Após uma brevíssima aparição no episódio anterior, através de filmagens, nós finalmente temos o retorno do Rei do Crime interpretado por Vincent D'Onofrio, reprisando o papel que fez em Demolidor. Ainda não sabemos, no entanto, se essa versão do personagem é a mesma da série da Netflix ou se é a "Variante" que existe no Universo Cinematográfico da Marvel.

Contudo, o personagem passou por uma leve reformulação, como podemos ver aqui. Ele tem sua superforça e resistência dos quadrinhos, sendo capaz de sobreviver a uma flechada no peito e uma explosão sem grandes danos. E um detalhe interessante: sua bengala possui um diamante bem grande na ponta, como nos quadrinhos!

Enquanto Kate Bishop e Clint Barton conversam no episódio, na casa da tia de Kate - já falamos sobre isso em uma das listas anteriores -, aparece um pôster com os dizeres "Dragons of Despair". Levando em conta que a tia de Kate é uma atriz, faz sentido pensar que se trata de algum filme que ela já estrelou.

Curiosamente, Dragons of Despair - que pode ser traduzido como Dragões do Desespero - é um módulo de uma das aventuras de Dungeons & Dragons, chamado Dragonlance Adventures. A série já possui um grupo de personagens que joga RPG em live-action, então não seria difícil supor que isso é uma referência ao popular jogo de tabuleiro.

Já no começo do episódio, temos uma troca muito genuína entre o Rei do Crime e Maya Lopez, e os dois inclusive dizem que se amam um para o outro - isto é, claro, antes de Maya se voltar contra Fisk. Mas essa conexão não é inesperada para quem é fã dos quadrinhos e conhece as origens de Eco...

Por lá, Wilson Fisk se tornou o pai adotivo de Maya e chegou a incriminar o Demolidor pela morte do pai biológico da heroína, o que fez com que Eco surgisse como uma antagonista nas histórias do Homem Sem Medo - e depois que ela descobre que o próprio Rei do Crime havia matado seu pai, Eco parte para cima dele em busca de vingança.

Aqui, podemos ver também Kate Bishop e Clint Barton montando as novas flechas especiais, usando várias tecnologias e apetrechos diferentes. Na cena, podemos ver eles montando novas flechas com Partículas Pym - e elas são bem importantes para o episódio, mas também há flechas criadas com a Tecnologia Stark.

Essa cena é breve e não traz muitos easter-eggs diferenciados, mas ao menos serve para mostrar o processo de Clint ao montar suas flechas especiais. É uma pena apenas que não tenhamos visto nenhuma flecha-bumerangue, o que seria um ótimo complemento para uma das falas de Kate em um episódio anterior.

Como já está ficando de praxe nas séries do Universo Cinematográfico da Marvel pelo Disney+, nós finalmente temos a revelação do novo traje do Gavião Arqueiro... no último episódio da série. A mesma coisa já havia acontecido anteriormente com a Feiticeira Escarlate em WandaVision e com o novo Capitão América em Falcão e o Soldado Invernal.

Aqui, temos um novo visual atualizado para Kate Bishop e um traje muito fiel aos quadrinhos para Clint Barton. O visual do herói é bem inspirado pelo design criado por David Aja no arco de histórias escrito por Matt Fraction, com direito a uma roupa preta e uma seta roxa apontando para baixo. Resta saber se ele aparecerá novamente com esse uniforme no futuro...

Lembra da Flecha Pym? Ela é utilizada assim que Kate e Clint começam a lutar contra os membros da Máfia dos Agasalhos - e sua utilidade é um pouco diferente da flecha que vimos no terceiro episódio, que é capaz de deixar as coisas maiores. Aqui, a flecha encolhe um caminhão até ter o tamanho de um carrinho de brinquedo.

