Em uma cidade repleta de arranha-céus, um se destaca em meio à selva de concreto. O Edifício Martinelli foi construído em 1929 e ficou famoso por ser o primeiro arranha-céu da América Latina. No entanto, a partir de 1950, o local ficou com uma reputação de mal-assombrado, bem no período em que foi abandonado - e essa fama perdura até hoje.

Há quem diga que todos os fantasmas e assombrações são um reflexo dos vários crimes que aconteceram no interior do prédio, incluindo assassinatos violentos e estupros. Outra lenda diz respeito a uma mulher loira e sem rosto que vaga pelos corredores do prédio de madrugada, deixando portas abertas e assustando quem a vê.

No setor sul de Goiânia, há um centro cultural que vive envolto em mitos e lendas, sobretudo em relação ao período da ditadura militar. Embora nunca tenha sido confirmado, o Centro Cultural Martim Cererê supostamente foi palco de acontecimentos brutais, e muitos presos pelo governo militar teriam sido mortos e torturados no local onde ficavam as caixas d'água.

Essas caixas foram transformadas nos teatros do centro cultural, e até hoje há quem diga ter ouvido gritos assustadores ou vislumbrado vultos no escuro - tanto funcionários quanto frequentadores do lugar. Há também histórias de que as luzes do centro cultural são ligadas espontaneamente, assim como os aparelhos de som do teatro.

O Pelourinho é um dos destinos mais procurados de Salvador - e se por um acaso você estiver pela Bahia e quiser conhecer mais do passado curioso e mal-assombrado do estado, um point bem interessante é a Casa das Sete Mortes, local que teria sido palco de uma série de assassinatos cruéis e misteriosos, a partir do ano de 1755.

Tudo teria começado com a morte do Padre Manoel de Almeida Pereira e mais três de seus criados, que foram encontrados esfaqueados. Até hoje, há uma série de lendas sobre o lugar e sobre a "energia pesada" que o envolve, e muitos dizem ter visto janelas e portas batendo, vultos incompreensíveis ou até mesmo o som de passos e sussurros nas proximidades.

Se você mora no Norte do país, já deve ter ouvido falar na lenda do taxista que, certa noite, aceita uma corrida de uma jovem mulher que, ao chegar ao seu destino, diz não ter dinheiro e pede para o motorista passar na casa de seu pai... o problema é que a mulher supostamente estaria morta. E tudo isso nos leva ao Cemitério Santa Izabel, localizado em Belém, no Pará.

De acordo com lendas, esse seria o espírito de Josephina Conte, jovem de 16 anos que faleceu tragicamente em 1931. Como a lenda se tornou um baita sucesso, logo surgiu a reputação de "mal-assombrado" para o cemitério no qual a garota foi enterrada - e até hoje, o túmulo de Josephina é visitado por muitas pessoas.

Quem já esteve no bairro da Boa Vista, no centro de Recife, Pernambuco, já deve ter ouvido falar sobre a fama assombrada da Praça Chora Menino, localizada entre a Rua do Paissandu e a Avenida Lins Petit. No livro Folclore Pernambucano, o historiador Pereira da Costa conta como o local foi sede de uma sangrenta disputa no ano de 1831.

No século 19, a cidade teria passado por uma insubordinação geral de vários soldados de baixa patente, que teriam feito um conflito e matado vários civis. Várias das vítimas teriam sido enterradas no local, onde hoje fica a praça. Para alguns, é possível ouvir o choro de uma criança que teria sido morta por lá - e para corroborar a história, há uma estátua de uma mãe com seu bebê lá.

Bem na capital paranaense, Curitiba, havia um presídio onde hoje existe o Fórum dos Juizados Especiais do Judiciário de Curitiba. O lugar foi aberto em 1905, e foi utilizado durante cento e um anos, até seu fechamento de 2006. Dizem as lendas que havia um fantasma de palhaço na penitenciária, que só assombrava detentos condenados por crimes sexuais contra mulheres.

Agora, um fato curioso sobre tudo isso: Na década de 70, um criminoso foi detido no Presídio do Ahú. Seu crime? Ele supostamente se vestia com roupas circenses e atacava mulheres usando uma serra elétrica, e teria vivido na prisão até sua morte. Hoje, o local é usado para gravações de filmes, mas ainda conserva sua fama de mal-assombrado.

O município de Mariana, em Minas Gerais, esconde um dos lugares mais bonitos e assustadores de todo o Brasil. Conta-se que, em 1936, cerca de 15 operários morreram afogados em uma enchente que invadiu a Mina da Passagem. Hoje considerada um destino turístico, o lugar têm a reputação pra lá de assombrada.

Com 120 metros de profundidade, a mina é formada por túneis subterrâneos que podem ser acessados (até certo ponto) pelos turistas, mas lendas e mitos dizem que algumas aparições sobrenaturais ainda vagam pelo lugar, e muitos relatam ouvir barulhos de sinos e correntes. Há quem fale da aparição de um tal Capitão Jack, um inglês que teria sido chefe da equipe de mineração.