Os 10 melhores filmes de terror de 2020 até agora
Os 10 melhores filmes de terror de 2020 até agora
O que poderia nos assustar em um ano que já é apavorante?
O cinema ficou paralisado em 2020, sofrendo os efeitos da crise mundial do Coronavírus. Apesar disso, alguns filmes foram bem batalhadores e conseguiram ser lançados, antes ou até mesmo durante a pandemia. No caso do terror, tivemos lançamentos no mínimo… interessantes!
Filmes de horror psicológico, abordando medos sobrenaturais e, em alguns casos, até mesmo ligados ao momento crítico pelo qual a humanidade está passando são os destaques de um ano que já nos assustou o bastante. Aqui, separamos os 10 melhores filmes de terror de 2020 até agora!
Créditos das imagens: Divulgação
Host
O primeiro filme de terror produzido e lançado durante a crise do Coronavírus, Host é um experimento bem interessante desenvolvido pelo streaming norte-americano Shudder, que é especializado no terror e no cinema fantástico. O filme não só é ambientado durante o período de quarentena, como faz uso de um elemento muito importante: as reuniões virtuais.
Todo o filme, que dura menos de uma hora, se passa durante uma reunião pelo Zoom, e acompanhamos a perspectiva de uma tela de computador. Na trama, as amigas tentam fazer uma sessão espírita online - o que acaba trazendo algo sobrenatural... O filme foi elogiado, tanto pela simplicidade de sua execução quanto pela sua eficácia em assustar.
Skull: A Máscara de Anhangá
Um belo exemplo do horror nacional, Skull: A Máscara de Ananhgá fez sua estreia no Fantaspoa, um festival de cinema voltado para o horror e a fantasia, que teve uma edição online em 2020. O filme, dirigido por Kapel Furman e Armando Fonseca, é um grande e visceral slasher ambientado no coração de São Paulo.
O filme segue a história de um artefato mitológico ligado à cultura indígena. Quando essa relíquia - uma máscara - cai nas mãos das pessoas erradas, ela acaba criando um verdadeiro monstro violento e sanguinário. A partir daí, o filme entra em uma espiral de gore e violência que é muito divertida de se assistir.
Possessor
Dirigido por Brandon Cronenberg (filho do lendário cineasta David Cronenberg), Posessor é um filme que chama muita atenção por sua premissa: Tasya Vos trabalha como agente de uma empresa. Sua missão é "invadir" a mente de outras pessoas, fazendo-as cometer assassinatos brutais. Porém, ela começa a ter dúvidas ao assumir seu caso mais difícil.
Um horror psicológico bem diferente, com um visual futurista e personagens moralmente ambíguos, o longa surpreendeu em alguns festivais, ganhando notoriedade entre os fãs dos filmes de horror mais "diferentões". Não é lá o tipo de história que vai agradar a todos, mas certamente abre espaço para muitas discussões e para diversas interpretações.
Swallow
E por falar em filmes "diferentões", outro que merece menção na lista é Swallow, um thriller psicológico que mistura elementos de drama e horror corporal. Na história, uma mulher recém-casada desenvolve um estranho distúrbio: ela começa a engolir tudo o que vê pela frente - incluindo objetos perigosos e não-comestíveis.
Toda a trama do filme é uma grande e sensível metáfora, abordando o crescimento de sua personagem e todas as pressões às quais ela já foi submetida na vida, culminando em seu processo de libertação. Não chega a ser um filme exatamente assustador, mas ele usa o sentimento de angústia para contar sua poderosa narrativa.
O Poço (El Hoyo)
Por mais que adoremos criticar o catálogo da Netflix, vez ou outra o serviço de streaming nos apresenta algo que é digno de nota ou de aplausos. Esse é o caso de O Poço, um longa espanhol que surpreendeu todos com sua história bem intrincada, recheada de críticas sociais e partindo de uma promessa simples.
