanda, o todo-poderoso Magneto (que na época ainda era considerado pai da Vingadora) e Mercúrio. No entanto, a importância principal da saga se dá graças ao seu final, que trouxe a aniquilação de boa parte da raça mutante...
Trilogia Messiânica
Se Dinastia M veio para acabar com a raça mutante, o público logo rejeitou a ideia e começou a exigir um "retorno à forma" para os X-Men. Por isso, a segunda metade dos anos 2000 nos trouxe algumas narrativas dramáticas e bombásticas com os Filhos do Átomo, sobretudo a aclamada Trilogia da Messias.
Composta por Complexo de Messias, Guerra Messiânica e Segundo Advento, os arcos envolvem o nascimento da primeira mutante após o Dia M, Hope Summers - bem como suas diversas fugas pelo tempo, ao lado de Cable. A história culmina em eventos trágicos, como o assassinato de Noturno, mas também trouxe uma nova esperança aos homo superior.
Planeta Hulk
Quem só conhece o Hulk pelos filmes mal sabe que o Golias Esmeralda tem algumas das histórias mais interessantes dos quadrinhos, e um exemplo perfeito é Planeta Hulk. Publicado entre 2006 e 2007, o arco começa no momento em que o anti-herói é exilado do Planeta Terra pelos Illuminati, que decidem levá-lo a um lugar longínquo do espaço para evitar destruição.
Porém, o Hulk acaba parando no inóspito e hostil Sakaar, um planeta de alienígenas estranhos, onde precisa lutar por sua própria vida nas arenas e garantir sua sobrevivência. A saga idealizada por Greg Pak transborda com momentos gloriosos do Verdão e ainda serviu para puxar o gancho para uma das batalhas mais épicas da Marvel, em Hulk Contra o Mundo.
Aniquilação
Muito antes dos Guardiões da Galáxia conquistarem as salas de cinema, o Universo Marvel dividia seus grandes eventos a partir de núcleos específicos - e foi assim que, em 2007, boa parte dos heróis cósmicos da editora foram sugados para um vórtice brutal com Aniquilação, saga que reúne várias figuras com ideias e motivações muito diferentes.
Com a participação da Tropa Nova, do Surfista Prateado e Galactus e até mesmo um grupo de heróis que posteriormente formariam os Guardiões da Galáxia, a saga de Keith Giffen e Andrea Di Vito é um épico grande e sem precedentes, que reúne várias facções rivais na guerra contra o cruel Aniquilador e suas hordas vindas da Zona Negativa.
Guerra Civil
Em primeiríssimo lugar, não podíamos deixar de citar a obra máxima escrita por Mark Millar e ilustrada por Steve McNiven, que serviu como uma plataforma para uma mudança total no status quo do Universo Marvel. A trama de Guerra Civil começa com uma grande tragédia, que nos leva à desconfiança da população com super-heróis.
A partir daí, o governo americano passa a Lei do Registro, de modo que todos os heróis precisem revelar sua identidade e participar de missões pré-estabelecidas pelas autoridades. A briga pode ser encabeçada pelo Capitão América e pelo Homem de Ferro, mas o interessante aqui é notar como um conflito ideológico foi responsável pela cisão de vários amigos e aliados.