10 filmes que você precisa ver após Hollywood, da Netflix
10 filmes que você precisa ver após Hollywood, da Netflix
Só para quem realmente gosta de cinema!
Lançada há algumas semanas, a série Hollywood da Netflix cativou os fãs de cinema justamente por mostrar como funcionava o esquema de produção durante a Era de Ouro de Hollywood. E por ser apenas uma minissérie com sete episódios, a série deixou muitos fãs com um gostinho de “quero mais”.
E é por isso que, nesta lista, reunimos 10 filmes para maratonar depois de assistir Hollywood, da Netflix. Aqui, você pode ver tanto filmes que são estrelados por algumas das figuras históricas que aparecem na série como também outras produções que também contam os “segredos” de Hollywood!
Créditos: Divulgação
Treze Mulheres (Thirteen Women, 1932)
Boa parte da trama de Hollywood gira em torno da produção de um filme biográfico sobre Peg Entwistle, uma jovem atriz que ficou mundialmente conhecida por ter se suicidado ao pular da letra "H" no famoso letreiro de Hollywood. Eventualmente, o filme acaba ganhando outros ares e se torna algo completamente diferente.
Porém, a história de Peg Entwistle é real: como muitas mulheres, ela foi encantada pelo cinema e fez de tudo para ascender ao estrelato, mas encontrou vários desafios que a fizeram desistir da vida. Em sua carreira, ela só participou de um filme, o thriller sobrenatural Treze Mulheres, protagonizado por Irene Dunne.
O Expresso de Shanghai (Shanghai Express, 1932)
Uma personagem que tem uma participação bem importante na série é a atriz Anna May Wong. Quando a encontramos, ela é uma reclusa após ter sido recusada em um papel por conta do racismo de Hollywood. Depois, a série faz justiça à atriz, e Wong chega a ganhar um Oscar - algo que não aconteceu na vida real.
Ainda assim, a atriz ficou conhecida por aqui como a primeira estrela de ascendência chinesa a ter sucesso em Hollywood. Ao longo de sua carreira, ela teve vários papéis no cinema e na rádio, e um de seus melhores filmes é O Expresso de Shanghai, uma comédia romântica na qual ela atua junto de Marlene Dietrich.
Terra dos Deuses (The Good Earth, 1937)
Agora, se você tem alguma curiosidade para saber qual foi o filme no qual Anna May Wong foi recusada, deve procurar por Terra dos Deuses, um épico de drama e romance lançado em 1937. Originalmente, Wong teria feito o teste para o papel principal, mas foi recusada devido à política anti-miscigenação do cinema.
Em seu lugar, entrou a atriz Luise Ranier, uma mulher branca com maquiagem yellowface - ou seja, para emular traços físicos chineses. O filme foi um sucesso na época de seu lançamento, conquistando dois Oscars (incluindo o de Melhor Atriz para Luise). Atualmente, muito se comenta da polêmica racista do longa.
... E O Vento Levou (Gone With the Wind, 1939)
Um dos maiores clássicos da história do cinema, ... E O Vento Levou é um baita épico romântico que acompanha a vida de um casal bem improvável durante o período da Guerra Civil dos Estados Unidos. O filme foi um sucesso estrondoso, e até hoje é a maior bilheteria da história, quando consideramos o reajuste da inflação.
Em Hollywood, temos a participação não apenas de uma, mas duas estrelas do filme. Vivien Leigh - a atriz que apresenta o Oscar de Melhor Atriz - interpreta a egoísta Scarlett O'Hara, enquanto Hattie McDaniel - a atriz negra que aconselha uma das protagonistas da série - vive a empregada Mammy.
Carmen Jones (1954)
Nos anos 50, era difícil ver um filme de grande estúdio que fosse protagonizado por pessoas negras. Essas produções geralmente ficavam a cargo de estúdios menores e eram chamados de "filmes raciais", por abordarem temas de negritude e vivência. Porém, um filme mudou tudo: Carmen Jones.
O musical foi muito prestigiado na época de seu lançamento, e inclusive rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz para a protagonista, Dorothy Dandridge. Para conceber a personagem Camille Washington, o criador da série, Ryan Murphy, bem como a atriz Laura Harrier se inspiraram bastante em Dorothy.
Tudo que o Céu Permite (All that Heaven Allows, 1955)
Rock Hudson também é um dos personagens mais importantes da série, embora ele seja retratado de uma forma diferente. Tanto na vida real quanto na minissérie, Hudson era um homem gay. Contudo, enquanto em Hollywood ele pôde viver livremente, no mundo real o ator teve que esconder sua sexualidade até a morte.
Ainda assim, Rock deixou um legado impressionante no cinema, em papéis dramáticos que sempre foram elogiados. Um de seus filmes mais reconhecidos é Tudo que o Céu Permite, dirigido por Douglas Sirk, onde vive um jovem que se apaixona por uma viúva mais velha.
Assim Caminha a Humanidade (Giant, 1956)
Porém, o grande papel de Rock Hudson viria um ano depois, graças ao épico Assim Caminha a Humanidade, dirigido por George Stevens. O filme acompanha a história de vida de um fazendeiro no interior do Texas, bem como sua família, ao longo de vários anos.
O filme contou com um elenco estrondoso - incluindo Elizabeth Taylor e James Dean - e foi um dos melhores longas de 1956, conquistando nada menos que dez categorias do Oscar (incluindo a de Melhor Ator para Hudson. Infelizmente, o ator não ganhou o prêmio, mas o filme se tornou o ponto mais alto de sua carreira.
8½ (Otto e mezzo, 1963)
Agora, vamos falar de alguns filmes que exploram a técnica e a rotina de um set de filmagens, para quem quer ver mais sobre como a magia do cinema é feita. Para começar, fica a recomendação do clássico italiano 8½, dirigido por Federico Fellini.
Descrito como uma comédia dramática surrealista, o filme é centrado na história de um diretor de cinema (interpretado por Marcello Mastroianni) que precisa vencer uma crise criativa para poder finalizar sua obra-prima. É um ótimo longa e que mostra, de modo mais fantasioso, as loucuras dos bastidores de um filme.
A Noite Americana (La nuit américaine, 1973)
Um dos pioneiros da Nouvelle Vague (o movimento da "nova onda" de filmes franceses), François Truffaut impressionou o mundo em 1973 com seu A Noite Americana. Assim como 8½ de Fellini, é um filme que discute a rotina no set de filmagens. Contudo, é um filme mais "pé no chão".
Por outro lado, o longa realmente aborda de uma forma muito realista e cômica como é a produção de um filme - desde técnicas de filmagem, conversas com estúdios, problemas técnicos e até mesmo o comportamento de "estrelinha" de alguns atores e atrizes, tudo durante a produção de um longa-metragem.
Era Uma Vez em... Hollywood (Once Upon a Time... in Hollywood, 2019)
Porém, o filme que mais se aproxima da vibe de Hollywood é Era Uma Vez em... Hollywood, o mais recente longa dirigido por Quentin Tarantino, que de muitas formas também funciona como uma "homenagem" ao cinema, ao mesmo tempo em que altera fatos históricos significativos.
O longa se passa no fim da década de 60 e acompanha a vida de um ator que está entrando no declínio de sua carreira. Além disso, o filme também mostra a ascensão do culto de Charles Manson, que se tornou muito popular em Los Angeles por volta desse período - embora a história siga um curso bem diferente da vida real.