Interestelar: 10 coisas surpreendentes sobre o filme que você não sabia
Interestelar: 10 coisas surpreendentes sobre o filme que você não sabia
Descubra as curiosidades mais surpreendentes sobre o filme de Christopher Nolan!
Com Interestelar (2014) retornando às telonas por tempo limitado em comemoração aos 10 anos de lançamento do filme, muita gente anda relembrando os melhores momentos da produção que marcou o gênero de ficção científica dos últimos anos no cinema. Dirigido por Christopher Nolan (Oppenheimer), o longa conta com vários elementos surpreendentes, dentro e fora das telas – e nesta lista você vai conhecer os 10 fatos extraordinários sobre o filme!
Alguns frames de Interestelar precisaram de até 100 horas para renderizar
Quando você pensar em reclamar sobre o tempo de renderização de um simples vídeo, lembre-se que a equipe de Interestelar teve que esperar até 100 horas para que um único frame finalizasse a renderização.
O feito tem relação com a complexidade dos efeitos visuais usados no filme, já que Nolan queria garantir uma maior veracidade científica na produção. Em vista disso, uma nova tecnologia teve que ser criada para dar conta da renderização do longa de um jeito que não sobrecarregasse o computador.
A título de curiosidade: no final dessa jornada, Interestelar chegou a ter 800 terabytes de dados.
Anne Hathaway quase teve hipotermia durante as filmagens de Interestelar
Um dos filmes mais marcantes da carreira de Anne Hathaway e de sua parceria com Nolan, Interestelar quase fez a atriz ter hipotermia durante as gravações. O momento aconteceu quando a equipe filmava uma sequência na Islândia.
A atriz contou como foi a experiência em entrevista ao The Hollywood Reporter, em 2014, o ano de lançamento do filme. De acordo com Hathaway, “todo mundo estava com frio naquele momento”, mas que, em determinado instante, ela “não tinha certeza se estava sentindo os dedos dos pés, ou se eles estavam formigando”, e que ainda passou a sentir sua visão um tanto quanto “nebulosa”.
Foi só então que Anne pediu ajuda a um assistente de direção, que logo chamou atenção de Nolan para o fato de que a atriz estava prestes a ter uma hipotermia.
Isso aconteceu porque o traje de astronauta que Hathaway usava na sequência em questão não estava totalmente vedado, o que provocou o início da hipotermia.
Nolan pediu para Hans Zimmer compor a trilha sonora sem dar detalhes sobre o filme
Parceiro de longa data de Nolan, o compositor Hans Zimmer foi indicado ao Oscar pela trilha sonora de Interestelar, uma das mais celebradas de sua carreira. O trabalho, contudo, começou de um jeito inusitado: Nolan pediu a Zimmer para que ele fizesse a trilha sem dar muitos detalhes a respeito do filme.
Sem ideia acerca dos personagens, do gênero do longa ou da trama, Zimmer iniciou os trabalhos na trilha de Interestelar usando somente uma carta escrita por Nolan que contava uma breve “fábula sobre o tema central da história”. O diretor pediu apenas para que o músico trabalhasse por “um dia” no projeto para ver no que dava.
Zimmer aceitou o desafio e Nolan adorou o resultado inicial, dando o ponto de partida em uma das colaborações mais marcantes da dupla.
As tempestades de poeira foram criadas com papelão biodegradável
Quem tem afinidade com o trabalho de Nolan, sabe que ele adora um efeito prático – e Interestelar está cheio deles. Um exemplo é a tempestade de poeira que vemos no filme, que foi feita a partir de papelão biodegradável.
De acordo com a atriz Jessica Chastain, que interpreta a versão adulta de Murphy no filme, a equipe usou o material para dar um toque mais realista à tempestade. “Em todas as cenas em que eu estava do lado de fora, pedaços de poeira eram jogados no meu rosto. Era um material biodegradável feito de papelão, mas ainda assim não era divertido”, Chastain disse ao Detroit Free Press, ressaltando que, apesar da poeira, “amou cada minuto” das gravações.
A cena do milharal não foi feita com efeitos visuais: é uma plantação de milho de verdade
Mais uma cena que não foi criada por efeitos visuais é a do milharal. Em uma das sequências iniciais do filme, vemos o carro de Cooper (Matthew McConaughey) percorrendo uma plantação de milho -- que foi cultivada de verdade para dar mais veracidade à história.
