H.P. Lovecraft: Os monstros cósmicos mais aterrorizantes já criados pelo autor
H.P. Lovecraft: Os monstros cósmicos mais aterrorizantes já criados pelo autor
Os monstros mais insanos de H.P. Lovecraft!
Howard Phillips Lovecraft, popularmente conhecido apenas como H.P. Lovecraft, não foi considerado um grande autor ao longo de sua vida, e nunca foi capaz de se sustentar através de suas obras. Apenas anos após sua morte o autor veio a ser considerado um nome muito importante quando se trata de ficção sobrenatural e terror.
Ainda assim, a obra de Lovecraft influencia diversas outras mídias atualmente, e os monstros criados pelo autor já inspiraram criaturas de séries, filmes, jogos e muito mais. O trabalho do autor chegou até a originar um subgênero da ficção de terror conhecido como terror lovecraftiano, também chamado de terror cósmico, que apresenta a ideia de que a realidade por trás da aparente normalidade do universo é tão estranha aos humanos que somos incapazes de compreendê-la, e apenas vê-la teria consequências catastróficas.
Nessa lista, vamos apresentar algumas das criaturas mais aterrorizantes que compõem os chamados Mitos de Cthulhu. Prontos para começar?
Cthulhu
O mais popularmente conhecido entre as criações de Lovecraft, Cthulhu é um dos Grandes Antigos dos Mitos do autor, e sua primeira aparição acontece no conto O Chamado de Cthulhu, embora esse não seja o único conto no qual a criatura aparece.
De acordo com a descrição apresentada no conto, Cthulhu tem uma cabeça que lembra um polvo, cheia de tentáculos, enquanto seu corpo de estrutura vagamente antropomórfica é coberto por escamas, tendo também garras e asas.
Além de sua forma gigantesca e monstruosa, Cthulhu é assustador por outros motivos: ele é capaz de se comunicar com mortais através dos sonhos, podendo assim influenciá-los. Ainda pior é o terror abjeto que a criatura provoca, capaz de levar humanos à loucura apenas por vê-lo.
Dagon
Aparecendo pela primeira vez em um conto de Lovecraft que leva seu nome, Dagon é um dos Profundos, criaturas inteligentes que habitam o oceano. Esses seres teriam formas aproximadamente humanas, mas com uma aparência semelhante à dos peixes.
Apesar de ser considerado uma divindade, Dagon não é um dos Grandes Antigos como Cthulhu, ainda que seja um ser muito antigo e assustadoramente grande.
Nos contos, Dagon é a criatura mais física e menos abstrata entre as criadas por Lovecraft. Sua descrição enfatiza sua cabeça horrenda e corpo coberto de escamas.
Supõe-se que a inspiração do autor para a criatura venha do deus mesopotâmico de mesmo nome, divindade dos peixes, da pesca e da fertilidade.
Yog-Sothoth
Yog-Sothoth é uma das muitas criaturas de Lovecraft cuja aparência varia entre as histórias. É constante, porém, a manifestação do monstro como orbes que brilham, às vezes acompanhados de muitos olhos e tentáculos.
Ele é um dos Deuses Exteriores, apresentado no livro O Caso de Charles Dexter Ward. É sugerido nos contos que ele está preso fora do universo, sendo uma criatura onisciente que vê e sabe de tudo, existindo ao mesmo tempo no passado, presente e futuro.
Muitas vezes Yog-Sothoth é procurado pelos humanos, que buscam sua ajuda para realizar rituais de formas diversas: desde ressuscitar os mortos até para que ele gere crianças meio-humanas.
Yog-Sothoth é o progenitor de Cthulhu e Hastur, e ambos são considerados alguns dos Grandes Antigos mais poderosos.
Hastur
Como dito anteriormente, Hastur foi gerado por Yog-Sothoth e é meio-irmão de Cthulhu. A criatura se manifesta através de avatares: um deles é descrito como uma figura monstruosa e murcha, capaz de voar e cheia de tentáculos que acabam em garras, feitos para perfurar crânios; outro dos avatares de Hastur é o chamado Rei de Amarelo, figura associada à decadência e a doença.
Ao contrário de Cthulhu, Hastur não era originalmente uma criação de Lovecraft, e sim de Ambrose Bierce, depois muito explorado por Robert W. Chambers. Era comum no círculo de Lovecraft que histórias fossem criadas no mesmo universo, sendo os próprios Mitos de Cthulhu estabelecidos dessa forma.
Nos contos de Lovecraft, Hastur é mencionado em Sussurros na Escuridão.
