Os 10 melhores quadrinhos da DC Comics da década de 80

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Os 10 melhores quadrinhos da DC Comics da década de 80

Por Gus Fiaux

Os anos 80 trouxeram uma grande leva de novidades para os quadrinhos – as histórias já estavam mais adultas, os artistas tinham mais permissão para exagerar na violência e nos temas mais maduros e o exagero tomava conta de tudo. No entanto, foi nesse período que a DC Comics lançou algumas de suas histórias mais aclamadas até hoje – protagonizadas por heróis como BatmanMulher-MaravilhaMonstro do Pântano e mais!

Com a invasão britânica a pleno andamento nos quadrinhos e diversas ideias fervilhando ao redor do mundo, os quadrinhos nunca mais foram os mesmos – e após falarmos das 10 melhores histórias da Marvel na década de 80, chegou a ver de listar os 10 quadrinhos mais importantes da DC Comics nos anos 80!

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Batman: Ano Um

O Batman sempre foi um dos pilares centrais da DC Comics, e é por isso mesmo que Frank Miller e David Mazzucchelli decidiram dar ao herói uma nova roupagem com Batman: Ano Um, de 1988, lançada pouco tempo depois de O Cavaleiro das Trevas. Aqui, revisitamos o primeiro ano de ação do Cruzado Encapuzado de Gotham City.

Com uma narrativa densamente influenciada pelo cinema noir, a HQ é cheia de elementos que hoje são parte do cânone central do herói, redefinindo toda a mitologia do Cavaleiro das Trevas. Vale recomendar também o filme animado de 2011, que recria precisamente a história e ainda traz um estilo de animação que lembra bastante a arte de Mazzucchelli.

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Camelot 3000

Não só de histórias de super-heróis viverá o homem - e não só de quadrinhos ambientados na realidade principal da DC Comics também. Em 1982, surgia a inacreditável Camelot 3000, uma história situada em um longínquo futuro alternativo, onde a Inglaterra se vê dominada por forças alienígenas vindas de um planeta distante.

Mike W. Barr e Brian Bolland então criam a narrativa de um novo Rei Arthur, que após descobrir a Excalibur, precisa reunir a Távola Redonda e criar um exército contra os invasores sobrenaturais. Repleta de momentos geniais e com uma releitura bem interessante das Lendas Arturianas, a HQ é uma pérola subestimada na história da editora.

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Jovens Titãs: Contrato de Judas

Juntos ou separados, Marv Wolfman e George Pérez fizeram história nos quadrinhos com seus arcos, tanto na Marvel quanto na DC Comics. Um belo exemplo disso é Jovens Titãs: Contrato de Judas, uma das HQs mais sombrias e impactantes da equipe juvenil, que içou o Exterminador ao posto de um dos maiores vilões das histórias em quadrinhos.

Na trama, vemos a traição de Terra conta sua equipe, que fica ainda mais impactante graças à arte emocional de George Pérez. Não apenas isso, toda a história se desenrola cheia de reviravoltas e momentos dramáticos, e culmina em um terrível sacrifício que traz mudanças definitivas para a mitologia dos Jovens Titãs.

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A Saga do Monstro do Pântano

Alan Moore é um dos grandes mestres das histórias em quadrinhos, e você certamente não se surpreenderá em ver o autor em mais de um item nesta lista. No entanto, começamos a falar dele com a Saga do Monstro do Pântano, arco no qual ele redefiniu o personagem e deu a ele toda sua rica mitologia, que perdura até hoje.

Ao lado de artistas como Stephen Bissette, Jon Totelben, Rick Veitch, entre muitos outros, Moore não só deu ao Monstro do Pântano raízes arcanas, mas também apresentou diversos dos inimigos que povoam as histórias do herói lodoso. Além disso, é uma história indispensável para os fãs de John Constantine, já que foi aqui que o demonologista surgiu pela primeira vez.

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A Piada Mortal

Durante muitos anos, conhecíamos o Coringa e não sabíamos nada sobre sua identidade, suas motivações e sua conexão com o Batman. Isso muda totalmente com o lançamento de A Piada Mortal, graphic novel escrita por Alan Moore e ilustrada por Brian Bolland, que nos oferece um denso mergulho na psiquê do Príncipe Palhaço do Crime.

