Os 10 últimos ganhadores do Oscar de Melhor Animação, do pior para o melhor
Os 10 últimos ganhadores do Oscar de Melhor Animação, do pior para o melhor
Ranqueamos as últimas dez animações prestigiadas pelo Oscar!
A 94ª edição do Academy Awards – ou Oscar, para os íntimos – está chegando neste final de semana, trazendo consigo mais uma leva de filmes que serão eternizados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Uma categoria que sempre se destaca é a de Melhor Animação, ou Melhor Filme Animado, que sempre traz algumas obras bem interessantes e imaginativas.
Só esse ano, temos entre os indicados: Luca, Raya e o Último Dragão, Ecanto, Flee e A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, todas obras muito interessantes e que têm grandes chances de sair com a estatueta dourada. Mas enquanto esse prêmio não chega, resolvemos separar e listar os últimos 10 ganhadores de Melhor Animação e ranqueá-los do pior ao melhor!
Valente (2012)
O começo dos anos 2010 foi um tanto quanto estranho para a Pixar, e por mais que Valente nem esteja na cota de "filmes ruins" do estúdio, ainda é muito aquém do potencial de obras anteriores, como Toy Story, UP: Altas Aventuras e Wall-E. Por isso, o conto de fadas celta merece o final da nossa lista, em décimo lugar.
Somos apresentados à Mérida, princesa de um clã na Escócia, que acaba tendo alguns problemas por não atender às expectativas impostas por sua família. Devido a uma maldição, ela é forçada a embarcar em uma jornada com sua própria mãe. Há quem diga que outros filmes indicados mereciam mais, como ParaNorman ou até Detona Ralph, da Disney.
Operação Big Hero (2014)
Enquanto a Pixar mergulhava em uma onda de sequências pouco inventivas e desnecessárias, a Disney aproveitava de melhor sucesso nos anos 2010, o que fez com que muitas produções "fora da caixinha" encontrassem um lugar no estúdio. Operação Big Hero, no entanto, apesar de fofa e emocional, não deixa de surfar na onda dos super-heróis que povoavam os cinemas.
Adaptando quadrinhos de um grupo bem obscuro da Marvel Comics, essa aventura já nos apresenta no rico universo de San Fransokyo, enquanto o jovem Hiro precisa superar o luto pela morte de seu irmão em companhia de Baymax, um adorável robô socorrista. Ainda que seja divertido e cheio de momentos tocantes, o filme não continua muito memorável hoje em dia.
Toy Story 4 (2019)
Depois de uma conclusão tão emocionante quanto Toy Story 3, toda e qualquer continuação da franquia seria vista com desconfiança pelo público. Dito isso, Toy Story 4 tá bem longe de ser um filme ruim, apesar de não trabalhar muito bem alguns de seus personagens principais em prol da trama do Xerife Woody, fornecendo um arco definitivo para o brinquedo.
No longa de Josh Cooley, que possui visuais magnânimos e várias cenas de tirar o fôlego, vemos o Xerife mais introspectivo, avaliando seu lugar como um brinquedo no mundo. Divertido e interessante, o filme ainda conta com um final que arranca lágrimas, mas ainda não está no mesmo patamar que qualquer filme da trilogia original.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho (2016)
Animais falantes e antropomorfizados sempre fizeram parte das mitologias criadas pela Disney, mas Zootopia leva isso a outro nível ao tratar de um verdadeiro universo povoado por bichos que se comportam como seres humanos. O filme de Byron Howard e Rich Moore se aproveita desse cenário para falar de um tema sério: preconceito.
Na trama, uma policial chamada Judy Hopps sofre por ser a única coelha em uma força dominada pelos "predadores". Ela, então, precisa unir forças com uma raposa trambiqueira, Nick Wilde, enquanto investigam uma teia de conspirações. Divertido e reflexivo, o filme venceu o Oscar em uma disputa acirrada com os adorados Kubo e as Cordas Mágicas e Moana.
Frozen: Uma Aventura Congelante (2013)
Seria um total e completo absurdo ignorar todo o impacto que Frozen: Uma Aventura Congelante teve no mundo. Dirigido por Jennifer Lee em parceria com Chris Buck, a animação traz uma versão modernizada da fábula da Rainha do Gelo, escrita por Hans Christian Anderson. Diferente dos filmes de princesa da Disney, esse é focado na relação de duas irmãs.
