Plataformas: PlayStation 5

Como diversos outros games da lista, Final Fantasy XVI é o mais novo título de uma franquia já bem estabelecida - e que voltou a cair no gosto do público recentemente, com o lançamento de Final Fantasy VII Remake e o sucesso contínuo de Final Fantasy XIV. Não surpreende que a Square Enix tenha optado por colocar muito da equipe deste último como responsáveis pelo décimo sexto game da franquia principal, e o resultado é exatamente o que se esperaria desse grupo de talentos.

O que isso significa na prática é que Final Fantasy XVI conta com um combate delicioso, no qual é extremamente satisfatório realizar combos e usar habilidades, mas que brilha ainda mais em seus momentos cinemáticos, nos quais abraça o exagero de forma empolgante e divertida. Além disso, um grande destaque é a trilha sonora, que fez por merecer seu prêmio de melhor do ano no The Game Awards.

O jogo também é extremamente belo, seja no visual de seus personagens, dos locais explorados, ou dos eikons que encontramos pelo caminho. Uma pena que a história nem sempre mantenha a qualidade de todo o restante do game.

Plataformas: Xbox One & Series X|S, PlayStation 4 & 5, PC

Começando a lista temos Diablo IV, mais nova entrada da franquia icônica da Blizzard Entertainment - e uma extremamente aguardada, uma vez que o último game da série havia sido lançado em 2012. Com a promessa de unir a ação de seu antecessor aos sistemas e tom sombrio dos dois primeiros jogos da série, o título foi anunciado como um projeto muito ambicioso, e ainda assim conseguiu entregar tudo que prometia.

O resultado é um jogo que sabe combinar o tom dark que os fãs de Diablo tanto apreciam com uma jogabilidade que traz o melhor dos ARPGs. Como se não bastasse, o game foi um caso raro de lançamento para um jogo contínuo, ou seja, que se mantém “ao vivo” e online com novos conteúdos e atualizações após seu lançamento inicial. Isso porque dificilmente esses jogos têm inícios positivos, seja pelos lançamentos conturbados ou porque chegar ao conteúdo de “fim de jogo” é o que realmente importa.

Diablo IV torna toda a jornada interessante - além de contar com uma história que acompanha a qualidade do restante do game.

Plataformas: Nintendo Switch

Pikmin 4 é um daqueles jogos que pode ter passado batido por muita gente, principalmente tendo em vista os outros grandes lançamentos do Nintendo Switch em 2023. Mesmo assim, o game faz por merecer seu lugar na lista, reunindo tudo que há de melhor na franquia que integra.

Super fofo e com um visual belíssimo, a diversão do game está de fato em sua jogabilidade, seja em completar desafios, passar pelas “mini-dungeons” e coletar itens. Não é muito complicado, mas nem todo jogo precisa ser, e o novo Pikmin cumpre com maestria tudo a que se propõe. É uma ótima adição à franquia - e o lugar perfeito para começar, para quem nunca teve contato com a série antes.

Plataformas: PlayStation 5

Os jogos do Homem-Aranha da Insomniac games se tornaram um grande sucesso no decorrer dos anos. Agora, com o segundo título da série principal, a desenvolvedora se mostrou capaz de continuar esse sucesso sem perder a qualidade pela qual ficou conhecida.

A verdade é que o game não traz nada revolucionário, mantendo a fórmula testada e aprovada que mescla momentos cinemáticos e uma das mecânicas mais fluidas dos videogames no que diz respeito a explorar o cenário de modo em que se movimentar é divertido. Mas isso não é um ponto negativo: na realidade, é um dos pontos fortes do jogo, que mantém sua jogabilidade gratificante e foca em contar uma nova história.

A trama conta com vilões interessantes e busca estabelecer uma conexão entre os heróis e a cidade a qual protegem, algo fundamental em qualquer boa história do Homem-Aranha. O uso dos dois protagonistas também não é feito de modo desequilibrado, sendo eficiente e interessante, o que torna esse elemento um acréscimo e não um problema. Não é ambicioso e revolucionário, mas é um game de qualidade que fica entre os melhores do ano.

Plataformas: Xbox Series X|S, PlayStation 4 & 5, PC

Desde que a Capcom deu início à leva de remakes de Resident Evil, o quarto título da série se tornou um dos mais aguardados, por já ser um dos mais queridos entre o público. A espera valeu a pena, resultando em um game incrível de survival horror que captura a essência do original ao mesmo tempo em que conta com atualizações extremamente necessárias.

Claro que o visual atualizado é um grande destaque por sua qualidade, mas é na jogabilidade que o game realmente se destaca, contando com elementos de qualidade de vida que modernizam a experiência sem deixar que ela perca o que a torna especial. Mais que isso, o jogo consegue se livrar de alguns dos seus piores pontos e adicionar pequenos detalhes que tornam a experiência ainda melhor.

