M. Night Shyamalan: Todos os filmes do diretor, do pior ao melhor
M. Night Shyamalan: Todos os filmes do diretor, do pior ao melhor
Uma carreira controversa!
M. Night Shyamalan é um daqueles cineastas que dividem a opinião. Seus filmes estão entre alguns dos mais controversos do cinema norte-americano, e eles vão desde obras de suspense super reconhecidas até uma adaptação em live-action de um desenho cultuado, como também um olhar bem particular para o subgênero do super-herói.
Nesta lista, vamos revisitar a carreira de Shyamalan, ranqueando seus filmes do pior para o melhor. Fique livre para montar sua própria ordem no nosso espaço de comentários!
O Último Mestre do Ar (2010)
Não poderíamos colocar este filme em nenhuma outra posição senão em último lugar. Universalmente massacrado pela crítica, público e fãs da série animada, O Último Mestre do Ar é certamente um dos maiores traumas do cinema da década passada. Mal escrito, mal atuado e mal dirigido, o filme vai fundo quando decide desperdiçar todo o potencial oferecido pelo seu material de origem.
Aqui, Shyamalan pega toda alma, complexidade e personalidade de Avatar: A Lenda de Aang e transforma em algo burocrático e genérico. Além disso, o elenco de atores majoritariamente brancos interpretando personagens de origem asiática e inuíte provocou um gosto amargo na boca dos fãs.
Felizmente, os criadores da série original, Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko estarão envolvidos de forma ativa na futura adaptação em live-action da série pela Netflix.
Depois da Terra (2013)
Depois da Terra é um filme de ação pós-apocalíptico lançado três anos depois de O Último Mestre do Ar. À essa altura, o filme serviria apenas para afundar a carreira promissora de Shyamalan ainda mais.
Na trama, a Terra está a muito tempo abandonada e os seres humanos agora habitam outro planeta. Durante uma viagem espacial, a nave do capitão Cypher Raige (Will Smith) cai acidentalmente na Terra, e a partir disso, seu filho de treze anos de idade (Jaden Smith) deverá aprender sozinho a domar esse local “desconhecido” para sobreviver e ajudar o pai.
Pode-se dizer que se trata de um filme verdadeiramente monótono e presunçoso, que em sua essência é completamente oco e sem sutileza alguma. Há quem diga que a direção criativa ficou muito mais à cargo de Will Smith do que do próprio Shyamalan, que parece ter perdido o interesse pelo filme durante o processo. Mais tarde, Smith declarou que Depois da Terra era "o fracasso mais doloroso" de sua carreira.
Fim dos Tempos (2008)
Tá liberado fazer piadas sobre esse filme de desastre ser um completo desastre? Fim dos Tempos é estrelado por Mark Wahlberg, John Leguizamo e Zooey Deschanel e acompanha um grupo de pessoas que tenta escapar de uma tragédia natural misteriosa.
O principal problema do filme é sua apatia e incapacidade de se tornar minimamente interessante durante seus 90 minutos. Suas performances beiram ao amadorismo e sua trama vai se transformando em algo cada vez menos convincente à medida que avança. Sem dúvida, um dos piores da carreira de Shyamalan.
A Dama na Água (2006)
Pode-se dizer que a derrocada de M. Night Shyamalan começou com o lançamento de A Dama na Água, filme que narra a história de uma mulher enigmática encontrada entre as passagens sob a piscina do prédio de um homem chamado Cleveland (Paul Giamatti). Ao descobrir que a jovem é, na verdade, uma ninfa, o homem tenta ajudá-la a escapar das criaturas malignas que a perseguem.
Enquanto o filme tenta nos convencer de que aquela personagem misteriosa, vivida por Bryce Dallas Howard, faz parte de um universo fantasioso, ele nada faz, de fato, para atingir tal objetivo. A Dama da Água perde qualquer senso de lógica à medida que avança e falha em um quesito primordial geralmente atrelado a Shyamalan: o suspense.
Vidro (2019)
O mais recente filme de M. Night Shyamalan veio com a promessa de concluir de forma épica a trilogia formada por Corpo Fechado e Fragmentado. No entanto, em sua essência, o grande problema do projeto foi exatamente o hype gerado pelo cineasta - e não no que diz respeito ao marketing do filme, e sim à maneira como o próprio Shyamalan conduz a narrativa.
