8 filmes de terror que fizeram as pessoas deixarem a sala do cinema

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8 filmes de terror que fizeram as pessoas deixarem a sala do cinema

Por Gus Fiaux

O cinema de horror é muito conhecido (e querido) pela forma como pode causar reações extremas em seu público. Não é incomum vermos, na sala de cinema, pessoas gritando e pulando sempre que tomam algum susto, ou até mesmo passando mal diante de cenas e sequências gráficas e cheias de sangue escorrendo. Porém, em alguns casos, esses filmes podem até fazer as pessoas saírem correndo do cinema.

De palhaços assassinos, vômito em profusão, serial killers sádicos até found footage com um toque sobrenatural, não faltam exemplos de filmes de terror que fizeram parte de seu próprio público sair correndo desesperado das salas de cinema. Por isso, aqui reunimos uma seleção com 8 filmes de terror que fizeram pessoas abandonarem a sessão!

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Monstros (1932)

Apenas um ano após o lançamento de Drácula, seu filme mais famoso, o norte-americano Tod Browning voltava para os cinemas com um filme que é marcante até hoje. Monstros (do original, Freaks) nos leva com um "circo de aberrações". No entanto, o elenco era composto em sua maioria por pessoas com deficiência, sem trabalho de maquiagem.

Na época, a discussão sobre acessibilidade e inclusão era quase nula, e muitas pessoas da audiência ficaram horrorizadas ao ver os astros retratados na obra - o que levou diretamente a pessoas correndo dos cinemas. Sua reputação foi grande, a ponto de ter sido banido de vários cinemas norte-americanos - em uma clara demonstração de ódio a pessoas com deficiência.

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Psicose (1960)

Hoje, Psicose pode ser visto como um clássico do cinema que mostra os requintes técnicos da obra de Alfred Hitchcock. Ele não é tão "assustador" quanto diversos outros da lista, mas acabou causando muita polêmica ao ser lançado, em 1960 - provando como o que era chocante em uma época pode até ser considerado "leve" em outra.

Na metade do filme, há uma cena em que a protagonista que seguíamos até ali, Marion Crane, é morta no banheiro do Motel Bates, enquanto tomava banho. A cena causou uma reação tão forte no público que várias pessoas ou passaram mal ou começaram a sair desesperadas da sala de cinema. Em um cinema de Manhattan, policiais supostamente foram chamados para acalmar os espectadores.

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O Exorcista (1973)

Não há como negar que, até hoje, O Exorcista ainda carrega um grande legado como o filme mais assustador de todos os tempos. Ainda que não seja carregado de jump scares, o filme consegue criar uma narrativa psicológica e tensa a partir da possessão demoníaca da jovem Regan MacNeil, o que resulta em consequências letais.

Aqui, temos cenas de Regan vomitando em cima de um padre, girando a sua própria cabeça em 180 graus e, ainda por cima, praticando atos pecaminosos com um crucifixo. Na época do lançamento, várias pessoas saíram das salas de cinema alegando ter convulsões, o que fez com que diversos paramédicos ficassem a postos sempre que havia uma sessão do filme por perto.

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O Massacre da Serra Elétrica (1974)

Lançado em 1974, O Massacre da Serra Elétrica é um dos pináculos do cinema de horror, ajudando a definir muito do que posteriormente se tornaria o slasher, um subgênero popular até hoje. Inspirado pelos crimes de Ed Gein, o filme conta a história de um grupo de amigos que caem nas garras de uma família de canibais no Texas.

Ainda que boa parte da sua violência seja sugerida e o filme não traga tanta sanguinolência como muitos pensam, o trabalho do diretor Tobe Hooper deixou muitas pessoas impressionadas, tanto que vários membros do público das sessões de estreia deixaram os cinemas completamente apavorados com todas as coisas grotescas que Leatherface e sua família poderiam fazer.

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A Bruxa de Blair (1999)

Em 1999, chegava aos cinemas o filme que mudaria para sempre os rumos do found footage, um estilo de filmagem onde vemos gravações feitas pelos próprios personagens. A Bruxa de Blair se tornou um fenômeno graças à internet, já que a campanha viral do filme apostou em deixar as pessoas acreditarem que tudo aquilo era real e que pessoas haviam sumido durante a gravação.

No entanto, o que fez as pessoas saírem correndo das salas de cinema neste caso não foi o clima hostil e horripilante do longa, mas sim a câmera tremida, que pegou muitos de surpresa. Algumas pessoas teriam passado mal e saído das salas, exigindo seu dinheiro de volta por conta da estética "realista" e errática do filme.

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Rejeitados pelo Diabo (2005)

Na continuação de A Casa dos Mil Corpos, o cineasta e músico norte-americano Rob Zombie soube trabalhar com elementos ainda mais cruéis e grotescos que seu antecessor, enquanto os membros da Família Firefly precisam se unir para escapar de um xerife determinado em se vingar dos três assassinos.

Aqui, Zombie alavanca ainda mais a violência que vimos no primeiro capítulo, trazendo sequências igualmente horripilantes e repulsivas onde Otis, Baby e o Capitão Spaulding não só fazem vítimas, mas brincam com elas antes de matá-las - e isso fez com que muitas pessoas deixassem as salas antes do fim dos créditos.

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A Casa que Jack Construiu (2018)

Ao longo de sua carreira, Lars Von Trier construiu para si uma reputação bem curiosa, por conta da forma que seus filmes trabalham a degeneração da humanidade. Um perfeito exemplo disso é A Casa que Jack Construiu, de 2018, que além de contar a história de um serial killer e suas vítimas, é o filme em que Von Trier reflete sobre sua própria carreira.

O filme conta com várias cenas muito extremas, como quando Jack (vivido por Matt Dillon) mata uma mãe e seus dois filhos. O filme teve sua estreia no Festival de Cinema de Cannes, e é dito que cerca de cem pessoas da plateia foram saindo ao longo da exibição, enojadas com toda a violência e o niilismo que viram no filme.

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Terrifier 2 (2022)

Lançado no ano passado, Terrifier 2 é a continuação de um filme indie de horror que acabou fazendo um grande sucesso, sobretudo devido às redes sociais como o Twitter e o TikTok (e a prova viva disso é que ele arrecadou mais de 15 milhões de dólares contra um orçamento de 250 mil). Porém, a fama do filme veio a custo de suas cenas mais bárbaras.

Aqui, acompanhamos o terrível Art, um palhaço assassino que retorna da morte para conduzir um novo massacre. Há cenas tão brutais e grotescas ao longo do filme que muitas pessoas passaram mal nos cinemas, especialmente uma envolvendo a tortura e mutilação de uma jovem garota. Isso fez com que várias pessoas deixassem as salas de cinema bem perturbadas, nos EUA.