Strangers of Paradise: Final Fantasy Origins pode ter passado batido por muitos, mas é um jogo extremamente divertido. Feito pela Team Ninja, que é responsável pelos jogos de Nioh, ele se inspira um pouco em jogos Souls para contar uma história que funciona como prequel do primeiro Final Fantasy. Seu combate é rápido e ágil, permitindo que o jogador troque entre duas classes no meio do confronto, o que adiciona ainda mais fluidez. No total, o jogo conta com mais de 10 classes, que vão das mais simples, como Guerreiro, até marcas registradas da franquia como Dragoon.

O game tem seus problemas, sendo graficamente desinteressante a ponto de ser difícil distinguir objetos no cenário. Sua performance também deixa a desejar às vezes, principalmente no PS4. Sua história demora a ficar interessante e em sua reta final acaba sendo muito corrida, mas apesar disso faz uma grande homenagem à franquia Final Fantasy.

MultiVersus foi anunciado sem chamar tanto a atenção, tudo por ser vendido como um jogo muito similar a Smash Bros., o que fez muitos acreditarem que ele não seria bom, após diversas tentativas de replicar o jogo da Nintendo falharem. Felizmente, este não foi o caso com o game que coloca personagens de diversas franquias da Warner em um conflito caótico para derrubar o oponente do cenário.

Por usar as obras da Warner, o jogo trás um grande número de personagens queridos, que variam de desenhos animados como Finn de Hora de Aventura e Pernalonga, obras da DC como Superman e Batman e até mesmo produções mais antigas como Stripe dos Gremlins. Mas o grande destaque é o seu principal modo, o 2x2, que por ser em dupla faz com que os personagens possam ter focos diferentes e divididos em classes, que podem ser Suportes são focados em auxiliar seu parceira ou os Assassinos em derrubar os inimigos.

No total são 5 classes diferentes, cada uma com seus prós e contras e cada jogador pode encontrar qual melhor combina com ele. E um ponto relevante a favor do jogo é que, diferente de Smash, ele é gratuito, o que torna a experiência mais simples para se jogar com um amigo, pois basta realizar o download.

Sifu é um jogo simples e curto, o jogador precisa passar por 5 fases, bater em qualquer um que te impedir e depois derrotar o chefe do local. O problema é que, cada vez que o jogador morre ele retorna alguns anos mais velho, com menos vida e em compensação mais forte, até atingir os 88 anos -- chegando então ao fim e sendo necessário começar tudo de novo.

O que mantém Sifu tão interessante é seu combate, no qual o jogador utiliza vários golpes de artes marciais para derrotar hordas de lutadores. Apesar de ser um pouco frustrante no início, enfrentar os inimigos é visualmente espetacular e extremamente responsivo, fazendo o jogador se sentir dentro de um filme de Kung-fu da melhor qualidade possível.

Horizon conta a jornada de Aloy em um mundo misterioso, habitado por robôs gigantescos e perigosos que parecem replicar certos animais. Para lidar com eles, a heroína utiliza seu arco com uma variedade gigantesca de flechas diferentes e deve encontrar as fraquezas em seus inimigos para derrotá-los com mais facilidade.

Forbidden West leva a protagonista para outra região, trazendo uma nova variedade de cenários maravilhosos e bem maiores do que o apresentado no primeiro jogo, com novos personagens e missões, sendo um dos melhores mundo aberto da Sony. O combate também passou por melhorias, com mais flechas e uma nova variedade com golpes corpo a corpo, incluindo alguns especiais -- isso tudo, é claro, acompanhado por uma história muito interessante.

Cult of The Lamb começa com uma pequena ovelhinha que está prestes a ser sacrificada, quando um ser oferece a ele poderes em troca da criação de um culto que adore esta entidade. É então que sua jornada se inicia. Ele é dividido em dois tipos de jogos: um roguelike, no qual o personagem precisa adentrar pequenas masmorras para enfrentar 4 entidades que aprisionaram seu mestre; e o gerenciamento de base e dos seus seguidores.

A parte de combate é bem simples e serve como uma forma de avançar sua história, mas o culto é o principal destaque. Você pode cuidar de seus seguidores, criando novos locais de adoração, camas para que eles possam dormir, e comidas que podem ser refeições saudáveis ou grama. O toque especial é a mistura das criaturinhas fofas fazendo coisas extremamente bizarras, como serem sacrificados em rituais de canibalismo.

Stray chamou a atenção desde seu primeiro anúncio ao mostrar que o jogador poderia controlar um gato, que basicamente faz tudo que um desses felinos faria, desde ronronar e arranhar vários objetos como sofá, até realizar grandes pulos. Mas seu lançamento mostrou que o game tem mais do que só um gatinho fofo.

