Quando o assunto é cinema, as conquistas de Martin Scorsese não devem ser menosprezadas. O diretor é um dos maiores nomes da indústria até hoje, e seus filmes quase sempre conquistam aclamação da crítica especializada. O cineasta tem uma lista bem interessante de colaboradores frequentes, mas o nome que se sobressai, sem dúvidas, é o de Robert De Niro.

Desde 1973, Scorsese já dirigiu De Niro em onze projetos diferentes - desses, dez são longas-metragens e o outro é um curta. Ambos ganharam uma baita notoriedade durante o movimento da Nova Hollywood, e De Niro já foi indicado diversas vezes ao Oscar por seus papéis nos filmes de Scorsese, incluindo a indicação mais recente por Assassinos da Lua das Flores

Em 2014, perdemos um dos maiores artistas da geração. Philip Seymour Hoffman, em seus 46 anos de vida e 23 de carreira, deixou uma marca para toda a eternidade em Hollywood, e parte disso veio de sua colaboração com Paul Thomas Anderson, diretor indicado ao Oscar por vários de seus projetos, como Licorice Pizza e Sangue Negro.

Hoffman e Anderson trabalharam juntos em cinco filmes desde 1996, sendo eles Jogada de Risco, Boogie Nights, Magnólia, Embriagado de Amor e O Mestre. Pelo último, Hoffman chegou a concorrer o prêmio de Ator Coadjuvante no Oscar - e mesmo após a morte do amigo, PTA continuou o honrando, tanto que em 2021 escalou o filho do ator, Cooper Hoffman, para estrelar Licorice Pizza.

Quando o assunto é ação na Hollywood atual, ninguém manda melhor que Tom Cruise. Ao longo dos últimos anos, o astro tem feito barulho com os seus projetos e franquias, conquistando um público cada vez mais ávido pela promessa de cenas de ação muito realistas - e para trazer essas cenas para a realidade, ele conta com a ajuda de um excelente diretor.

Christopher McQuarrie conheceu Cruise nos anos 2000, enquanto fazia o roteiro de Operação Valquíria. Desde então, McQuarrie virou um grande parceiro para o ator, escrevendo vários de seus filmes ou produzindo-os, isto, é claro, sem contar os filmes que ele mesmo dirigiu, como Jack Reacher e todos os filmes da franquia Missão: Impossível a partir de Nação Secreta.

Poucos diretores sabem trabalhar tão bem personagens ambíguos e falhos a partir de uma ótica tão absurdista quanto Quentin Tarantino. Ao longo de sua carreira, o cineasta conseguiu lotar salas de cinema com projetos insanos, de Kill Bill a Era Uma Vez em... Hollywood. Porém, um nome frequente na filmografia do diretor é Samuel L. Jackson.

Tarantino se declarou um grande fã de Jackson antes mesmo de trabalharem juntos - e a parceria só cresceu após Pulp Fiction: Tempo de Violência, o único filme (até agora) que rendeu uma indicação no Oscar para Jackson. Desde então, o astro esteve em outros cinco filmes de Tarantino, incluindo os aclamados Jackie Brown e Os Oito Odiados.

Uma das vozes mais ousadas e ambiciosas do cinema europeu, o espanhol Pedro Almodóvar é bem conhecido por seus filmes coloridos, vibrantes, carregados da aura do melodrama e marcados pelo mais profundo desejo. Por conta disso, ele se consagrou como um dos maiores cineastas vivos, e a sua obra continua crescendo ano a ano.

Entre suas várias colaborações frequentes, temos que destacar o nosso eterno Antonio Banderas, que já trabalhou com Almodóvar em oito filmes - tudo isso ao longo de quatro décadas. Seu projeto mais recente, Dor e Glória, é uma semiautobiografia do próprio Almodóvar, protagonizada por Banderas. É também importante citar a parceria de Pedro com Penélope Cruz.

Poucos cineastas conseguiram captar tão bem a essência do cinema trash quanto John Waters - não é à toa que ele ficou conhecido como o Papa do Trash, justamente por conta de suas obras degeneradas e ensandecidas. No centro desse redemoinho de cores e ruídos, está a magnífica Divine, que estrelou em seis filmes e três longas do cineasta.

Harris Glenn Milstead era um rapaz tímido de Baltimore, e tudo mudou no dia em que ele se tornou Divine - sua persona como drag queen, que o fez se tornar uma sensação em todos os Estados Unidos. Com o humor ácido e provocativo de John Waters e o talento inigualável de Divine, que escalava do drama à comédia perfeitamente, tivemos muitos filmes inesquecíveis.

Uma dupla que continua a nos surpreender com frequência é Ryan Coogler e Michael B. Jordan - que você provavelmente deve conhecer melhor de Pantera Negra, mas que possuem uma história muito mais antiga. Eles se reuniram pela primeira vez para a estreia diretorial de Coogler, Fruitvale Station: A Última Parada, de 2013.

De lá para cá, a parceria só aumentou - tanto que, até o presente momento, Michael já esteve em todos os filmes de Ryan, o que inclui os dois longas da saga do Pantera Negra, o já citado Fruitvale Station e o primeiro filme da franquia Creed. Recentemente, saiu a notícia de que os dois já estão trabalhando em uma quinta colaboração, que dessa vez será um filme de vampiros!

Que Spike Lee é um dos grandes gênios do cinema em atividade, não há muito que debater. Nascido em 1957, ele começou a fazer seus filmes lá pelo final dos anos 70, mas sua parceria com Denzel Washington só floresceria a partir de 1990, com Mais e Melhores Blues. Dois anos depois, Denzel seria o astro de Malcolm X, cinebiografia do líder revolucionário.

Contando esses dois projetos, Lee e Washington já trabalharam juntos quatro vezes ao total - contando também Jogada Decisiva (1999) e O Plano Perfeito (2006). No entanto, a dupla já tem um novo projeto em produção - um remake do clássico japonês Céu e Inferno, de Akira Kurosawa. O filme ainda não tem data para sair, mas estaremos vendo!

Um mestre da fantasia e do horror, Guillermo del Toro já declarou mais de uma vez, em alto e bom som, seu amor por monstros. Ao longo de toda a sua carreira, o cineasta mexicano ficou conhecido por criar seres lendários e bem marcantes, e boa parte dessa impressionante coleção de monstruosidades se deve a um nome em particular: Doug Jones.

Jones esteve em seis filmes de Del Toro, incluindo Hellboy, O Labirinto do Fauno e o aclamado A Forma da Água, que inclusive levou para casa o Oscar de Melhor Filme de 2017. Jones é um artista multifacetado e que não tem medo de "sumir" em seus personagens, sempre usando muitas próteses, maquiagens e até efeitos digitais para dar vida aos monstros de Del Toro.

Mais que uma grande colaboração, Kirsten Dunst e Sofia Coppola são verdadeiras amigas. Dunst era uma jovem atriz, tendo recém-saído de vários papéis quando criança, quando foi chamada para estrelar no primeiro longa-metragem de Coppola, As Virgens Suicidas. De lá para cá, as parcerias da dupla só se intensificaram.

Em 2006, Dunst protagonizou Maria Antonieta, e em 2017, ela também foi convocada para compor o elenco de O Estranho que Nós Amamos. Nesse meio-tempo entre os dois projetos, Dunst ainda teve tempo de fazer uma pequena aparição em The Bling Ring: A Gangue de Hollywood, um dos projetos mais interessantes da filmografia de Sofia Coppola.