Uma das cenas mais marcantes da franquia é a abertura de X-Men (depois refilmada em Primeira Classe), onde vemos o passado de Magneto em um campo de concentração da Segunda Guerra Mundial. Isso ajuda a criar a personalidade do vilão e apresentar seus motivos.

Porém, no roteiro original do filme, Magneto não era o único a ter suas origens exploradas. Teríamos uma cena do Ciclope descobrindo seus poderes na escola (assim como em Apocalipse) e Tempestade causando um rebuliço em uma vila na África. Os cenários chegaram a ser montados para que as cenas pudessem ser filmadas para a versão em DVD, mas isso nunca aconteceu.

Sem sombra de dúvidas, um dos elementos que mais faz falta no imaginário dos fãs são os uniformes clássicos. De acordo com artes conceituais liberadas nos DVDs do primeiro filme, originalmente os personagens teriam trajes similares aos dos quadrinhos, ou ao menos mais fantasiosos que as roupas de couro da franquia.

Contudo, o sucesso de Matrix fez a franquia perseguir algo mais realista. Posteriormente, até Brett Ratner tentaria trazer os trajes aos cinemas em O Confronto Final, mas foi negado pelos estúdios. Em Wolverine: Imortal, uma cena deletada do filme traria o traje clássico do Wolverine, porém, foi excluído do corte final.

Felizmente, com a estreia de Deadpool e Wolverine, finalmente veremos o Carcaju Canadense com um traje fiel às HQs da Marvel Comics, e isso nos faz ficar bem animados para o que a Marvel Studios tem reservado para os heróis mutantes no futuro.

Quando o primeiro filme da franquia foi concebido, vários atores foram sondados para interpretar os principais mutantes da série. Para se ter ideia, o próprio Hugh Jackman foi uma substituição de última hora para o papel do Wolverine, que seria interpretado por Dougray Scott.

Outros atores que foram considerados para papeis nos filmes foram Keanu Reeves, que seria o Gambit devido ao sucesso de Matrix, Angela Bassett como Tempestade, Edward Norton como Ciclope, Lucy Liu como Mística, Sarah Michelle Gellar como Vampira e o icônico Terence Stamp como Magneto.

Na trilogia original, a construção da Fênix Negra é feita de modo gradual, culminando em O Confronto Final - que acabou desagradando muitos fãs. Entretanto, pistas maiores já seriam dadas em X-Men, pois Jean se descontrolaria durante a reunião da ONU e acabaria revelando seus poderes.

Isso acabou sendo alterado durante as próprias filmagens do filme. Desse modo, quando você assiste ao primeiro filme com atenção, percebe que o Senador Kelly já sabia que Jean era mutante e é justamente por isso que ele vai atrás dela ao ser modificado geneticamente por Magneto.

A Sala do Perigo é um dos elementos mais importantes das HQs dos X-Men. Nos cinemas, ela só apareceu pela primeira vez em X-Men: O Confronto Final e posteriormente na cena final de X-Men: Apocalipse, mas segundo rumores, ela já seria introduzida no primeiro filme, na cena em que o Wolverine explora a Mansão. A sequência foi cortada devido aos custos e tempo de produção.

Em X-Men 2, ela também apareceria e chegaram a construir o cenário para as gravações da cena, que acabou não sendo utilizado. E mesmo tendo aparecido no terceiro filme, foi de uma maneira diferente do que era esperado, já que os mutantes iriam enfrentar vários sentinelas em uma simulação de um futuro distópico inspirado por Dias de um Futuro Esquecido das HQs.

X-Men Origens: Wolverine é o filme mais criticado dentro de toda a franquia, trazendo decisões questionáveis como a trama da bala de adamantium ou a versão deturpada de Deadpool. Contudo, versões iniciais do filme teriam tornado tudo diferente.

O roteiro original não contava com as participações desnecessárias de Emma Frost, Ciclope, Gambit e muito menos do Deadpool. No clímax, Wolverine iria enfrentar um exército de clones do Dentes de Sabre (o que justificaria a aparência do vilão em X-Men, já que Magneto teria tomado para si um dos clones de Victor Creed), e outros personagens famosos apareceriam, como o Dr. Cornelius e sua assistente, Carol Hines.

Por mais que muitos nem sequer imaginem, Primeira Classe surgiu de uma ideia bem interessante da franquia - que foi executada da maneira errada. A Fox pretendia fazer uma série de filmes (intitulada X-Men Origens) focadas no passado de personagens famosos - e daí surgiu o primeiro filme solo do Wolverine.

Logo em seguida, o estúdio pretendia fazer um filme solo do Magneto, focado na infância e adolescência do vilão. O filme contaria com o próprio Ian McKellen em cenas no presente, mas foi descartado e acabou dando lugar a X-Men: Primeira Classe, que por sua vez aborda toda a origem da equipe.

Antes mesmo de chegar aos cinemas em 2000, o primeiro filme dos mutantes passou por um grande limbo criativo que durou quase uma década. Nessa época, diversos roteiros foram escritos, incluindo alguns que traziam uma invasão de mutantes rechaçada por Sentinelas, uma trama similar à animação clássica e outro que envolvia uma conspiração de vilões, com os pais de Jubileu sendo participantes do projeto Arma X.

E esses são apenas os roteiros. Desde antes, vários projetos foram concebidos. James Cameron chegou a idealizar um projeto que traria Bob Hoskins como Wolverine e Arnold Scharzenegger como Colossus.

Desde 2013, Jeff Wadlow (de Kick-Ass 2 e Verdade ou Desafio) havia sido contratado pela Fox para desenvolver um filme da X-Force, e em entrevistas recentes, ele explica que sua visão original surgiu antes mesmo do filme solo do Deadpool. Por isso, veríamos a formação do grupo a partir dos Novos Mutantes, como aconteceu nas HQs da década de 90.

A equipe seria composta por Míssil, Feral, Apache, Dominó, Dinamite e o Cable seria seu mentor. Wadlow também queria que Ryan Reynolds reprisasse o papel de Deadpool como um dos antagonistas do longa, e isso daria margem para sua "redenção" nos cinemas. O projeto passou anos em desenvolvimento e foi sumariamente descartado.

Há de se concordar que a Fox não foi tão culpada por esse caso, já que a franquia dos mutantes já havia passado para as mãos da Disney - que levou cerca de dois anos para enfim lançar Os Novos Mutantes no cinema. O filme da equipe, dirigido por Josh Boone, sempre foi arquitetado como um longa de horror, mas acabou passando por várias refilmagens para que seu tom fosse atenuado.

Boone tinha interesse em produzir uma trilogia de terror da equipe "mirim" dos X-Men, com cada filme mergulhando em um subgênero diferente do horror. O primeiro seria mais psicológico, com influências de A Hora do Pesadelo 3, enquanto o segundo apresentaria Warlock em um horror cósmico, e o terceiro mostraria um literal inferno, com Magia e sua trama envolvendo o Limbo.