Ao todo, foram cultivados mais de 200 hectares de milho que, após a conclusão das filmagens, foram comercializados.
Nolan contou com a ajuda da NASA e de cientistas renomados para desenvolver o filme
Roteirizado por Nolan e seu irmão, Jonathan Nolan, Interestelar recebeu uma consultoria de peso para que os elementos científicos apresentados ao longo da trama estivessem próximos da realidade. Para isso, Nolan esteve na NASA com o intuito de realizar pesquisas para o filme, assim como também foi à base espacial do Elon Musk, a SpaceX, para aprender mais sobre os temas científicos apresentados no enredo.
Nolan também contou com a ajuda do astrofísico Kip Thorne, que serviu como consultor científico do filme. O físico é especialista em ondas gravitacionais e tem uma pesquisa voltada para buracos negros e buracos de minhoca, elementos importantes na trama de Interestelar.
Grande parte das cenas com robôs não foram feitas com CGI
Continuando a tradição de evitar o uso de CGI em demasia, Nolan também garantiu que os robôs usados em Interestelar tivessem “vida própria”. O modelo TARS que aparece ao longo do filme, por exemplo, foi controlado pelo ator Bill Irwin, que até esteve presente na concepção do design do robô.
Em entrevista à Empire, em 2014, Irwin contou que comandava os movimentos do robô no set sem a ajuda de um controle remoto: tudo era feito manualmente com o ator “fixado” no aparelho.
Irwin foi apagado digitalmente das cenas durante o processo de pós-produção.
As naves espaciais de Interestelar foram feitas em miniatura e em escala real para evitar o uso de CGI
Mais efeitos práticos em Interestelar: as naves espaciais que você vê no filme, inclusive a Endurance, foram feitas a partir de miniaturas e escalas reais pela New Deal Studios. O objetivo de Nolan era contar com as peças reais para que as cenas se tornassem mais “palpáveis” nas filmagens.
A partir de pesquisas aprofundadas, a equipe envolvida na construção das miniaturas das naves do filme fez tudo utilizando técnicas que são usadas na vida real. O design da Endurance, por exemplo, foi projeto para que a nave realmente fosse capaz de fazer uma viagem espacial de acordo com as leis da Física.
Já a Ranger, a nave menor que é usada no filme para explorar planetas, foi criada em tamanho real para que Nolan pudesse utilizá-la nas gravações.
Inicialmente, Steven Spielberg seria o diretor de Interestelar
Muito antes de Christopher Nolan assumir o comando de Interestelar, um outro diretor renomado estava atrelado ao projeto: Steven Spielberg. Conhecido por seus trabalhos de sucesso no cinema de ficção científica, Spielberg começou o desenvolvimento do longa por volta de 2006 em parceria com a Paramount Pictures, contando também com Jonathan Nolan como roteirista.
Mas quando a DreamWorks – que tem Spielberg como um dos fundadores e fazia parte da Paramount naquela época – foi vendida para a Disney, o diretor teve que sair do projeto. Foi assim que Jonathan Nolan viu a oportunidade de recomendar seu irmão para assumir o cargo na direção de Interestelar, finalizando o acordo em 2012.
O filme tem a representação mais “cientificamente correta” de um buraco negro no cinema (até onde se sabe a respeito de buracos negros, claro)
Graças a todo cuidado envolvendo os aspectos científicos do filme, Interestelar tem a representação mais “cientificamente correta” de um buraco negro no cinema até o momento -- levando em consideração, claro, as limitações envolvendo pesquisas científicas da vida real sobre o tema.
Vale mencionar que todo o conceito por trás do buraco negro – o Gargantua – que aparece na trama de Interestelar foi criado com a ajuda do físico teórico Kip Thorne, que foi o responsável por dizer a Nolan durante o desenvolvimento do roteiro que, para que toda questão envolvendo a relatividade do tempo fosse plausível, a história precisaria ter um buraco negro.
Partindo disso, a equipe quebrou a cabeça para criar um conceito que se aproximasse do que poderia ser a realidade, chegando até o resultado que você vê na produção.