Resident Evil 5 pode não ser o mais popular da franquia, porém é visto como boa parte dos fãs como “divertido”. Apesar de sua história que beira a um racismo cultural e uma direção de arte questionável, o quinto capítulo da franquia entrega uma experiência multiplayer satisfatória.

Pelo menos se o seu companheiro de jogatina for um amigo e não um robô. Resident Evil 5 é um dos raros casos que consegue ser lembrado pela experiência ao invés de sua qualidade.

E quando falamos em experiência, Resident Evil 4 é um poço profundo de opiniões. Lançado em 2005, o jogo trazia uma mecânica diferente para a franquia. Nela, não apenas temos o foco completamente em apenas um personagem, Leon, como o título passa de um típico survival horror para ação e aventura.

A mudança pareceu brusca para os fãs de longa data, porém, com um protagonista cativante e uma das melhores dublagens do mundo dos games, Resident Evil 4 se tornou um clássico. Outro ponto que ajudou para a aquisição desse status foi a popularização do PlayStation 2, principal plataforma para se consumir o jogo na época do seu lançamento.

Servindo como uma grande homenagem a franquia, Resident Evil Village é dividido em diferentes segmentos. Entre survival horror, ação e aventura e muito puzzle, o oitavo título traz Ethan Winters em sua última aventura. O jogo foi um dos mais populares de 2021 e muito disso se deu por conta da vilã Dimitrescu.

Resident Evil 3: Nemesis continua sendo um dos jogos mais marcantes da série. Ele foi responsável por introduzir vários dos elementos que moldaram o futuro de Resident Evil. Dentre eles, havia a mecânica de criação de munição, eventos de tempo rápido e histórias ramificadas, fazendo com que cada gameplay se tornasse única.

Mas, o que ainda se destaca em RE3 é seu principal vilão: Nemesis. Diferente do Mr. X de Resident Evil 2, o visual do perseguidor se popularizou entre fãs e jogadores casuais, tornando esse um dos principais rostos da franquia.

Não há como falar em melhores títulos de Resident Evil sem lembrar do responsável por levar a franquia de volta ao survival horror. Em Resident Evil 7: Biohazard, deixamos de lado nomes conhecidos como Chris e Claire Redfield e conhecemos Ethan Winters e sua esposa, Mia.

Com referências a O Massacre da Serra Elétrica, A Bruxa de Blair e A Morte do Demônio, o título se tornou um banquete para fãs do horror.

Code Veronica é um dos casos mais curiosos da franquia. Constantemente esquecido da linha de eventos principal por conta de seu título, a verdade é que o mesmo apresenta uma das histórias mais importantes de Resident Evil.

Nele, reencontramos Claire Redfield após os eventos de Resident Evil 2. Porém, se antes não tinha ideia do que estava fazendo com a própria vida, agora se dedica a desmascarar a Umbrella Corporation.

Sendo um dos primeiros jogos a trazer mais ação, Code Veronica tem inspiração em filmes de John Woo e traz a quantidade certa de horror, vilões esquisitos e a breguice pela qual a série é conhecida.

Mas, se Claire Redfield ganha destaque em Code Veronica, é em Resident Evil 2 que a personagem brilha. O título foi responsável por expandir o conceito do primeiro jogo. Enquanto Resident Evil focava em um espaço fechado, agora tínhamos dois protagonistas precisando lidar com uma caótica cidade tomada por zumbis.

Com uma história mais ambiciosa e uma variedade maior de inimigos, a trajetória de Claire e Leon em RE2 se tornou um parâmetro para os jogos posteriores.

E por que não falar de Resident Evil 2 Remake? Não há nada melhor que o original, mas temos que dar o braço a torcer sobre o trabalho da Capcom com essa atualização. Aqui, o vilão principal, Mr. X, brilha, sendo um gerador de ansiedade ambulante.

Também temos maior destaque para as personagens de Ada Wong e Sherry Birkin, além de trazer um tom mais assustador para a história. Não muito diferente do original, o remake passou a servir de parâmetro para os futuros títulos de Resident Evil.

Enquanto o remake de Resident Evil 3 não agradou em nada, o de Resident Evil 4 acertou em cheio. Trazendo Leon S. Kennedy mais uma vez para o foco, acompanhamos o agente americano em uma missão de resgate.

Porém se o jogo original falhava em dar profundidade a história, transformando a mesma em um jogo de ação “genérico”, o remake amarra diversas questões. Personagens como Luis Sera, Ada Wong e Ashley Graham ganham uma maior agência, fazendo dessa trama algo mais colaborativo e menos focado em Leon.

O jogo também usa e abusa do seu gênero de ação e aventura, trazendo muitas armas e estilos de combate. Em outras palavras, Resident Evil 4 Remake traz tudo que o fã da franquia deseja, porém, em uma qualidade que o mesmo não esperava.

Resident Evil 2 pode ter ousado na história; Resident Evil 3 pode ter adicionado novas mecânicas à trama; Resident Evil 4 pode ter ido além do survival horror; Mas, nada disso seria possível sem o primeiro.

Esquema de gerenciamento de itens, bons quebra-cabeças, um ótimo visual e level design, além de uma história instigante com muito survival horror. Isso tudo representa apenas uma parcela do que significa o primeiro Resident Evil para o restante da franquia.

Porém, se as mecânicas e jogabilidades da versão de 1996 ficaram defasadas, o remake de 2002 conseguiu substituir o original. Não apenas isso, mas preservou o que torna o primeiro título tão especial.