À cada minuto, Vidro se desdobra em suas próprias ideias pretensiosas, expondo para todo mundo ver alguns dos maiores males do cineasta. Apesar das ótimas atuações de James McAvoy e Samuel L. Jackson, por exemplo, as performances de Bruce Willis e Anya Taylor-Joy saem lesadas por terem ficado reduzidas demais.
A Vila (2004)
Em A Vila, Shyamalan demonstrava que estava começando a tropeçar em seus próprios pés, felizmente não de uma forma abrupta. O filme é daqueles que divide opiniões, com admiradores e detratores em uma mesma medida. Enquanto alguns elogiam os aspectos técnicos, atuações e atmosfera do filme, outros criticam a reviravolta óbvia do final, que à essa altura já não era sinônimo da genialidade de Shyamalan.
Na trama, acompanhamos os moradores de uma vila que vive aterrorizada com criaturas que habitam a floresta além dela, conhecidos como "aqueles de quem não falamos". É estrelado por Bryce Dallas Howard, Joaquin Phoenix, Adrien Brody, William Hurt, Sigourney Weaver e Brendan Gleeson.
A Visita (2015)
Aqui está um filme que surpreende não só por sua qualidade honesta mas também pelo seu senso de humor absurdamente assustador. Sim, A Visita consegue fornecer uma mistura eficaz de tensão e comédia, e vem como uma oferta muito bem-vinda de Shyamalan, que há tempos vinha pondo em xeque o interesse por sua carreira.
O filme conta a história de duas crianças que vão passar uma semana na casa dos seus avós. Lá, um deles decide documentar sua visita através de uma câmera caseira, e o que fica registrado se mostra completamente assombroso. É, sem dúvida, uma pérola não tão famosa do cinema de Shyamalan.
Fragmentado (2016)
Fragmentado foi visto por muitos como a redenção de M. Night Shyamalan quando chegou aos cinemas em 2016. Na trama, um homem com 24 personalidades diferentes sequestra três adolescentes e as aprisiona em uma instalação isolada.
O filme é repleto de momentos verdadeiramente aterrorizantes, alguns deles evocando o cinema de Alfred Hitchcock, por exemplo. A atuação física de James McAvoy beira ao magistral, e ainda que o clímax do filme não seja necessariamente satisfatório, o longa segura perfeitamente o taco como um todo. Foi um retorno revigorante de Shyamalan.
Sinais (2002)
Explorando temas como fé, família e vida extraterrestre, Sinais é um suspense minucioso e assustador que se encarrega perfeitamente de ocupar um lugar no pódio de M. Night Shyamalan. O filme mostra o cineasta em sua melhor forma, contando uma história original, orquestrando uma atmosfera de dar calafrios e arrancando boas performances do elenco.
Na trama, um padre interpretado por Mel Gibson descobre uma série de círculos em seus campos de milho, o que logo ele descobre se tratar da presença de alienígenas. O único problema do filme talvez seja o fato de que Shyamalan não deixa nada para o espectador imaginar.
Corpo Fechado (2000)
Corpo Fechado é sem dúvida uma das grandes obras da filmografia de Shyamalan. Trata-se de um filme intrigante, com atuações muito precisas e contidas, e com direito a uma reviravolta imprevisível que funciona. Aqui, Shyamalan nos transporta para um labirinto inexplorado sobre o mito do herói e da cultura das histórias em quadrinhos.
Na trama, um segurança chamado David Dunn, vivido por Bruce Willis, sobrevive a um terrível acidente de trem sem ferimentos, levando-o a descobrir que ele tem habilidades sobre-humanas. Isso o leva diretamente ao dono da loja de quadrinhos Elijah Price, interpretado por Samuel L. Jackson, uma figura misteriosa que usa uma cadeira de rodas. É o primeiro da trilogia composta também por Fragmentado e Vidro.
O Sexto Sentido (1999)
Não há como negar que a obra máxima de M. Night Shyamalan é seu filme mais bem sucedido, O Sexto Sentido. O longa, que gira em torno de Cole (Haley Joel Osment), um menino perturbado e solitário que esconde um segredo, e um psicólogo infantil igualmente transtornado (Bruce Willis), levou o cineasta ao patamar de promessa.
O Sexto Sentido é considerado até hoje um dos mais originais filmes de terror da história, conquistando várias indicações ao Oscar e uma bilheteria que o alçou ao posto de maior arrecadação do cinema para o gênero.
Sua história de fantasmas é sinistra e da mesma forma que remete ao cinema hollywoodiano clássico, ele também traz um vigor totalmente único para o gênero. O filme acabou inspirando vários filmes com tema sobrenatural que vieram nos anos seguintes.