De um lado, temos Elsa, uma mulher com poderes congelantes que deve, a todo custo, manter essa habilidade em segredo para proteger seu reino. Do outro, Anna é uma jovem com muito amor à vida e que está desesperada para encontrar seu príncipe. O longa deu início a uma nova era na Disney, além de ter cravado a música Let it Go na cabeça de milhões de pessoas.
Rango (2011)
O vencedor da 84ª edição do Oscar foi Rango, e fez história em um ano em que nenhum filme da Disney ou Pixar foi indicado - inclusive, ele é um dos dois únicos vencedores da lista que não foi lançado pelo estúdio. A produção conta com direção de Gore Verbinski e mostra as desventuras de Rango, um camaleão de estimação perdido no Deserto de Mojave.
Misturando elementos de western, o filme tenta criar uma grande jornada para o pequeno camaleão, enquanto desbrava a crueza da vida selvagem e enfrenta grandes inimigos, como um gavião faminto e uma serpente cruel. É uma baita aventura que mereceu a vitória, mesmo concorrendo com pesos pesados como Kung Fu Panda 2 e Gato de Botas.
Soul (2020)
Bem no auge da pandemia do COVID-19, a Pixar veio para nos dar um soco no estômago com Soul, filme animado que nos lembra de nossa própria mortalidade e como somos condicionados a encontrar nosso "propósito na vida" antes que seja tarde demais. Tudo isso do ponto de vista de Joe, um professor e músico que bate as botas "antes do tempo".
Em uma grande jornada pelo pós e pelo pré-vida, Joe precisa entender toda a complexidade das almas humanas, enquanto auxilia a rebelde 22 a achar seu próprio propósito. De muitas formas, ele parece com dois filmes que nós ainda iremos comentar na lista, também da Pixar, e é muito bonito ver um filme tão dedicado a explorar toda essa complexidade com leveza e muita emoção.
Viva: A Vida é uma Festa (2017)
Em 2015, a Pixar voltou a dar sinais de vida com animações genuinamente excelentes, e 2017 tivemos o lançamento de Viva: A Vida é uma Festa, o filme que derrubou lágrimas de muitos marmanjos crescidos. Aqui, seguimos Miguel, um menino que sonha em se tornar músico, mesmo sabendo que todos de sua família abominam essa ideia e a música como um todo.
Um dia, ao encontrar um violão no Dia de los Muertos, ele acaba sendo transportado para o pós-vida, e começa uma corrida contra o tempo para voltar para o mundo dos vivos, enquanto descobre segredos do passado de sua família. Vitória certeira no Oscar, o filme de Lee Unkrich merece abrir o pódio da nossa lista.
Homem-Aranha no Aranhaverso (2018)
Em segundo lugar, no entanto, vem outro filme que não foi produzido nem pela Disney e nem pela Pixar, mas que chegou arrancando suspiros dos críticos e dos fãs de super-heróis. Homem-Aranha no Aranhaverso deixa de lado a estética realista das adaptações live-action de HQs e aproveita a linguagem dos quadrinhos para fazer uma obra única e autêntica.
Aqui, somos apresentados a um multiverso de possibilidades através de Miles Morales, um garoto que precisa aprender a conviver com suas recém-descobertas habilidades. Para isso, ele conta com a ajuda de outros Aranhas do Multiverso. Bater de frente com WiFi Ralph, Ilha dos Cães, Mirai e Incríveis 2 é para poucos, e esse aqui não só conseguiu como se consagrou como um dos melhores filmes de heróis de todos os tempos.
Divertida Mente (2015)
O campeão absoluto não seria outro se não Divertida Mente, um dos melhores e mais criativos filmes que a Pixar já produziu em toda a história do estúdio. O longa segue Riley, uma menina que se mudou de cidade com seus pais... a diferença é que vemos isso de dentro da cabeça da garota, através de seus sentimentos primordiais.
Aqui, Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva se juntam em uma baita aventura, enquanto tentam impedir que Riley reprima seus sentimentos ou sofra por todas as mudanças que tem passado em sua vida. Com passe livre para surtar, o diretor Pete Docter consegue apresentar conceitos muito complexos do cérebro humano, de uma forma lúdica e descontraída.