O Superman é conhecido por ter sido o primeiro grande super-herói criado nos quadrinhos, dando origem a uma vastidão de personagens e universos. Não é à toa que ele tenha sido um dos primeiros heróis a ganhar um filme, graças ao longa de 1978 dirigido por Richard Donner.

Até hoje, o filme se mantém muito impactante por seu uso de efeitos visuais - muito inovadores para a época - e pela forma como trata seu protagonista, traduzindo perfeitamente o Clark Kent que conhecemos das HQs para os cinemas, em uma aventura épica e emocionante.

E se o Superman é um grande herói da DC Comics, o Batman não fica muito atrás. O Cavaleiro das Trevas talvez seja o personagem mais popular da editora, protagonizando centenas de filmes, séries de TV, jogos e animações. Para todos os lugares que você olha, o Batman está presente.

Nesta lista, não podíamos deixar de citar Batman: O Retorno, o segundo filme de Tim Burton focado no herói da DC Comics. É um longa que expande a estética gótica criada por Burton no primeiro filme do herói, de 1989, além de apresentar os icônicos Pinguim e Mulher-Gato.

Segundo filme da franquia mutante da Fox, X-Men 2 pode não ser o longa mais fiel aos quadrinhos - de fato, não é. Mas não deixa de ser um longa impressionante que trabalha muito bem temas próprios da equipe, como intolerância, medo e preconceito.

O filme usa como base a graphic novel Deus Ama, o Homem Mata, criando uma narrativa sufocante que traz William Stryker como principal vilão. É um filme que surpreende por suas cenas de ação e por ter núcleos bem divididos, dando foco a outros heróis além do Wolverine.

O Universo Cinematográfico da Marvel se tornou a franquia mais popular e mais lucrativa da atualidade e não é difícil entender o motivo. A franquia sempre se baseou nos conceitos mais primordiais das HQs, como lutas épicas e crossovers entre os principais heróis da editora.

Por isso, Os Vingadores de Joss Whedon ainda é visto como um marco para os filmes de super-heróis. É um filme simples, mas extremamente bem arquitetado, que reuniu os principais heróis apresentados no MCU em uma gigantesca batalha megalomaníaca e empolgante.

No ano passado, a Warner decidiu começar um novo projeto com a DC Comics, criando filmes isolados do universo principal e com um teor mais adulto. Desse projeto, o primeiro fruto foi Coringa, longa protagonizado por Joaquin Phoenix que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator.

O filme definitivamente não é para todos, já que sua estrutura é mais fiel aos longas da Nova Hollywood do que aos filmes de super-heróis da atualidade. Apesar disso, é uma interessante perspectiva sobre um dos maiores vilões dos quadrinhos, dando uma nova roupagem à origem do Príncipe Palhaço do Crime.

Um filme que veio para quebrar todos os limites possíveis, Deadpool foi um sucesso quando foi lançado em 2016, incorporando elementos de comédia em um filme de ação voltado para maiores de idade, cheio de sangue, palavrões e piadas sexuais.

No papel, tudo isso pode parecer muito "quinta série", mas o filme dirigido por Tim Miller e protagonizado por Ryan Reynolds nos fez simpatizar com o Mercenário Tagarela e com seus aliados, formando um excelente ponto fora da curva para a franquia dos X-Men nos cinemas.

Para muitos, o Amigão da Vizinhança dos filmes de Sam Raimi continua sendo a versão definitiva do herói para os cinemas. O personagem é muito carismático e compartilha diversos traços com o aracnídeo das HQs, e o ápice disso se encontra em Homem-Aranha 2.

O filme mergulha profundamente em Peter Parker, de modo que ele se torna um personagem muito complexo e profundo, com suas próprias falhas e medos, desconstruindo a ideia do super-herói infalível e perfeito. De quebra, ainda temos uma grande ameaça na figura do Doutor Octopus.

O Universo Estendido da DC já passou por trancos e barrancos desde sua origem, mas é importante salientar que muitos de seus filmes deram a volta por cima e se provaram produções bem interessantes - como é o caso de Mulher-Maravilha, lançado em 2017.