Quando vê o que acontece, Clint Barton diz "Eu preciso falar com Scott", em uma clara referência a Scott Lang, o Homem-Formiga do MCU. Isso mostra que ele conseguiu parte da tecnologia direto com o herói - o que faz todo sentido, já que Hank Pym jamais distribuiria suas Partículas Pym para qualquer um.

Aqui, finalmente temos o embate entre Clint Barton e Yelena Belova, o que rende um momento bem brutal do episódio conforme Clint se recusa a enfrentar a irmã de sua falecida amiga. Aqui, temos várias referências a outros filmes do MCU - como Vingadores: Ultimato, já que Clint explica como Natasha Romanoff se sacrificou pelo bem do universo.

Porém, existem referências ainda maiores ao próprio filme solo da Viúva Negra. Clint menciona como Natasha e Yelena se separaram, o que é uma referência à sequência de abertura do filme. E depois, para impedir Yelena de matá-lo, ele usa o assobio especial que as duas usavam para se comunicar, o que faz com que Yelena desista de atacá-lo.

Ao final do episódio, Maya Lopez confronta Wilson Fisk uma última vez, depois que o vilão é atingido em cheio por uma flecha explosiva acionada por Kate Bishop. Ao rever sua filha adotiva, ele chora e se alegra, mas a cena termina quando ela aparentemente dá um tiro na cabeça do personagem.

A sequência parece ter sido tirada diretamente dos quadrinhos do Demolidor, onde Eco também confronta Fisk após descobrir que ele havia matado o seu pai. E se a história seguir essa HQ, sabemos que o Rei do Crime não está morto, já que Maya apenas o deixa cego dos dois olhos. Assim, fica o mistério para o que vai acontecer na série solo de Eco.

Ao fim do episódio, temos uma confirmação que pode passar batida para os fãs menos atentos. Clint Barton volta para casa e entrega o relógio para sua esposa, Laura. Quando ela pega o artefato, podemos ver um emblema da S.H.I.E.L.D. com o número 19 - e é aqui que uma teoria dos fãs parece ter se concretizado: Laura Barton pode ser a Harpia.

Nos quadrinhos, Bobbi Morse era uma agente especial que chegou a se casar com Clint. Quando trabalhava para a S.H.I.E.L.D., seu codinome era Agente 19. Vale lembrar que Bobbi já apareceu em Agentes da S.H.I.E.L.D., onde foi interpretada por Adrianne Palicki - contudo, se levarmos em conta que a série não faz parte do cânone do MCU, não há conflito de adaptações na franquia.

Ao final do episódio, Kate Bishop começa a questionar Clint Barton sobre qual poderia ser seu apelido heroico. Ela dá várias sugestões, incluindo Ladyhawk (que na legenda oficial, é traduzido como Lady Gavião). Isso parece ser uma referência ao arco original da personagem na HQ dos Jovens Vingadores, onde ela passa um bom tempo procurando um nome heroico.

Porém, existem duas Ladyhawks nos quadrinhos da Marvel - cujos nomes foram traduzido no Brasil como Lady Áquila. As duas são Rosetta e Regina Morgan, duas irmãs gêmeas que eram filhas de um mafioso e decidiram usar seus conhecimentos para lutar contra o crime. As duas assumiram o manto de Ladyhawk ao mesmo tempo e lutavam juntas.

Depois de cinco episódios sem cenas adicionais após os créditos, o último episódio de Gavião Arqueiro possui uma das famosas cenas pós-créditos, como já é popular no Universo Cinematográfico da Marvel. No entanto, os fãs podem se decepcionar um pouco com a sequência, já que ela não dá pistas de nenhum lançamento futuro do estúdio...

Aqui, temos só a versão excruciantemente estendida da canção "I Can do This All Day", de Rogers: The Musical, a peça da Broadway inspirada na vida de Steve Rogers e na formação dos Vingadores. Trata-se de uma das cenas pós-créditos mais longas já produzidas pela Marvel, já que mostra a música completa e a apresentação dos atores no palco.