Os 10 melhores games com parkour

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Os 10 melhores games com parkour

Por Gabriel Mattos

Assassin’s Creed (2007) não apenas introduziu o mundo a uma fantasia histórica viciante, como popularizou de vez na cultura pop o parkour — a habilidade de se movimentar livremente através de obstáculos urbanos. No parkour, o mais importante é usar os seus arredores com eficiência para alcançar os seus objetivos da maneira mais prática possível.

Toda essa liberdade e agilidade encantou os jogadores e o parkour se espalhou por diversos jogos através dos tempos. Enquanto alguns souberam incorporar o parkour com naturalidade, outros falharam monstruosamente. Conheça os 10 jogos que melhor souberam utilizar o parkour.

Sleeping Dogs (2012)

Antes do lançamento de Grand Theft Auto V, Sleeping Dogs era o que havia de mais avançado em jogos de mundo aberto. O game te convidava a mergulhar de cabeça no submundo do crime chinês, usando qualquer coisa à sua disposição para acabar com seus oponentes.

Essa liberdade do combate transbordou também para a movimentação. Sleeping Dogs trouxe uma das versões mais realistas de parkour. Todos os movimentos vistos no jogo podem ser reproduzidos com algum treino na vida real. O parkour também ajudou a tornar a cidade de Hong Kong mais viva e mais dinâmica, resultando em um dos melhores jogos de mundo aberto da geração.

Prince of Persia: Forgotten Sands (2010)

Prince of Persia marcou a história dos videogames trazendo a estreia definitiva do parkour, ainda em 1989. O último título lançado na franquia — Forgotten Sands — leva a movimentação em parkour a um novo patamar, mesclando magia elemental para aumentar o desafio.

Nessa continuação do clássico Sands of Time, o Príncipe da Pérsia pode solidificar a água, impulsionar o vento e reconstruir a terra para conseguir novas maneiras de conseguir impulso. O grande foco em movimento permitiu aos desenvolvedores explorar todo potencial do parkour em um cenário mágico.

Sunset Overdrive (2014)

Sunset Overdrive faz de tudo para conquistar os jogadores mais descolados. A história acontece no meio de um apocalipse mutante causado por uma marca de energético bastante suspeita e o protagonista precisa sobreviver, no meio de explosões coloridas, armas absurdas e muito parkour.

O modo mais eficiente de se locomover pela enorme Sunset City evitando hordas de mutantes raivosos é deslizando por corrimãos espalhados por todo canto. Acaba lembrando bastante clássicos como Jet Set Radio, mas o diferencial são as técnicas de parkour que surgem discretamente para conectar os movimentos do jogador e garantir que você nunca precise parar de correr.

Watch Dogs 2 (2016)

Ao longo dos anos, a Ubisoft se tornou uma verdadeira mestra em desenvolver jogos com parkour. Além de Prince of Persia e Assassin’s Creed, a franquia Watch Dogs também se beneficiou da fluidez de movimentos. O primeiro jogo focava muito mais em ser discreto para hackear seus inimigos, mas quando a continuação se mudou para a vibrante São Francisco, a jogabilidade precisou acompanhar.

O segundo jogo era muito mais sobre identidade, comunidade e liberdade — valores que tem tudo a ver com a prática de parkour. Não é à toa que Marcus manda muito bem nas manobras, conseguindo fugir de uma situação que saiu do controle sem muitos problemas. A cidade está cheia de lugares perfeitos para mandar ver no parkour, então fique sempre de olho.

Uncharted 3: Drake's Deception (2011)

A franquia Uncharted é conhecida por seus cenários naturais exóticos, ruínas antigas e loucuras paranormais, mas os desenvolvedores sempre arrumam um jeitinho de incluir cenas onde o parkour corre solto. O momento mais marcante acontece no terceiro jogo da franquia — Uncharted 3: Drake's Deception.

Nele, há um momento em que jogamos como o pequeno Nathan Drake. Sem ter aprendido a atirar ou lutar, quando a situação aperta nossa melhor opção é correr e é nessa fuga em um cenário urbano cheio de obstáculos que temos uma das melhores aplicações de parkour em jogos. O parkour funciona melhor quando correr é a única opção e a Naughty Dog sabe disso como ninguém.

Mirror's Edge: Catalyst (2016)

Já a DICE — estúdio da EA conhecido por Battlefield — não aprendeu muito bem a lição. Eles decidiram fazer um jogo onde o parkour é o elemento principal. A protagonista Faith está sempre fugindo e tudo que ela faz é influenciado por parkour: os saltos, combates, até o jeito que ela abre a porta.

Apesar de o jogo ter feito um relativo sucesso, ele não decolou como poderia. Isso porque não existe um momento onde o jogador pode respirar e deixar a adrenalina baixar. Mirror’s Edge é como uma montanha russa que sempre sobe — depois de um tempo, perde o efeito. Ainda assim, poucos jogos tem uma gama tão diversa de movimentos de parkour.

Marvel's Spider-Man (2018)

Pode parecer estranho ver esse jogo de herói na lista, mas a Insomniac Games teve uma sacada genial na hora de construir Marvel’s Spider-Man. O amigão da vizinhança é um mestre da movimentação livre, lançando teias entre os arranha-céus de Nova York, então faz muito sentido incorporar movimentos do parkour em suas manobras.

O jeito que ele salta, corre nas paredes e está sempre se propulsionando com suas teias é exatamente como seria se você decidisse fazer parkour tendo super poderes. Chega a ser hipnotizante observar o herói se movimentar com tanta graça, trazendo uma verticalidade para o parkour impossível de ser alcançada na vida real.

Dying Light (2015)

O parkour salvou Dying Light de ser mais um jogo genérico de zumbis. Esse jogo te desafia a sobreviver em uma cidade infestada desses monstrengos sem cérebro. De manhã, enfrentá-los é relativamente tranquilo, mas à noite o bicho pega de verdade.

Tem horas que a melhor opção é fugir e é aí que o game verdadeiramente brilha. Ninguém esperava que parkour combinaria tão bem com um jogo de sobrevivência, mas acabou sendo uma fórmula certeira de sucesso. A sequência, Dying Light 2, foi anunciada na E3 2018 e foi adiada inúmeras vezes, mas deve chegar ainda esse ano.

Vector (2012)

Vector — o único jogo 2D que entrou para essa lista — tenta explorar as implicações políticas e filosóficas do parkour. Aqui você está fugindo de um sistema totalitarista onde a liberdade é apenas uma sonho. Mas, por esse sonho, vale a pena correr atrás.

A perspectiva side-scroller permite ao jogador apreciar na sua totalidade as animações dos movimentos do parkour de um modo que jogos 3D não conseguem. Sem precisar se preocupar em pensar para onde ir, você fica livre para seguir focando em cada movimento no seu arsenal. Vector trata o parkour com a importância que ele merece.

Assassin's Creed: Unity (2014)

Assassin’s Creed: Unity pode ter uma péssima fama devido aos seus inúmeros erros gráficos — coisa de início de geração — mas esse foi o ápice da expressão do parkour na franquia. Desde o primeiro jogo da série a Ubisoft foi adicionando novas técnicas e refinando o parkour para funcionar melhor em diferentes tipos de terreno.

Unity permite que você se expresse por meio do seu movimento, praticamente voando pelos céus de Paris durante a Revolução Francesa. O mais legal é que é possível compartilhar essa aventura com mais três amigos, então vocês podem se desafiar a alcançar diversos pontos da cidade com corridas de parkour. Depois de Unity, o parkour foi deixado cada vez mais de lado, dando lugar aos elementos de RPG da franquia.