Shub-Niggurath
Chamada pelo autor de uma deusa da fertilidade perversa, Shub-Niggurath é parte dos chamados Deuses Exteriores, e é apresentada em O Último Teste.
Sua aparência, embora indefinida, é descrita como semelhante à uma nuvem, sendo uma enorme massa cheia de tentáculos, bocas pingando lodo, e que tem pequenas pernas contorcidas de bode.
De acordo com o autor, ela é uma entidade maligna que constantemente cospe outras criaturas, que ou são consumidas por sua forma miasmática, ou que conseguem fugir, se tornando novas formas de vida monstruosa em outros locais.
Tsathoggua
Outra criatura inicialmente imaginada por um autor diferente, Tsathoggua foi criado por Clark Ashton Smith, mas apareceu pela primeira vez em uma publicação oficial nos contos de Lovecraft, mais especificamente em Sussurros na Escuridão.
A versão dos dois da criatura conta com algumas diferenças em termos de aparência. Na versão de Lovecraft, ele é uma criatura escura e amorfa, comparada a sapos e gárgulas.
Uma entidade dada à preguiça extrema, Tsathoggua não se levanta sequer para comer, se erguendo apenas quando é ameaçado. Na maior parte do tempo, ele apenas aguarda os sacrifícios que são oferecidos a ele.
Azathoth
A misteriosa entidade amorfa chamada Azathoth reina sobre o tempo e o espaço, de acordo com o que Lovecraft escreveu sobre as descrições contidas no Necronomicon.
Composta de trevas e confusão em efervescência, Azathoth é uma entidade que reside no centro do caos do universo, consumindo a criação incessantemente. A entidade também é composta por sons, descritos como a batida vil de tambores e o fino som choroso de flautas amaldiçoadas.
A falta de definição decorre do fato de que cada um vê Azathoth de maneira diferente, além de a entidade estar em constante mutação. As evidências de sua existência, de acordo com a obra de Lovecraft, estariam ao redor de um buraco negro no centro da Via Láctea.
Azathoth foi introduzido no conto À Procura de Kadath. Ele seria um ser tão poderoso e de presença tão maligna que ninguém ousa sequer dizer seu nome, que por si só causa repulsa, pois Azathoth é o próprio terror primitivo, horrível demais para sequer ser descrito.
Nyarlathotep
Enquanto a maior parte dos Deuses Exteriores está exilada entre as estrelas, e os Grandes Antigos dormem, Nyarlathotep é diferente, sendo muito ativo e por vezes vagando sobre a Terra disfarçado como um humano.
Além disso, ele tem propósitos mais claros e serve aos outros Deuses Exteriores, agindo nos cultos dedicados a eles ao invés de ser servido por um culto próprio. Ao contrário daqueles que semeiam morte e destruição, Nyarlathotep dá maior importância a espalhar a loucura, algo que faz com prazer.
Apresentado por Lovecraft na obra que leva seu nome, a criatura possui diversos nomes e avatares, e é capaz de mudar de forma e de manipular mentes, poderes que utiliza para atrair pessoas aos seus horrores, influenciando-as até a insanidade.
Ghatanothoa
Outro a fazer parte do grupo dos Grandes Antigos, Ghatanothoa foi a primeira criatura gerada por Cthulhu. Nos contos de Lovecraft, sua primeira aparição se deu em Out of the Aeons.
Sua aparência é tão horrenda que qualquer um que olhe para ele é petrificado e levado à loucura, e o simples ato de descrever uma cópia imperfeita da criatura causa náusea e desconforto extremo naqueles que o fazem, de acordo com os contos.
Uma monstruosidade enorme e disforme, Ghatanothoa é cheio de tentáculos e bocas, com olhos de polvo, e corpo parte escamoso e parte rugoso. A entidade gera tanta repulsa que é descrita como sendo o próprio horror, completamente profano e não-humano.
Rhan-Tegoth
Rhan-Tegoth é uma enorme criatura que parece misturar elementos de águas-vivas, insetos e anfíbios em sua aparência. Ele possui três pequenos olhos em sua cabeça redonda, tendo seis membros semelhantes a pinças saindo de seu corpo.
A criatura foi a última dos Grandes Antigos a hibernar, e possivelmente deveria ser o primeiro a acordar. Embora não esteja entre os mais poderosos, ele tem grande importância para o retorno dos outros de seu grupo ao universo.
Criado pelo próprio Lovecraft, a entidade apareceu primeiramente no conto O Horror no Museu.