Halo: Todos os jogos de tiro da franquia, do pior ao melhor
Halo: Todos os jogos de tiro da franquia, do pior ao melhor
Confira nosso ranking da maior franquia de FPS do Xbox!
Quando se trata dos jogos de Xbox, não há franquia maior que Halo. Desenvolvida ao longo de mais de duas décadas, a saga de shooters consolidou o console da Microsoft, se tornou fenômeno mundial e ainda lançou toda a indústria na tendência dos jogos de tiro e das partidas online em consoles.
Há um enorme universo expandido, com livros, HQs, animações e até séries de TV, mas a franquia principal existe em oito jogos, sendo seis principais e dois derivados – sem contar os remakes da Master Chief Collection, os dois RTs Halo Wars e nem a dupla Spartan Assault/Spartan Strike. Qual deles é o melhor? Confira nosso ranking da saga Halo abaixo, do pior ao melhor!
Ficou curioso para jogar? Vale lembrar que todos os títulos estão disponíveis no catálogo do Xbox Game Pass!
Halo 5: Guardians
Na metade da década de 2010, anos após a Bungie deixar a franquia nas mãos da 343 Industries, Halo passou por um período muito um pouco complicado. Halo 4, ainda que bem recebido, dividiu os fãs. A coletânea Halo: The Master Chief Collection (2014), ainda que muito ambiciosa, foi marcada por inúmeros problemas técnicos em seu lançamento. Havia grandes expectativas para o primeiro game da saga feito inteiramente para o Xbox One, console que passava por seu pior momento após um lançamento turbulento.
Halo 5: Guardians teve uma excelente campanha de divulgação que prometia uma trama ousada, em que Master Chief se voltaria contra seus superiores e seria publicamente tratado como um traidor, tendo que ser caçado pelo Spartan Jameson Locke. O jogo, porém, ficou muito abaixo das expectativas ao entregar uma campanha desnecessariamente linear, repetitiva e com uma trama bastante bagunçada.
Não que o game não tenha acertos. Por mais que a estrutura da campanha seja precária, é bastante divertido aproveitá-la no cooperativo de até 4 jogadores, e tanto o visual quanto as mecânicas são alguns dos melhores, mais satisfatórios e afinados de toda a franquia. A 343 também conseguiu dar a volta por cima com o modo multiplayer, que foi se tornando cada vez maior e competitivo, combinando a jogabilidade clássica com opções modernas para criar batalhas mais intensas.
Halo 4
Halo foi criado e desenvolvido pela Bungie por quase uma década, entre 2001 e 2010, antes do estúdio se aventurar por Destiny. Já a 343 Industries foi criada inicialmente para expandir o universo da franquia nas HQs, livros e animações, até eventualmente se tornar o estúdio que desenvolve os games. Seu primeiro trabalho no comando, Halo 4, é um bom jogo, mas que se tornou divisivo entre os fãs.
Retomando a jornada de Master Chief após a excelente conclusão da trilogia original, Halo 4 é uma virada mais sombria para a saga, que até então era marcada por um tom otimista de heroísmo. A mudança dá um ar maior de maturidade para a trama, com Chief tentando salvar a colega virtual Cortana, e o game impressiona com um dos melhores visuais da era do Xbox 360.
Na contramão, a decisão de tornar as fases mais lineares e de incorporar muita coisa do universo expandido sem contextualizar para os jogadores, como o vilão Didact, deu uma reputação polêmica ao jogo. Outra reclamação dos fãs é o fato de que o multiplayer começou a se tornar muito dependente de classes de armas e habilidades, se inspirando em shooters concorrentes da época, como Call of Duty. Assim, Halo 4 é um bom jogo, mas um que começa a se afastar da identidade de Halo.
Halo 3: ODST
Depois de finalizar a luta de Master Chief na trilogia original, a Bungie decidiu continuar explorando a saga com games derivados. O primeiro deles, de 2009, é Halo 3: ODST, que até hoje é o único dos jogos a não ser protagonizado por um Spartan. Ambientado durante o ataque Covenant em Nova Mombasa, o jogo segue um pelotão dos ODST - a Tropa de Choque de Desembarque Orbital - que se vê presa nas ruínas da cidade africana após a debandada dos alienígenas.
