Em 2017, David Bruckner surpreendeu o mundo com seu primeiro longa-metragem. O Ritual acompanha um grupo de amigos que decidem se aventurar em uma floresta da Suécia, para homenagear um deles que morreu em um evento trágico. No entanto, em sua jornada, eles acabam encontrando um mal absoluto e terrível, escondido em um pequeno vilarejo.

Um baita exemplar do que o folk horror é capaz de fazer, o longa é muito fechadinho em si mesmo e apresenta uma história com começo, meio e fim. No entanto, seria muito interessante ver um prequel que pudesse contar um pouco mais da história da criatura que vemos ao longo do filme, e como essa abominação foi convocada para o nosso mundo.

Nicolas Cage está numa crescente interessante, com vários projetos bem insanos sendo lançados todos os anos. E um dos filmes que ninguém esquece é Mandy: Sede de Vingança, do diretor Panos Cosmatos. Na trama, somos guiados na alucinada jornada de vingança de Red (Cage), que vê a sua própria esposa sendo morta por um grupo de cultistas.

O filme é a combinação perfeita do talento de Cage para criar personagens insanos e delirantes, bem como da percepção estética de Cosmatos, que faz toda a trama ganhar um ar de conto de fadas distorcido. Seria bem intrigante ver o diretor e o ator reunidos para uma sequência, que fosse explorar como o personagem de Cage perdeu totalmente sua sanidade na batalha.

Com direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett - que atualmente são mais conhecidos pelos novos filmes de Pânico - o insano Casamento Sangrento parte de uma premissa bem intrigante: Samara Weaving é uma mulher que, na noite após seu casamento, começa a ser brutalmente caçada e perseguida pela família de seu noivo, como parte de um jogo cruel.

O filme é bem sanguinário, mas também encontra um espaço para o humor de Gillett e Bettinelli-Olpin, algo que a dupla apresentaria com mais destaque em Pânico (2022) e Pânico VI. Embora a história seja bem fechada, seria interessante conhecer um pouco do passado daquela família e como os jogos cruéis foram criados após um pacto com o capeta.

Baseado na série de livros de Alvin Schwartz, que trazem uma miríade de contos de horror baseados em lendas urbanas, Histórias Assustadoras para Contar no Escuro foi um projeto bem interessante, produzido por ninguém menos que Guillermo del Toro e dirigido por André Øvredal, com um baita elenco de estrelas em ascensão.

O filme segue a história de uma menina e seu grupo de amigos, que ao entrar em uma casa mal-assombrada, recuperam um livro que pertencia a uma velha bruxa - e era onde ela escrevia uma série de histórias assustadoras. A trama do primeiro filme termina com um baita cliffhanger, e embora o diretor já tenha mostrado interesse em voltar para uma sequência, nada foi anunciado.

De todos os subgêneros do horror, o slasher é um dos que mais brinca com a possibilidade das sequências - afinal, basta você trazer os mesmos vilões de volta, dar a eles mais momentos grotescos e aumentar a pilha de corpos. Um filme que, sem dúvidas, merecia uma sequência é A Casa do Terror, de 2019.

Na trama, um grupo de amigos acaba parando em uma casa de diversões de terror à beira da estrada. Lá, eles são saudados por vários assassinos cruéis e mascarados, que começam a caçar todos um a um - e no final, quando nós finalmente vemos o rosto dos assassinos, temos uma baita surpresa. É o tipo de filme que com certeza traria uma sequência igualmente divertida e brutal.

Há muito tempo, a Universal Pictures tenta lançar uma reformulação da sua saga clássica de Monstros - e todos os projetos lançados até agora, com exceção de um, foram bombas fumegantes. Porém, O Homem Invisível, de 2020, não só é uma releitura excepcional do filme de 1933, como também é o início perfeito para uma franquia, só esperando por uma continuação.

Escrito e dirigido por Leigh Whannell (um dos criadores da saga Jogos Mortais), o filme estrelado por Elisabeth Moss fez uma bilheteria de US$ 144 milhões, com base em um orçamento de apenas 7 milhões de dólares. Há conversas rolando nos bastidores sobre uma possível sequência, mas nada foi confirmado até agora, infelizmente.

Estrelado por Vince Vaughn e Karthryn Newton - que acabou de fazer sua estreia no MCU -, Freaky: No Corpo de um Assassino é uma deliciosa comédia de horror que parte de uma premissa bem absurda: e se um assassino psicótico trocasse de corpo com uma garota adolescente e, a partir disso, entrasse em um frenesi fazendo várias vítimas pelo caminho?

E é justamente essa mistura de slasher com Se Eu Fosse Você que faz o longa funcionar tão bem, além de todo o talento investido não apenas pelo elenco, mas também pelo diretor Christopher Landon e pelo roteirista Michael Kennedy. Sabemos que Newton deve estar ocupada no futuro com seu papel no MCU, mas seria brilhante vê-la em um segundo filme!

Em 2021, Nia DaCosta dirigiu A Lenda de Candyman, a "sequência de legado" de O Mistério de Candyman, de 1992 - que, por sua vez, é uma adaptação de um conto do mestre do horror Clive Barker. Na trama, nós vemos um novo desenrolar para o mito de Candyman - um assassino fantasmagórico que se manifesta sempre que é convocado por suas vítimas.

Com Yahya Abdul-Mateen II no papel principal, o longa mergulha ainda mais profundamente nas questões raciais levantadas pelo original, além de apresentar a ideia de Candyman como uma "colmeia", representando todos aqueles que foram vítimas de brutalidade e intolerância. Com seu final em aberto, a trama se beneficiaria muito de uma nova continuação.

Outro projeto baseado em uma obra de Clive Barker - e sem sombra de dúvidas, a obra mais famosa do autor -, Hellraiser foi um reboot da clássica franquia lançado no ano passado. Em vez de seguir o passo a passo do filme original de 1987, o longa de David Bruckner expande a mitologia da série e apresenta uma nova leva de Cenobitas.

O filme foi lançado direto para a Hulu nos Estados Unidos, mas conquistou vários fãs da franquia original com sua nova abordagem e com o novo visual dos demônios, além de trazer uma série de novidades para a Configuração do Lamento - a caixa que convoca os Cenobitas. Adoraríamos um segundo filme, até para vermos mais da Pinhead de Jamie Clayton em ação.

Encerrando nossa lista, está o divertidíssimo Sissy, filme lançado no ano passado e dirigido por Hannah Barlow e Kane Senes. Apesar de não ter feito muito barulho no Brasil, o longa acompanha a história de uma jovem influencer de bem-estar que acaba se reencontrando com uma mulher que praticava bullying com ela durante o Ensino Médio.

Recheado de momentos violentos, comédia absurda e uma dose generosa de sangue, o filme se propõe a ser uma sátira da "positividade tóxica" que é constantemente alimentada pelas redes sociais. Sem dar muitos detalhes da trama para não entregar spoilers, o filme termina com sua grande assassina viva e plena - e adoraríamos vê-la ainda mais surtada em uma sequência!