O começo de 2022 já foi marcado por uma baita polêmica durante a 94ª cerimônia do Academy Awards, o Oscar. O comediante Chris Rock causou um burburinho ao fazer diversas piadas com a plateia, incluindo um comentário de mal gosto sobre o cabelo de Jada Pinkett Smith, que tem alopecia, uma doença que impede o crescimento capilar.

Quem não gostou nada da piada foi o marido de Jada, Will Smith, que subiu ao palco e disparou um tapa contra o comediante, pouco antes de ter que subir novamente para receber o prêmio de Melhor Ator por seu papel em King Richards: Criando Campeãs. A cena foi vista com maus olhos pela Academia, que fez uma série de sanções e represálias contra o ator.

Enquanto estúdios como Warner e Disney enfrentaram alguns problemas no campo de planejamento e tiveram um desempenho abaixo do esperado, a Sony se sobressaiu por ter lançado diversas obras muito populares, assim como o grande fracasso do ano, que foi Morbius, filme que sequer teve um arrecadamento superior a US$ 200 milhões.

No entanto, Morbius acabou se tornando um dos memes mais populares de 2022 - o "It's Morbin' Time!". Isso fez com que o estúdio preparasse um relançamento nos cinemas, crentes de que a popularidade na internet faria as pessoas comparecerem a uma segunda estreia. Mas não aconteceu - na verdade, o filme fez apenas US$ 300 mil em seu relançamento.

O ano foi particularmente controverso para a Marvel Studios, com estreias bem polêmicas como Thor: Amor e Trovão e Mulher-Hulk: Defensora de Heróis. Contudo, o maior destaque para o estúdio no ano nem sequer foi positivo, já que vários artistas da área de efeitos visuais denunciaram más condições de trabalho.

Muito se falou sobre o CGI terrível de várias obras do ano, mas o que pouca gente sabia é que os artistas estavam sendo colocados para trabalhar em um ritmo alucinado, com prazos muito apertados e pouco tempo de descanso, além de não receberem salários bons. Isso acabou criando uma grande discussão sobre como a classe é tratada pelos estúdios e corporações.

2022 foi um ano bem interessante de um ponto de vista das sagas e franquias mais populares da história. Embora Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore tenha se provado um novo fracasso para o Mundo Bruxo, a fantasia conquistou um terreno próspero na TV e no streaming, o que inclui a estreia de duas das séries mais populares do ano.

Lançadas quase que ao mesmo tempo, A Casa do Dragão (HBO Max) e Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (Prime Video) dominaram os tópicos de conversa nas redes sociais por semanas a fio, enquanto o público ficava obcecado pelas aventuras de Galadriel e os letais jogos políticos de Rhaenyra Targaryen. Assim surgiram alguns dos maiores memes do ano.

Em um ano cheio de polêmicas e controvérsias (como o anúncio do fim do compartilhamento de senhas), a Netflix alcançou um público admirável e ganhou duas de suas séries mais populares esse ano. Após o sucesso brutal de Stranger Things 4 - que permanece como a obra mais assistida do streaming em 2022, tivemos Dahmer e Wandinha.

A série de true crime baseada nos assassinatos de Jeffrey Dahmer teve um desempenho assustador e chegou a ficar sete semanas no Top 10 das obras mais assistidas da plataforma, enquanto Wandinha chegou com os dois pés na porta, superou Dahmer e conquistou cerca de 1,3 milhões de horas assistidas apenas em sua primeira semana.

Quem gosta de fofocas dos bastidores de Hollywood certamente se deliciou em 2022, graças a todo o burburinho provocado por Não se Preocupe, Querida, o mais novo filme de Olivia Wilde que deu o que falar em sua turnê de lançamento, desde supostas brigas entre a diretora e a protagonista, Florence Pugh, até desavenças entre membros do elenco.

Tudo culminou no Festival de Veneza, onde Pugh teria chegado bem de surpresa e causado uma comoção geral. Além disso, foi durante o festival que tivemos o suposto cuspe de Harry Styles em Chris Pine, o que levou a muitas especulações mas posteriormente foi desmentido pela assessoria e pelos representantes de ambos os atores.

Os fãs da DC Comics sofreram um abalo sísmico em 2022, tudo depois que David Zaslav assumiu o controle da Warner Bros.. Filmes já em estágio final de desenvolvimento foram cancelados, como Batgirl, e mudanças colossais se abateram sobre o Universo Estendido da DC, sobretudo após Peter Safran e James Gunn assumirem o comando da franquia.

Pouco tempo após o anúncio de que o Superman de Henry Cavill teria seu retorno na saga, depois da cena pós-créditos de Adão Negro, Gunn e Safran começaram a colocar em prática algumas das mudanças - e embora seus planos ainda não tenham sido revelados totalmente, parece que teremos um reboot total da franquia, com novos atores e uma cronologia zerada.

Esse ano os fãs de futebol também deram muito o que falar graças à Copa do Mundo do Qatar, que resultou em um mês de muita torcida, orações e comemoração. E embora a Seleção Brasileira tenha sido marcada por altos e baixos, o povo da América Latina teve muito a agradecer pela vitória da Argentina.

A seleção argentina se tornou tricampeã em 2022, após não ter novas vitórias desde 1986. Além disso, essa foi a primeira copa vencida por Lionel Messi, um dos melhores jogadores da atualidade. Além disso, a copa nos deu mais que um motivo para sorrir, seja pela enxurrada de memes ou pelo belíssimo gol de Richarlison no jogo contra a Sérvia.

Embora os super-heróis tenham se enraizado na cultura popular de um modo inacreditável, 2022 trouxe um tira-gosto para quem já está cansado de seres superpoderosos se juntando para salvar o mundo - e isso refletiu diretamente no top 3 das bilheterias, já que não há um filme sequer de super-heróis que tenha entrado para a lista.

Os longas que mais arrecadaram no ano foram Jurassic World: Domínio, que passou a marca de US$ 1 bilhão, junto de Top Gun: Maverick, que fez um sucesso impressionante e arrecadou mais de US$ 1,4 bilhões, e por fim Avatar: O Caminho da Água, que está a caminho de se tornar a maior bilheteria do ano, tendo superado Jurassic World há pouco tempo.

2022 também foi marcado por uma série de mortes muito impactantes para a cultura mundial, mas duas deixaram sua marca no ano. Primeiro, a Rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro, aos 96 anos de idade, deixando para trás um rico legado e estabelecendo Charles III como o novo monarca da Inglaterra.

Agora, mais ao fim do ano, também tivemos o falecimento de Pelé, o Rei do Futebol, que ajudou a colocar o Brasil no mapa não só através do esporte, mas também de suas conquistas e todo o legado cultural deixado para trás. Pelé tinha 82 anos de idade e nos deixou no dia 21 de dezembro, devido às complicações causadas pelo câncer de cólon.