Os 10 maiores clichês das batalhas finais nos filmes de super-heróis

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Os 10 maiores clichês das batalhas finais nos filmes de super-heróis

Por Gus Fiaux

Os filmes de super-heróis estão dominando Hollywood como nenhuma outra franquia jamais dominou. Seja no Universo Cinematográfico da Marvel ou no Universo Estendido da DC Comics (ou até mesmo em filmes isolados), o que não faltam nos cinemas são super-heróis poderosos e grandiloquentes.

O problema é que, com tantos filmes no cinema, começamos a notar vários “elementos recorrentes” em todos esses filmes…

Embora muitas coisas sejam tiradas diretamente da famosa “Jornada do Herói“, não há como negar que muitos filmes se esbaldam nos clichês e estereótipos frequentemente. Por isso, reunimos aqui os 10 maiores clichês dos filmes de super-heróis. Posso garantir que você já viu ao menos um desses!

Créditos: Divulgação
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O deus ex machina

Começando com uma das premissas mais básicas para filmes de ação no geral, já chegamos com o deus ex machina, que para quem não sabe, é um termo usado para descrever um recurso inesperado que surge no fim de uma história, apenas para facilitar a trama e ajudar os personagens a vencerem suas batalhas.

Pois bem, quando analisamos isso no contexto dos filmes de super-heróis, logo podemos notar uma presença constante em vários filmes - seja a chegada do Superman em Liga da Justiça, o retorno da Capitã Marvel em Vingadores: Ultimato. São sempre saídas bem fáceis que só chegam para facilitar a vitória na batalha final.

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O item mais poderoso do universo

E se o deus ex machina geralmente é uma pessoa, por outro lado temos o MacGuffin, um objeto que é apresentado como a coisa mais poderosa do universo, sendo utilizada para movimentar a trama e para gerar conflitos na batalha final. O Universo Cinematográfico da Marvel usou esse recurso durante anos com suas Joias do Infinito.

O MacGuffin é um arquétipo muito presente no cinema - e não chega a ser pecado utilizá-lo. No entanto, os filmes de super-heróis estão fazendo um uso muito exacerbado desse item - seja nas Caixas Maternas, no Tridente de Atlan, na Manopla do Infinito ou até mesmo no Diamante Bertinelli. Já estamos exaustos.

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O vilão pateta

Esse é um clássico. Um pouco antes do grande conflito final entre os mocinhos e o vilão, vemos o grande antagonista do filme parando tudo para fazer um grande discurso sobre como é malvado e sobre quais são seus planos para acabar com o mundo. E isso faz com que o herói (ou os heróis) possa se preparar para enfrentá-lo de uma vez por todas.

Esse clichê é muito bem explorado e alguns filmes inclusive conseguem subvertê-lo (como, por exemplo, Watchmen, já que Ozymandias coloca seu plano em prática muito antes de explicá-lo). No entanto, a maioria dos longas de super-heróis insiste em fazer vilões caricatos que explicam todos os seus planos, perdendo toda a vantagem que têm.

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Inimigos se tornam aliados

Quando estamos falando de filmes de equipes, ou até mesmo longas que contam com mais de um super-herói, temos a construção de um estereótipo que parece não morrer. Na trama, dois ou mais heróis se conhecem e não conseguem gostar um do outro. Eles podem até se enfrentar fisicamente, mas tudo muda na batalha final.

A partir daí, eles viram melhores amigos. Batman vs. Superman: A Origem da Justiça talvez seja o exemplo mais gritante disso, com sua famigerada cena envolvendo a Martha, mas outros filmes não ficam muito atrás. Até mesmo Os Vingadores começa com vários heróis se odiando, até que percebem que precisam lutar juntos.

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Devastação colossal

Em filmes de ação, no geral, gostamos de ver a porradaria rolando solta, com personagens se estapeando a torto e a direito. Já nos filmes de super-heróis, queremos ver os poderes sendo usados em batalhas colossais, fazendo tremer a estrutura do planeta. Porém, alguns filmes esquecem de manter as coisas em um nível humanizado.

É bem comum vermos grandes batalhas colossais, enquanto heróis e vilões destroem cidades inteiras sem se preocupar com as consequências. Curiosamente, nunca vemos as baixas civis nessas lutas catastróficas. Apesar disso, alguns filmes tentam lidar com as consequências de batalhas em filmes anteriores (como Capitão América: Guerra Civil e Batman vs. Superman: A Origem da Justiça).

