Criada por Chris Claremont e Paul Smith, Madelyne Pryor apareceu pela primeira vez na Marvel em 1983, com Uncanny X-Men #168. Nela, a personagem foi apresentada como uma piloto da North Star Airways, companhia controlada pelos avós de Scott Summers.

Nessa ocasião, Scott, mais conhecido como o Ciclope, havia se afastado dos X-Men após a morte de Jean Grey. Quando chegou ao Alaska em visita aos avós, Scott ficou chocado com a semelhança de Madelyne e Jean, chegando a acreditar que a Fênix havia ressuscitado seu antigo amor.

Durante um longo tempo, a identidade real da personagem foi uma incógnita, uma vez que a única memória que tinha sobre o seu passado era um acidente de avião. De acordo com Madelyne, na época, ela foi a única sobrevivente da queda de uma avião ocorrido no mesmo dia que Jean morreu.

O objetivo de Claremont com a inserção de Madelyne nos quadrinhos dos X-Men era garantir um final feliz para Scott Summers. Desta forma, o casal acabou se casando, Scott se aposentou dos X-Men e os dois tiveram um filho, Nathaniel Summers.

Apesar dos deveres como pai, Scott não se manteve presente, constantemente participando de missões ao lado dos mutantes. Isso causou um atrito entre o mutante e Madelyne, que foi contornado, apesar de alguns desafios. Porém, Jean Grey ressuscitou, o que fez Scott abandonar completamente a mulher e o filho.

Mesmo abandonada, Madelyne não deixou de captar a atenção de vilões como Sr. Sinistro. Em uma viagem para São Francisco, os Carrascos — grupo de mutantes contratados pelo Sr. Sinistro — raptaram Nathaniel e quase a mataram. Felizmente, Madelyne ao lado dos X-Men, conseguiram salvar o garoto.

Porém, durante essa missão, Madelyne veria algo que partiria seu coração: Scott e Jean como um casal. Em meio a um estado de fúria, Madelyne foi nocauteada. Desmaiada, a mulher se viu em um encontro com S’ym, um demônio do Limbo que a ofereceu um acordo. A entidade lhe daria os poderes necessários para se vingar de Scott e Jean, desde que ela liberasse o inferno na terra.

Com seus poderes psíquicos completamente liberados e um conhecimento recém adquirido de magia, Madelyne Pryor se tornou a Rainha dos Duendes. Em um confronto com Sr. Sinistro, a mutante descobriu sua verdadeira origem.

De acordo com o vilão, Madelyne é um clone de Jean criado pelo próprio Sinistro. Porém, sua vida apenas foi ganha quando Jean morreu. Aparentemente, no dia da morte da telepata, um fragmento da Força Fênix adentrou o corpo de Madelyne, lhe dando vida.

Depois disso, Sinistro orquestrou um encontro entre Madelyne e Scott, resultando na concepção de Nathaniel. O objetivo final de Sinistro era colocar suas mãos no filho do casal e, então, se livrar de Madelyne.

A revelação destruiu Madelyne. Após anos sendo comparada com Jean Grey, ela descobre ser uma cópia da mutante. Frustrada com toda sua história, Madelyne enlouquece completamente e decide libertar, de vez, todos os demônios do Limbo na Terra. Para isso, exigiu o sacrifício de seu filho Nathan, além de transformar Alex Summers, irmão mais novo de Scott com quem tinha um caso, no Príncipe dos Duendes.

O plano final de Madelyne incluía sacrificar 9 bebês mutantes no Empire State Building e invocar, permanentemente, o Limbo na Terra. Para impedi-la, X-Men e X-Factor foram atrás da Rainha dos Goblins. No topo do edifício, Jean e Madelyne se viram em um confronto intenso.

Cansada de lutar, Madelyne decidiu destruir todos, inclusive ela, com uma última rajada de poder. Felizmente, as respectivas equipes de mutantes foram capazes de se proteger, mas Madelyne estava à beira da morte. Durante uma última tentativa de matar Jean, o fragmento da Fênix que existia em seu corpo a deixou e entrou na X-Men, dando um fim abrupto à vida de Madelyne.

Assim como Jean Grey, Madelyne Pryor se veria ressurgindo diversas vezes ao longo dos anos. Nos anos 2000, por exemplo, a personagem ressurgiu como a Rainha Vermelha no Clube do Inferno. Mais tarde, ela encabeçaria uma Irmandade de Mutantes.

Entre essas histórias, Madelyne chegou a criar um vínculo curioso com Nate Grey, versão da Terra-295 de seu filho. Nesse universo, o mutante nunca chegou a ser infectado com o vírus tecnorgânico, além de ter sido criado em laboratório por Sinistro. Em determinado momento, os dois chegaram a ter um envolvimento romântico.

Já no evento Vingadores vs. X-Men, Sinistro chegou a criar vários clones de Madelyne com o objetivo de atrair a Força Fênix dos Cinco Fênix — formado por Ciclope, Colossus, Emma Frost, Magia e Namor — para o corpo da mutante.

Madelyne Pryor teve papel relevante na Era de Krakoa dos mutantes, mas foi em Dark Web (Teia Sombria em tradução literal) que a personagem fez sua última aparição no universo dos quadrinhos.

Nele, a vilã uniu forças com Chasm, também conhecido como Ben Reily, clone do Homem-Aranha. Na ocasião, Madelyne liberou as forças do Limbo em Manhattan, fazendo com que o Cabeça de Teia precisasse trabalhar ao lado dos X-Men.

Em determinado momento, Jean percebeu o que Madelyne desejava e se entregou. Madelyne admitiu que tudo o que queria eram lembranças de Nathan, seu filho com Scott. Então, para curar essa parte da vilã, Jean deu essas lembranças livremente.

Comovida por esse gesto, Madelyne cancelou o ataque à cidade de Nova York e capturou Chasm, confinando-o no Limbo. Enquanto isso, em um gesto de boa vontade, os X-Men e o governo de Krakoa ajudaram Madelyne a estabelecer uma embaixada do Limbo. Usando sua posição como embaixadora, Madelyne procurou oferecer refúgio aos "rejeitados".

De início, Madelyne Pryor surgiu apenas como uma humana comum, mas, ao longo das histórias, se percebeu que a personagem tinha alguns poderes telecinéticos latentes. Foi apenas mais tarde que suas habilidades foram liberadas completamente.

Além de ser capaz de performar telecinese e telepatia, Madelyne pode modificar a realidade em certo nível, roubar as habilidades psíquicas de outros mutantes, além de ter um grande conhecimento mágico.

Entre algumas habilidades geradas por estes poderes, temos escudo psiônico, controle de mente, ilusões telepáticas, paralisia mental, transferência de mente, projeção astral e indução de dor.

A primeira adaptação de Madelyne Pryor para outras mídias foi X-Men ‘97. Antes disso, a mutante foi referenciada rapidamente em Deadpool 2 com um caminhão de sorvete chamado Pryor’s Treats.

Além disso, temos uma curta aparição do visual da personagem entre as skins disponíveis do jogo Marvel: Ultimate Alliance. Por fim, Madelyne aparece como vilã em uma das histórias do jogo para celular X-Men: Battle of the Atom.