Não era uma tarefa fácil agradar com o remake de um jogo tão querido, e o fato de que a nova versão foi tão aclamada só demonstra como ela conseguiu superar as altas expectativas do público.

Plataformas: Xbox Series X|S, PlayStation 4 & 5, PC

Os jogos de luta muitas vezes são considerados um nicho, não atingindo um público tão amplo quanto outros tipos de games. Mas, no caso de Street Fighter 6, a maior parte dos jogadores foi pega pela febre do jogo da Capcom, que modernizou a franquia de diversas formas.

O mais óbvio é o visual, que trouxe novas versões de personagens icônicos e gráficos atualizados mas, mais que isso, adicionou efeitos que contribuem para uma identidade visual marcante e cheia de estilo. O principal, porém, foram as atualizações na jogabilidade, que tornaram o game divertido e acessível mesmo para quem não tem muito contato com os jogos de luta com a adição dos “controles modernos”.

Com um elenco robusto, um modo World Tour que deixa a seriedade de lado (e acerta ao fazê-lo), um modo online de qualidade, Street Fighter 6 é um ponto alto para a franquia - e para os games lançados em 2023.

Plataformas: Nintendo Switch

Super Mario Bros. Wonder é um dos títulos que não podem ficar de fora de uma lista de melhores do ano. O game é o primeiro jogo de plataforma 2D da franquia desde 2012, mas não se contenta em ser “apenas” um retorno ao formato clássico, trazendo inovação e frescor que justificam a “maravilha” em seu nome.

O jogo traz novas ideias, inimigos e mais, tudo podendo mudar de forma bizarra e incrível por meio da ativação da Wonder Flower. Isso resulta em fases muito memoráveis e muita estranheza, no melhor sentido da palavra. É uma experiência incrível para quem joga sozinho ou acompanhado, e traz o melhor da Nintendo e de uma de suas franquias mais icônicas.

Plataformas: Xbox Series X|S, PlayStation 5, PC

Mais de uma década após o jogo original, a Remedy Entertainment finalmente entregou a sequência de Alan Wake - e a espera valeu a pena. Considerado por muitos fãs do gênero uma obra-prima, o game de terror segue a história confusa e sombria protagonizada pelo personagem titular (e pela agente do FBI Saga Anderon, desta vez). O resultado é um jogo cheio de momentos assustadores, misteriosos e absurdos, mudando o tempo todo em uma experiência quase surreal.

Alan Wake consegue misturar influências cinematográficas com o melhor do que os videogames tem a oferecer como mídia a ser explorada, sendo extremamente bem sucedido em manter o tom original e elevá-lo com tudo que acrescenta.

Plataformas: Nintendo Switch

Breath of the Wild foi um dos maiores sucessos do Switch, apesar de ter sido originalmente lançado no Wii U. Considerado por muitos uma obra-prima e um dos melhores games de todos os tempos, a ideia de que uma sequência pudesse se comparar parecia impossível - mas The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom conseguiu.

É verdade que o game não é revolucionário como o original, mas ainda assim deixa a sensação de progresso. Tears of the Kingdom é a progressão natural de Breath of the Wild, com sistemas ainda mais polidos que mostram o que os games tem de mais único a oferecer. Aqui, os gráficos (que ainda são muito bonitos, diga-se de passagem) ficam em segundo plano para dar o devido destaque às mecânicas, que brincam com a gravidade e interagem com o mundo de um modo que funciona como nenhum outro jogo consegue fazer.

Plataformas: Xbox Series X|S, PlayStation 5, PC, macOS

Após anos em acesso antecipado, Baldur’s Gate 3 teve seu lançamento oficial, recompensando a paciência dos fãs com uma das melhores experiências em CRPGs de todos os tempos. A Larian Studios soube construir em cima de sua experiência com títulos clássicos, como Divinity: Original Sin 2 e elevar o nível com um projeto extremamente ambicioso que surpreendentemente conseguiu entregar tudo que prometia.

É impossível falar dos melhores jogos do ano sem passar pelo game, que se destaca com a experiência mais próxima dos RPGs de mesa o possível sem perder a essência da mídia em que realmente se encontra. Com gráficos belíssimos, uma jogabilidade excelente, tantas possibilidades que parecem quase infinitas e conteúdo para jogar e rejogar inúmeras vezes, Baldur’s Gate 3 não é o tipo de jogo que é “só” o destaque de um ano. Este é um título fantástico, que certamente será lembrado por anos e tem tudo para se tornar um dos clássicos dos games.