Com pegada mais noir, a trama é contada de forma não-linear, com o protagonista (um soldado conhecido apenas como Recruta) vagando pela metrópole durante a noite, em busca de pistas sobre o que aconteceu com o restante de sua equipe. Cada pista encontrada libera um trecho com os perrengues enfrentados por cada um dos soldados. É uma experiência que mostra que o universo de Halo pode funcionar além da figura do Master Chief, e que serviu ainda para nos apresentar personagens carismáticos como Bucky, o ODST interpretado pelo excelente Nathan Fillion (Firefly).
Por ser só uma expansão narrativa, o game não teve modo multiplayer próprio - o lançamento em mídia física vinha acompanhado com uma versão completa do modo online de Halo 3, com todas as DLCs de mapas. Ao invés disso, há o viciante modo cooperativo Firefight (ou Tiroteio), lançado no auge dos modos de horda, em que é preciso sobreviver ondas de inimigos cada vez mais impiedosos.
Halo 2
O primeiro Halo foi um enorme sucesso, que ajudou a moldar os jogos de tiro e estabelecer o Xbox como uma concorrência digna à Nintendo, Sony e SEGA. Halo 2 tinha expectativas gigantescas, e conseguiu superá-las com facilidade. O game é maior, mais ambicioso, com uma trama madura e um dos modos online mais revolucionários da indústria dos games.
Após o Master Chief derrotar os alienígenas no Halo, a Covenant descobre a localização da Terra, e parte em uma enorme ofensiva contra a raça humana. A campanha tem um tom de urgência, com Chief se desdobrando para lutar no espaço e na Terra. Sem sobrecarregar o jogador, o game ainda expande seu universo ao mergulhar na perspectiva dos alienígenas através do Árbitro, o Elite que comandou a exploração fracassada no primeiro jogo (e que tem a voz do excelente Keith David), e também com a introdução do Gravemind, o líder do parasita Flood.
Mas o verdadeiro triunfo de Halo 2 é o seu multiplayer. O modo já havia conquistado fãs no primeiro game, quando era só em tela dividida ou em LAN. Aqui, as disputas se tornaram online pela primeira vez, e o resultado é sentido até hoje. Foi o game que mostrou a força dos modos online nos consoles e que consolidou a Xbox Live. Toda vez que você for escolher uma playlist como Mata-Mata em Equipe ou Capture a Bandeira, saiba que isso só é graças à Halo 2.
Halo Infinite
A melhor prova de que Halo 4 e Halo 5: Guardians dividiram a base de fãs da franquia é Halo Infinite. Percebendo que o rumo tomado já não agradava os veteranos e nem conquistava novatos, a 343 Industries deu um passo para trás e buscou criar uma espécie de reboot, um jogo que unisse esses dois públicos novamente. Assim, o estúdio mirou em recriar o que consagrou a saga em seu início, há 20 anos, em um literal retorno às raízes.
Halo Infinite traz de volta uma pitada de otimismo, com Master Chief desvendando uma nova instalação cheia de paisagens exóticas. Aqui, é possível observar o melhor e o pior da 343 Industries: os visuais são de cair o queixo, e a jogabilidade nunca foi tão satisfatória assim. Ao mesmo tempo, a trama é confusa e sem sal, e a ideia de ter um mundo aberto logo se torna cansativa, já que as missões secundárias são pouco inspiradas, e as missões principais são tão lineares quanto nos títulos anteriores.
Mesmo assim, o saldo é positivo! O multiplayer parece uma evolução direta do excelente modo de Halo 3 e, ainda que tenha poucas opções de estilos de jogo e customização, é ainda mais interessante por ser completamente gratuito. Halo Infinite pode não ser o melhor da franquia, mas é o melhor da 343i.
