O Justiceiro: 10 coisas que você precisa saber sobre o personagem da Marvel
O Justiceiro: 10 coisas que você precisa saber sobre o personagem da Marvel
O vigilante mais sanguinário da Marvel!
Um dos anti-heróis mais famosos dos quadrinhos, O Justiceiro, tem uma das histórias mais trágicas da Marvel. Com a caveira da morte estampada no peito, ele é uma verdadeira força violenta da natureza que usa do rapto, da extorsão, da coerção, de ameaças e da tortura para combater o crime.
Nesta lista, você vai conhecer ou relembrar os detalhes que cercam a mitologia desse vigilante da Marvel Comics.
A criação
A primeira vez que o Justiceiro apareceu nos quadrinhos foi em 1973, na HQ Amazing Spider-Man #129, de Gerry Conway e Ross Andru. Inicialmente, ele foi concebido por Conway para ser um antagonista recorrente do Homem-Aranha, no entanto, sua estreia foi tão bem recebida, que ele acabou aparecendo em histórias do Capitão América e do Demolidor, onde acabou atuando ao lado dos heróis e por vezes contra eles.
Foi apenas treze anos depois que o personagem ganhou uma minissérie solo comandada por Steven Grant, Mike Zeck e Mike Vosburg.
A história de origem
Francis Castiglione é o nome de batismo do Justiceiro. Filho de imigrantes sicilianos, Frank teve uma criação rigorosamente católica, chegando até mesmo a estudar para ser padre. Porém, percebendo que ele jamais conseguiria perdoar aqueles que fazem o mal, Francis se desligou da igreja e foi servir ao exército.
Francis fez três viagens ao Vietnã - ou, nas histórias mais atuais, Afeganistão - durante a guerra que assolou o país. Com o fim do conflito, Francis retornou para casa - agora usando o nome Frank Castle - e passou a se dedicar a sua esposa e a seus dois filhos.
A morte de sua família
Ao voltar para casa, Frank levou sua esposa e dois filhos pequenos para o Central Park, em Nova York. Coincidentemente, neste mesmo dia a máfia estava planejando um assassinato no local e eliminou todas as testemunhas, incluindo a família de Frank. O homem foi o único que sobreviveu ao episódio.
Profundamente traumatizado pelo incidente, Frank iria testemunhar no tribunal para identificar os atiradores, mas foi negado porque o departamento de polícia de Nova York era corrupto e estava conectado à máfia.
Se tornando o Justiceiro
Frank Castle prometeu passar o resto de sua vida vingando sua família. Armado com armas da mais alta potência, usando toda sua técnica de combate e experiência de guerrilha, aliada a suas habilidades de detetive, Frank decide ele mesmo ir atrás dos assassinos e proclamar sua sentença: a morte.
Depois disso, Frank passa a travar uma guerra direta contra o crime organizado, tomando para si mesmo a missão de fazer a justiça e exterminar criminosos. A partir daí, Frank Castle adota o codinome Justiceiro.
A conduta
Conhecido por ser um dos personagens mais brutais e violentos dos quadrinhos, o Justiceiro está longe de ser misericordioso. Diferente de vigilantes como Batman e Demolidor, Frank Castle é capaz de realizar os atos mais bárbaros para punir os criminosos e proteger inocentes - quanto mais dor ele causar a esses inimigos, melhor.
Segundo o roteirista Garth Ennis, o Justiceiro "vê o mundo em preto e branco", separando de forma muito concreta quem ele acredita que merece ser punido. Se engana, no entanto, quem acha que ele mata qualquer um que surge em seu caminho, seu "código de conduta" não permite que ele cometa qualquer ato de violência com quem não infringe a lei.
Poderes
O Justiceiro não possui nenhum poder sobrenatural, mas convenhamos…ele nem precisa. O que ele consegue fazer com suas habilidades de combate, armamento e uso de força letal já é suficiente para colocá-lo entre os mais perigosos personagens da Marvel.
Frank tem um condicionamento físico invejável. Ele é capaz de levar qualquer pancada e continuar lutando, além de se adaptar a qualquer situação virando o jogo a seu favor. Seu arsenal bélico é impressionante, que aliado ao fato de ser ambidestro, faz com que ele seja um atirador inigualável.
O símbolo
O crânio branco que o Justiceiro usa em seu uniforme não é apenas uma questão estética. Nos quadrinhos, há uma razão tática para o uso do símbolo. Considerando que ele vai ser sempre alvo de balas, o logotipo em seu peito serve como uma camada de armadura.
Por ser um símbolo enorme e branco em seu conjunto preto, ele faz com que os vilões naturalmente sejam atraídos pela imagem e atirem diretamente lá. Mesmo que atingido, as balas não provocarão danos em Frank.
Vilões
O Justiceiro tem uma galeria de vilões bem barra-pesada, como poderia se esperar. Ao longo de décadas, os quadrinhos do anti-herói apresentaram nomes como o Guerrilheiro, que tem braços de metralhadora; William Rawlins, agente secreto sociopata que tem sede de poder; Daken, o filho psicopata do Wolverine; Mercenário, que também é vilão do Demolidor; Rei do Crime, também inimigo do Demolidor e do Homem-Aranha; e Barracuda, um produto de guerra tal qual Frank.
Mas é provável que o maior e mais famoso arqui-inimigo do Justiceiro seja o Retalho. Antes de ser o perturbado e obsessivo inimigo de Frank, ele era Billy Russo, um homem bonito e charmoso que foi contratado pela Família Criminosa dos Costa para matar o Justiceiro. Quando eles se encontram, porém, Frank desfigura o rosto de Billy, que fica marcado para sempre pelo trauma e jura vingança contra o homem que lhe tirou sua beleza.
Os filmes
Frank Castle já protagonizou três filmes em live-action e os três foram amplamentes mal recebidos pela crítica. O primeiro, lançado em 1989 e estrelado por Dolph Lundgren foi massacrado pela imprensa. O segundo, dessa vez estrelado por Thomas Jane e lançado nos cinemas em 2004, teve o mesmo destino.
Quatro anos depois, outra versão do anti-herói chegou aos cinemas, agora vivido por Ray Stevenson e se chamando Justiceiro: Zona de Guerra. O terceiro filme foi um verdadeiro fracasso de bilheteria, dando um prejuízo gigantesco a Lionsgate, que orçou o filme em U$ 35 milhões e arrecadou apenas U$ 10 milhões.
A série da Netflix
Na última década, O Justiceiro ganhou sua adaptação live-action mais bem sucedida. A série da Netflix em parceria com a Marvel trouxe Jon Bernthal na pele de Frank Castle por duas temporadas, além de aparições na série Demolidor.
Na primeira temporada, o Justiceiro descobre uma conspiração muito maior envolvendo a morte da sua família, culminando no fim na dilaceração no rosto do seu ex-melhor amigo Billy Russo, vivido por Ben Barnes. Na segunda temporada, vemos Frank atraído pelo mistério em torno da tentativa de assassinato de Amy Bendix (Giorgia Whigham), enquanto Russo se transforma aos poucos no grande vilão Retalho.
A série foi cancelada em 2019, depois de duas temporadas, junto com todas as séries da Marvel pela Netflix.