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Máscara? O que é isso?

Nos quadrinhos, uma ideia muito importante para os super-heróis são suas identidades secretas. Eles precisam esconder quem são do mundo, para que os vilões não possam atacar suas famílias. No entanto, nos cinemas, isso parece ser uma grande bobagem - ainda mais quando analisamos o Universo Cinematográfico da Marvel.

Mesmo heróis que não vivem sem suas máscaras e capacetes nas HQs, como o Homem-Aranha e o Homem de Ferro, vivem mostrando seus rostos, ainda mais nas batalhas finais. Isso é bem irritante e não faz sentido algum para a história, servindo apenas para mostrar o rosto das celebridades em tela por mais tempo.

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A morte dramática

Todo filme que se preze precisa ter um senso de urgência e perigo real, para que o público fique intrigado com o que está acontecendo e possa torcer para os personagens, mesmo sabendo que eles podem acabar não ganhando. É aí que entra um grande recurso para movimentar as batalhas finais em filmes de super-heróis: a morte.

Nesses filmes, muitos personagens morrem, seja em sacrifícios heroicos (Viúva Negra em Vingadores: Ultimato, El Diablo em Esquadrão Suicida) ou em mortes trágicas, que dão ainda mais motivação para os heróis (como a Gwen Stacy em O Espetacular Homem-Aranha 2 ou Rachel Dawes em Batman: O Cavaleiro das Trevas).

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Morreu mas passa bem

Por outro lado, também temos outro estereótipo bem comum envolvendo a morte. Sabe quando você assiste um filme e, logo no ápice da batalha final, acredita que um personagem muito importante bateu as botas de vez, apenas para vê-lo vivíssimo depois, andando e lutando como se nada tivesse acontecido. Pois é, isso acontece muito.

Exemplos variam de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (com o próprio Batman), Os Vingadores (com o Homem de Ferro), Homem de Ferro 3 (Pepper Potts) e por aí vai. Outra ideia costumeira é a "morte" de personagens que é revertida na sequência (Superman em Batman vs. Superman e a maioria dos heróis de Guerra Infinita).

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Uma ameaça ainda maior

Esse é um "clichê" bem compreensível e que geralmente acontece mais ao fim do filme, durante as cenas pós-créditos. Quando achamos que tudo está bem e que o maior vilão do universo foi derrotado, nos deparamos com a ideia de que algo ainda mais grandioso e perigoso está à espreita, pronto para atacar nossos heróis a qualquer momento.

O Universo Cinematográfico da Marvel deu uma verdadeira aula de como fazer isso ao trazer Thanos em diversas cenas pós-créditos, antes de incluí-lo de vez na narrativa em Guerra Infinita. Essa ideia é bem importante para os estúdios, que precisam mostrar que as franquias sempre vão continuar com novos vilões e novas ameaças.

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O fan service

Para muitos, esse é um que não pode faltar. Muitos filmes, especialmente em suas batalhas finais, usam e abusam do fan service para dar um "gostinho especial" para os fãs. Pode ser uma frase tirada diretamente dos quadrinhos, um easter-egg bem escondido ou até mesmo a participação de algum personagem que todos amam.

Muitos filmes fazem bem o fan service, como Shazam! e até mesmo Vingadores: Ultimato. O problema começa quando o fan service vem na frente da história, gerando momentos bizarros e vários deus ex machina apenas para dar aos fãs algo especial. Gostamos de ser agradados, mas não podemos deixar que nossa inteligência seja subestimada.

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Bônus: O Raio Azul

Por fim, temos um bônus que já deu o que falar. Trata-se do maldito raio azul disparado contra o céu, um elemento clássico em filmes de super-heróis e longas de ação no geral. Já perdemos a conta de quantos filmes já tiveram esse clichê, mas ainda continuam fazendo filmes com raios azuis para o céu.

Só nos filmes de super-heróis, temos como exemplos Os Vingadores, Capitão América: O Primeiro Vingador, Quarteto Fantástico, Esquadrão Suicida, Homem de Aço e até mesmo Homem de Ferro trazem esse clichê. Sabe-se deus quantas vezes os céus já foram rasgados por esses raios.