Halo: Combat Evolved
Em 2001, a Microsoft era uma das empresas mais fortes do PC, mas sua entrada na acirrada disputa de consoles era vista como uma piada. Para o Xbox triunfar, seria preciso um jogo que mostrasse sua força de primeira. Halo: Combat Evolved era esse jogo.
Na época em que games de tiro em primeira pessoa só eram experiências sérias nos computadores, Halo entregou uma obra que nada devia, com visuais impressionantes, uma trilha sonora de arrepiar, mapas vastos e uma das melhores jogabilidades já feitas até então. Diferente de Turok ou GoldenEye, experimentos de FPS no console, Halo era rápido, grandioso e satisfatório. Além disso, tinha uma mitologia bastante interessante sobre uma guerra entre humanos e alienígenas no futuro, com direito à tecnologia de raças anciãs e um parasita capaz de devorar toda a vida inteligente da galáxia.
Sozinho, foi Halo: Combat Evolved que colocou o Xbox no mercado, e o console - assim como a franquia - se mantém firme e forte até hoje graças à primeira jornada de Master Chief lá em 2001. Mesmo hoje, mais de 20 anos depois, todas as qualidades da aventura original se mantêm igualmente impressionantes!
Halo 3
Ao longo de toda a trilogia da Bungie, a ameaça Covenant se intensifica, e cada campanha se torna uma corrida contra o tempo e contra forças muito maiores e impiedosas. Halo 3 é o ápice de toda essa tensão, em um jogo que sabe como ser grandioso e pessoal ao mesmo tempo.
Aqui, a Terra continua sua guerra contra os alienígenas, que encontraram uma forma de ativar todos os Halos de uma vez só, o que traria a aniquilação de toda a vida inteligente na galáxia. Master Chief precisa combater o Covenant e o Flood simultaneamente, tudo enquanto busca como recuperar Cortana das mãos do inimigo. O game é marcado pela sensação de despedida, presente na trilha sonora emocionante e no desfecho de todos os núcleos iniciados nos últimos anos.
Dentre todos os três jogos, Halo 3 também tem o melhor multiplayer! Seja pelos mapas icônicos, pelos modos de jogo, pela customização (que hoje parece bastante básica) ou pela satisfatória jogabilidade, o game dominou a Xbox Live de 2007, rivalizando - e frequentemente superando - até Call of Duty 4/; Modern Warfare, outro dos responsáveis pela evolução dos shooters online.
Halo: Reach
Os jogos de Halo são, essencialmente, sobre heroísmo frente a um inimigo implacável. De toda a franquia, não há quem tenha transmita melhor isso do que Halo: Reach, que é basicamente o Star Wars: Rogue One da franquia. Ao longo de toda a saga - seja nos jogos ou nos livros -, um evento é sempre citado: a Queda de Reach. O jogo não só explora esse ocorrido traumático, como coloca o jogador para sofrer junto com os personagens.
A trama acompanha um grupo de Spartans que se vê preso no ataque da Covenant à Reach, uma das mais promissoras colônias humanas fora da Terra, que serve como base militar e de pesquisa. Desde o início o jogo te garante que nenhum deles vai sobreviver, e a jornada ganha ares melancólicos ao ver cada um dos soldados se tornando vítima do massacre.
Halo: Reach não só é o ápice da franquia em narrativa, como também em estética, com um visual que pode muito bem ser entendido como a Bungie testando suas habilidades para Destiny; na trilha sonora de Martin O’Donnel e Michael Salvatori, que combina os cantos gregorianos que definem a saga com viradas mais tribalistas e rústicas; e também na jogabilidade, que é um pouco mais cadenciada mas tão satisfatória quanto sempre.
O multiplayer de Reach foi o primeiro que começou a introduzir elementos de outros shooters, como as habilidades de armadura, mas que ainda sim atinge um ótimo equilíbrio entre tradição e novidade. Esse foi o último game da Bungie antes de passar as chaves para a 343i e, por mais que já tenha se passado mais de uma década, uma despedida tão marcante assim só serviu para nos deixar morrendo de saudades desde então.