Sua história é bem simples, começando com um gatinho que cai em uma cidade onde vivem robôs e que quer somente retornar para sua casa. Na sua jornada, você poderá interagir com objetos e robôs por todo o cenário em uma experiência que, apesar de não ter diálogos, é extremamente tocante e fantástica.

Pokémon Scarlet e Violet traz mais uma nova geração de monstrinhos de bolso, introduzindo a região de Paldea, inspirada na Espanha. Seu lançamento foi marcado por muita reclamação devido a seus problemas, que variam de personagens e objetos que estão constantemente numa taxa de frames baixíssima a uma variedade gigantescas de bugs.

Mas apesar disso, ele é um dos melhores jogos de Pokémon desde a geração do Nintendo DS, tudo isso por sua liberdade de exploração. Durante sua jornada, o jogador pode experienciar três histórias diferentes: passar pelos 8 ginásios, assim como os jogos anteriores; enfrentar os Pokémon Titãs para encontrar ervas mágicas; ou derrotar os Chefes da Equipe Star, os vilões desse jogo.

E então o jogador pode seguir o rumo que quiser nesse mundo, encontrando os Pokémon pelo caminho, que agora estão presentes no mapa, sem mais encontros aleatórios. A mudança dá uma sensação mais viva para esse mundo, com as criaturas andando em seu habitat enquanto você explora esse mapa e tenta completar sua Pokédex.

Marissa Marcel foi uma atriz que participou de três filmes, que nunca foram lançados e desapareceu durante as filmagens do terceiro. Muitos anos depois, diversas filmagens dessa produção foram encontradas e resta ao jogador navegar por elas para descobrir o que aconteceu com Marissa.

Esta é a premissa de Immortality, uma das experiências mais únicas lançadas em 2022. O jogo aprimora as ideias de Sam Barlow, responsável pelo excelente Her’s Story onde o jogador precisava ver pequenas filmagens de um depoimento e utilizar palavras chaves para tentar desvendar um mistério. Agora, basta interagir com qualquer pessoa ou objeto da filmagem que o jogador é levado para um novo corte de uma das três produções.

É fascinante navegar por esses filmes, que apresentam diferenças estéticas entre eles, já que são de anos diferentes. O primeiro é do fim dos anos 50, enquanto o mais recente é de 1999. Mas essa jornada só funciona devido às incríveis atuações, principalmente de Manon Gage, que interpreta Marissa Marcel e torna o jogo em um dos melhores de todos os tempos.

O God of War de 2018, foi um grande sucesso por mostrar Kratos, que até então era conhecido pela sua extrema violência, se tornar um pai em uma jornada tocante junto de seu filho, Atreus. Ragnarok, sequência direta do jogo, mostra como a Santa Mônica soube ouvir os problemas e reclamações e entrega a melhor experiência da franquia.

Depois de levar as cinzas de sua esposa à montanha mais alta de Midgard, Kratos retorna a sua casa junto de Atreus, que agora quer encontrar respostas sobre o seu papel no Ragnarok, o fim dos mundos da Mitologia Nórdica. Isso dá início a uma nova jornada, na qual os dois exploram todos os nove reinos, cada um com seus próprios inimigos e também chefes -- que, diferente do primeiro jogo, agora contam com uma grande variedade, resultando em várias batalhas memoráveis.

Mas o que faz com que Ragnarok seja inesquecível são seus personagens, e não só os protagonistas. Kratos e Atreus são espetaculares e evoluem ainda mais durante a jornada, mas personagens secundários que já estavam no primeiro jogo, como Mimir, Brokk e Sindri, ganham mais espaço para se destacar. Em meio a esse grande elenco, porém, quem mais brilha são os vilões. Odin e Thor tem suas melhores representações em mídias da cultura pop nos últimos anos, se tornando inesquecíveis.

Elden Ring foi a grande conversa em termos de jogos este ano. Durante o mês de seu lançamento parecia que a comunidade gamer só comentava sobre ele e seu mundo, enquanto jogadores avançavam pelas Terras Intermédias, encontrando novos chefes e também novos segredos que lentamente foram sendo revelados pela comunidade.

O jogo mostra toda a competência da From Software e também de Hidetaka Miyazaki, diretor de Elden Ring e também de outros jogos do gênero Souls-Like, como Dark Souls e Bloodborne. Nesse jogo, as mecânicas já conhecidas na saga Souls como combate lento e punitivo se unem a um mundo aberto vasto, gigantesco e sem muitos marcadores, assim como The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

O resultado é um jogo onde é possível encontrar seu objetivo olhando a paisagem, vendo ruínas que te chamem a atenção, ou então uma montanha estranha que apresenta uma catacumba. Nessas explorações, os jogadores podem se deparar com novas armas únicas, personagens e, é claro, chefes, que sempre são o grande destaque dos jogos Souls e continuam impecáveis.