O filme obviamente tem seus defeitos (afinal, todos da lista têm), mas ele consegue criar muito bem a história de Diana Prince e mostrá-la como uma heroína definitiva para a humanidade - tudo isso com uma leveza e bom-humor que nos remete diretamente ao Superman de 1978.

Nos últimos anos, muitos diretores e estúdios estão se politizando e criando filmes que não servem apenas de mero entretenimento. Um belo exemplo disso é Pantera Negra, filme que faz um belo estudo de personagem enquanto traz a representatividade negra em destaque.

O filme discute temas bem importantes como colonialismo e criação de fronteiras, ao mesmo tempo em que seguimos a batalha física e ideológica entre o Rei de Wakanda e seu maior inimigo, Killmonger. Não é à toa que o filme ganhou tanto reconhecimento, inclusive do Oscar.

Quando falamos de franquias e sagas de super-heróis, parece que nos desacostumamos da ideia de que tudo precisa ter um fim. É fácil se perder nos incontáveis spin-offs, sequências e prequels, mas Logan vem para mostrar que é possível ter conclusões satisfatórias mesmo para personagens populares.

O Wolverine sempre foi a "cara" da saga dos X-Men nos cinemas, e o filme faz de tudo para dar a ele uma despedida significativa e genial - que casou muito bem com a saída de Hugh Jackman da franquia. É um filme emocionante e único, que nos faz desejar por mais produções assim no cinema.

Lançado em 2014, Capitão América: O Soldado Invernal veio em uma época em que já estávamos muito acostumados com uma certa "fórmula" do Universo Cinematográfico da Marvel. O filme veio para quebrar essa noção, mostrando que a Marvel Studios também sabe lidar com temas mais sérios.

Em sua base, o longa é um grande thriller de espionagem que mistura elementos políticos com uma grande discussão acerca das liberdades individuais. É um filme que veio para mudar tudo no MCU, estabelecendo a queda da S.H.I.E.L.D. e uma nova era para os Vingadores.

O Cruzado Encapuzado obviamente iria retornar a esta lista em algum momento, e nenhum filme faz tão jus ao personagem (até agora) que Batman: O Cavaleiro das Trevas, o capítulo do meio da trilogia concebida por Christopher Nolan, que deu ao herói um teor mais sombrio e realista.

O filme é uma grande amostra de como adaptações podem usar e abusar de liberdades criativas para levar os personagens a outros patamares. Aqui, acompanhamos diversos núcleos e uma verdadeira caçada, em um filme abrilhantado pela atuação eterna de Heath Ledger como o Coringa.

Se os Irmãos Russo já haviam nos surpreendido nos filmes do Sentinela da Liberdade, foi em Vingadores: Guerra Infinita que eles realmente mostraram a que vieram, trazendo um longa-metragem explosivo e que subverteu todas as nossas expectativas.

O filme é espetacular por saber dividir muito bem seus núcleos com a participação de Thanos e de outras equipes além dos Vingadores. É um filme impressionante em sua escala, e que merece ainda mais pontos por seu final desolador, deixando o gancho direto para Vingadores: Ultimato.

É curioso trazer um filme como Os Incríveis para esta lista, levando em conta que o longa não faz parte da Marvel ou da DC Comics. Ainda assim, esse pequeno projeto da Pixar e da Disney é uma amostra perfeita de como os heróis vieram para impactar a cultura pop como um todo.

Considerada a melhor adaptação do Quarteto Fantástica já feita - mesmo que isso não seja oficial -, o filme explora as dinâmicas de uma família de super-heróis, mostrando superpoderes como dons e criando uma trama complexa ao redor de um supervilão memorável, o Síndrome.

Em primeiro lugar, temos outra animação que veio para mudar o rumo de como experimentávamos os filmes de super-heróis. Lançado em 2018, Homem-Aranha no Aranhaverso é um desenho animado lançado pela Sony, que em sua base, nos mostra a origem do novo Homem-Aranha, Miles Morales.

No entanto, o filme é bem mais do que "apenas" isso. Aqui, nós podemos ver uma importante mensagem sobre como todos podem ser super-heróis, além de termos uma evidente noção de como a mídia dos quadrinhos impacta diretamente no filme, seja em sua narrativa ou até mesmo em sua estética.