Love, Death and Robots: Todos os episódios da segunda temporada, do pior ao melhor

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Love, Death and Robots: Todos os episódios da segunda temporada, do pior ao melhor

Por Gabriel Mattos

Sucesso absoluto de crítica e de público, Love, Death and Robots acabou de retornar para uma segunda temporada espetacular na Netflix. Dessa vez a quantidade de episódios é bem menor, mas a qualidade continua surpreendente, explorando amor, morte e robôs sob uma ótica única e criativa.

Entretanto, se alguns episódios entregam um espetáculo completo de animação e roteiro, outros são menos inspirados e mais contidos. Para te ajudar a decidir a melhor ordem para maratonar, preparamos uma lista do pior episódio da segunda temporada ao melhor.

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8 - O gigante afogado

O último episódio da antologia, O gigante afogado, mergulha da maneira mais mórbida possível no existencialismo. Sem muita ação, acompanhamos a narração de um cientista em uma terra de humanos minúsculos estudando a putrefação de um humano gigante que morreu em uma praia.

O episódio traz um olhar distante, objetivo e impessoal da morte, contrastando com a empolgação daqueles que ainda vivem. Não é particularmente criativo e traz uma visão tímida com potencial limitado de gerar discussão, mas ainda pode entreter pelo espetáculo visual que apresenta.

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7 - Gaiola de sobrevivência

Quando você percebe que o protagonista deste curta é ninguém menos que Michael B. Jordan, é difícil não criar expectativas. Mas além da atuação impecável da versão animada do ator, Gaiola de sobrevivência não tem muito a oferecer que já não tenhamos visto.

De maneira bastante semelhante ao episódio “Ajudinha” da primeira temporada, o curta traz um astronauta que acaba preso em uma situação extrema com poucas chances de sobrevivência. A tensão é palpável ao longo de toda sua exibição, mas não é muito memorável.

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6 - A grama alta

A direção de arte de A grama alta fica entre uma das melhores dessa temporada, fortemente inspirada na pintura expressionista. Porém, em questão de trama, o episódio falha em empolgar ao desenvolver um conceito simples de uma maneira pouco interessante.

Na história, um homem curioso acaba se embrenhando na grama alta quando seu trem faz uma parada emergencial. Fica claro o envolvimento de forças sobrenaturais e mesmo assim a revelação do mistério do episódio demora muito a acontecer, perdendo o momento certo para surpreender o público. A grama alta parece uma cena de algo maior, descontextualizada, e não um curta independente.

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5 - Atendimento Automático Ao Cliente

Atendimento Automático Ao Cliente abre a temporada de maneira hilária e irreverente. O curta nos convida a imaginar uma sociedade poucos anos no futuro em que conseguimos automatizar a maior parte das atividades humanas com simpáticos robôs inteligentes, mas ainda não resolvemos os robôs irritantes e ineficazes do telemarketing.

A graça do episódio é exatamente essa sátira com o atendimento automático que sugere soluções absurdas para problemas que eles mesmo inventaram. Na trama, uma dona de casa está tentando desativar um robô doméstico assassino, mas a cada nova interação com o telemarketing, a situação fica mais absurda. Longe de ser revolucionário, mas diverte a cada segundo.

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4 - Pela casa

O episódio mais curto dessa antologia é também aquele que vai ficar marcado na sua memória por mais tempo. Pela casa é uma história natalina com uma reviravolta fantástica que te faz esquecer sua falta de relação com amor, morte ou robôs.

O curta sabe usar as cartas certas — incluindo um cenário nostálgico e uma animação rígida que lembra stop motion — para baixar a guarda do telespectador, tornando a surpresa ainda mais impactante. Quando você acha que tudo está seguro, a trama segue por um caminho inesperadamente sombrio. Muito bem construído.

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3 - Gelo

O estúdio de Zima Blue, um dos episódios mais elogiados da primeira temporada, retorna para dar um show de world building e storytelling. Em pouquíssimas cenas, Gelo consegue estabelecer um universo rico em que humanos aprimorados geneticamente reinam soberanos e os extros, humanos não modificados, precisam encarar a realidade de serem defasados.

O traço simula com excelência a animação tradicional, homenageando clássicos como Samurai Jack, e faz uso certeiro de silhuetas para realçar a forma caricata dos personagens contra cenários monumentais. É uma experiência única dentro da série que ainda consegue explorar as nuances das relações familiares com uma sutileza encantadora.

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2 - Snow no deserto

Assim como “Para Além da Fenda de Áquila”, na primeira temporada, este é o episódio mais completo da segunda antologia. Ao misturar todos os temas da antologia de maneira cativante e profunda, Snow no deserto consegue entregar doses intensas de ação, romance, aventura e ficção científica que fisgam o público sem dificuldade.

Na trama, um homem perigoso, portador de um gene raro, foge de mercenários alienígenas quando conhece uma mulher misteriosa. O florescer desta relação improvável e instável nas condições mais adversas é um prato cheio para fãs de ficção científica, ainda mais quando consideramos sua animação realista de cair o queixo. No final, fica uma vontade absurda de jogar esta aventura em um game da nova geração.

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1 - Esquadrão de extermínio

Esquadrão de extermínio aposta em estereótipos populares do cyberpunk para contar uma história tocante sobre humanidade, paternidade e o propósito da vida eterna. Este curta mostra uma sociedade onde os ricos venceram a morte. Porém, para equilibrar as taxas populacionais, gerar crianças se tornou ilegal, sob pena de morte.

A história acompanha os dilemas de um policial encarregado de executar os dissidentes. Atormentado por todas as vítimas de um sistema injusto e carregando a culpa de um desejo sufocado, cada sutil emoção é entregue com excelência pelo lendário Nolan North, o Nathan Drake da série Uncharted. Este curta vai despertar uma série de sentimentos que provam o grandioso potencial de Love, Death and Robots.