Tão influente quanto perturbadora, o quadrinho mostra o vilão preparando o seu plano mais violento e insidioso, enquanto tenta provar a todos que basta um dia ruim para que qualquer cavaleiro imaculado se torne um monstro sem escrúpulos. Para muitos, é a história definitiva do Coringa, e influenciou várias obras e adaptações posteriores.

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Mulher-Maravilha por George Pérez

Uma das heroínas mais importantes dos quadrinhos, a Mulher-Maravilha já teve diversas fases marcantes, mas poucas são tão emblemáticas para a sua história quanto a run de George Pérez, iniciado em 1987, após a Crise nas Infinitas Terras. Aqui, temos uma completa revolução nas histórias da heroína, que perdura até hoje como o arco favorito dos fãs da personagem.

Ao longo de dezenas de edições, Greg Potter, George Pérez e Len Wein recontaram a história de origem de Diana Prince e a Ilha-Paraíso de Temíscira, bem como suas primeiras batalhas contra o terrível Ares e sua primeira incursão no mundo dos humanos. O arco foi uma das bases principais para o primeiro filme solo da heroína, lançado em 2017.

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Sandman: Prelúdios e Noturnos

Ainda que Sandman tenha se tornado popular nos anos 90, é preciso lembrar que o primeiro arco da obra-máxima de Neil Gaiman começou em 1989 e foi altamente influenciado pela cultura da década de 80. Nas páginas de Prelúdios e Noturnos, conhecemos Morpheus e vemos como ele foi aprisionado por muitos e muitos anos.

O arco acaba dando as bases de tudo que veríamos nas setenta e cinco edições da HQ, deixando já várias pistas para o que viria a seguir. Além disso, vale ressaltar como os roteiros de Gaiman casam perfeitamente com as artes de Sam Kieth, Mike Dringenberg e Malcolm Jones III, os artistas que ajudaram a definir o mundo do Sonhar como o conhecemos atualmente.

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Crise nas Infinitas Terras

Atualmente, crossovers são bastante comuns nos quadrinhos, ainda mais as grandes sagas que envolvem todos os universos de uma editora. No entanto, na década de 80 esse conceito ainda era novo e inexplorado, o que só fez de Crise nas Infinitas Terras uma história ainda mais rica do que se pensava na época.

Marv Wolfman e George Pérez foram encarregados da difícil missão de estabelecer um cânone definitivo para a DC Comics, e fizeram isso da melhor forma possível em uma história cheia de contornos trágicos, com um foco especial dado a Barry Allen, o primeiro Flash, além da criação de duas forças absolutas da DC: o Monitor e sua contraparte maligna, o Anti-Monitor.

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Batman: O Cavaleiro das Trevas

O ano era 1986 e, até então, o Batman protagonizava histórias bem leves e corriqueiras nos quadrinhos. Tudo mudou quando Frank Miller e Klaus Janson entregaram à DC Comics a proposta de uma história mais madura, violenta e ambientada em um universo alternativo, onde o herói é forçado a sair de sua reclusão para deter uma série de ameaças.

O Cavaleiro das Trevas é, definitivamente, a obra mais importante para o Cruzado Encapuzado, tendo redefinido muito do que conhecemos do herói. E não só isso, a ideia de uma história em um futuro alternativo mais sombrio e distópico colou com a DC, que tentou recriar isso à exaustão ao longo dos anos - mas nenhuma das histórias é tão impactante quanto o que Miller e Janson fizeram aqui.

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Watchmen

Em primeiríssimo lugar, não podíamos deixar de falar da graphic novel que veio para mudar os quadrinhos para sempre. Watchmen, a obra máxima de Alan Moore e Dave Gibbons, é uma das melhores HQs de super-heróis de todos os tempos, justamente por ter sido a primeira a revelar o "lado sombrio" desses seres superpoderosos e inalcançáveis.

Guiada por um mistério central - Quem matou o Comediante? - a história logo começa a mostrar suas facetas mais sombrias, ao mesmo tempo em que nos apresenta uma gama de personagens inesquecíveis, como Rorschach, o Coruja II, a Espectral II, o sábio Ozymandias e, é claro, o todo-poderoso Dr. Manhattan.