Na trama, conhecemos o Poço, uma prisão vertical que recebe todos os tipos de pessoas. A cada trinta dias, os prisioneiros são realocados nos mais de 300 andares do Poço, enquanto a única forma de alimentação vem de uma plataforma, que vem do andar superior e vai até a base. No meio disso, temos uma história bem angustiante sobre rebelião, sobrevivência e morte.
A Cor que Caiu do Espaço (Color Out of Space)
Nos últimos anos, Nicolas Cage realmente tem se divertido com seus papéis, principalmente no horror. Após protagonizar o insano Mandy, o ator embarcou na jornada de A Cor que Caiu do Espaço, a adaptação de um famoso conto escrito por H.P. Lovecraft, e um ótimo exemplo do horror cósmico do autor.
No filme, vemos como a vida de uma família é desestabilizada pela queda de um meteoro, que traz consigo algo bem surpreendente: uma cor alienígena, que começa a modificar a vida animal e vegetal, abrindo as portas para um horror maior do que se pode imaginar. O melhor de tudo: esse é o primeiro filme de uma trilogia dirigida por Richard Stanley.
Relic
Comparado a O Babadook de 2014, Relic é um daqueles filmes de terror que esconde um significado oculto em meio às assombrações e acontecimentos sobrenaturais. No filme, uma idosa recebe a visita de sua filha e neta, enquanto sua mente passa por um processo crônico de degradação, devido a uma doença hereditária.
O filme mistura um pouco de tudo: casas assombradas, horror corporal e até mesmo "possessão demoníaca". No entanto, tudo isso é uma grande alegoria para algo mais profundo e ainda mais assustador. Destaque para todo o trio de atrizes principais, composto por Emily Mortimer, Bella Heatchcote e Robyn Nevin.
O Chalé (The Lodge)
Com um elenco repleto de estrelas, entre os quais podemos destacar Riley Keough e Richard Armitage, O Chalé é um horror psicológico com toques sobrenaturais que nos faz acreditar no pior que a humanidade tem a oferecer. O filme traz elementos religiosos para contar a história de uma mulher que cresceu atribulada em uma seita cristã.
Agora, já adulta, ela precisa passar o Natal com os filhos de seu futuro marido, em um chalé isolado. Porém, o que começa como um divertido feriado acaba tomando rumos mais tensos e assustadores, conforme o isolamento se transforma em um jogo letal. O filme é dirigido por Veronika Franz e Severin Fiala, os responsáveis pelo aclamado Boa Noite, Mamãe.
Maria e João: O Conto das Bruxas (Gretel & Hansel)
No começo do ano, tivemos o lançamento de Maria e João: O Conto das Bruxas, uma releitura do clássico conto de fadas que ficou eternizado pelos Irmãos Grimm. Dessa vez, temos um maior destaque para Maria, que por sua vez é interpretada pela talentosa Sophia Lillis (de IT: A Coisa e I'm Not Okay With This).
O filme, dirigido por Osgood Perkins, é um verdadeiro deleite visual. Mesmo que sua história seja simples e não fuja muito do conto de fadas clássico que envolve a dupla de irmãos e uma bruxa faminta, é uma experiência inquietante que surpreende por sua estética e por seu uso da trilha sonora, além de trazer atuações sensacionais.
O Homem Invisível (The Invisible Man)
O grande lançamento de 2020, O Homem Invisível veio para finalmente provar a eficácia da Blumhouse em adaptar os clássicos Monstros da Universal, usando uma abordagem mais realista e moderna para contar uma história de abuso, gaslighting e horror psicológico. O filme estreou no começo do ano e foi aclamado pela crítica especializada.
Na trama, seguimos Cecilia Kass (Elisabeth Moss), uma mulher que precisa fugir de seu ex-namorado, Adrian Griffin (Oliver Jackson-Cohen). Porém, as coisas tomam um rumo sinistro quando Cecilia descobre que está sendo perseguida por uma força invisível. Com ótimas atuações e muita aflição psicológica, O Homem Invisível é um filme imperdível.