Os melhores filmes de terror de 2020

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Os melhores filmes de terror de 2020

Por Gus Fiaux

Mesmo com inúmeros atrasos, adiamentos e lançamentos direto nas mídias digitais, 2020 ainda foi um ano bem interessante para os fãs de horror, graças a várias estreias inesperadas que casaram com os medos do mundo real, atrelando-os ao sobrenatural e à ficção científica.

Entre reuniões virtuais que deram errado, stalkers imperceptíveis, muito horror cósmico e corporal, o terror se manteve vivo em 2020, provando como é um dos gêneros mais resilientes do mercado audiovisual. E por isso, estamos aqui para celebrar os 10 melhores filmes de terror de 2020!

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Freaky: No Corpo de um Assassino (Freaky)

Começando esta lista com um lançamento recente, Freaky: No Corpo de um Assassino é o mais novo longa do diretor Christopher Landon, mais conhecido pela franquia A Morte te Dá Parabéns. Aqui, ele decide usar toda a lógica de filmes como Sexta-Feira Muito Louca e Se Eu Fosse Você, fazendo com que uma garota troque de corpo com um assassino louco.

Desde o começo, o filme se propõe a ser uma comédia com traços de horror, uma meta alcançada com sucesso, ainda mais graças às atuações fenomenais de Vince Vaughn e Kathryn Newton. O longa impressiona ainda mais por ser uma diversão sincera e descompromissada, ainda que com muito sangue e mortes criativas.

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A Coleção Mortuária (The Mortuary Collection)

Antologias são formatos muito utilizados pelo horror, seja na TV ou no cinema. Quando falamos de filmes que dependem de vários segmentos curtos, não conseguimos fugir à regra: todo filme do tipo só é tão bom quanto o pior dos segmentos, já que a percepção do público tende a captar mais os problemas. A Coleção Mortuária supera essa regra com maestria.

O filme é composto de várias histórias que giram em torno de um necrotério. Além de fazer um bom uso de efeitos visuais (tanto digitais quanto práticos), o filme ainda consegue fazer com que cada segmento tenha sua própria identidade sem que isso prejudique o conjunto da obra. Um filme perfeito se você gosta de longas como Contos do Dia das Bruxas.

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Sputnik

Engana-se quem acha que só países de língua inglesa dominam o cinema. Em 2020, tivemos vários lançamentos incríveis vindos de outros países e um belo exemplo disso é o horror russo Sputnik, conhecido por uma trama que mistura elementos de Alien: O Oitavo Passageiro com o filme do Venom, ainda que de uma maneira nunca antes vista.

O longa se passa a bordo de uma nave espacial soviética bem ao final da Guerra Fria. E durante uma viagem calamitosa, logo percebemos que os astronautas dentro da nave não estão sozinhos, com uma criatura à espreita nas sombras. É um filme bem interessante com várias nuances, que mostra a perspectiva russa sobre a queda da União Soviética.

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A Cor que Caiu do Espaço (Color Out of Space)

2020 foi um ano bem interessante para os fãs de H.P. Lovecraft. Se, na televisão, tivemos a completa desconstrução sobre os monstros (e o racismo) do autor em Lovecraft Country, já nos cinemas temos uma adaptação mais literal de sua obra com A Cor que Caiu do Espaço, filme dirigido por Richard Stanley e estrelado por Nicolas Cage.

Incorporando elementos do horror cósmico de mais alto nível, o filme segue a trama de uma pequena família cuja vida é arruinada após a chegada de um meteoro que carrega consigo uma coloração jamais vista na Terra. A partir daí, o longa se carrega na atuação deslumbrante e alucinada de Cage, além de possuir um visual único e muito impressionante.

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O Cemitério das Almas Perdidas

O cineasta capixaba Rodrigo Aragão está sempre nos surpreendendo com seus longas cheios de sanguinolência, ótimos efeitos visuais e uma grande exploração do folclore e dos medos brasileiros. Com sua mais nova obra, O Cemitério das Almas Perdidas, não é diferente. Aqui, o cineasta se propõe a dissecar todo o seu próprio "universo compartilhado".

O filme funciona como uma espécie de prelúdio para os filmes anteriores do diretor, como A Mata Negra e Mar Negro, além de fazer vários comentários sagazes sobre a colonização portuguesa e o genocídio dos povos nativos. É bem interessante finalmente ver uma "origem" para essa franquia que está cada vez mais popular e mais grandiosa.

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Possessor

Um filme sobre as condições precárias e decadentes da mente humana, Possessor é o novo longa de Brandon Cronenberg, o filho do famoso cineasta David Cronenberg. Com uma proposta ousada, o longa retrata uma organização que usa tecnologias bizarras para realizar assassinatos ao redor do mundo, eliminando qualquer ameaça à corporação.

Em resumo, a empresa usa uma assassina que "entra na mente" de suas vítimas, fazendo-as matar quem estiver ao seu redor antes de se suicidarem. Porém, quem pode fazer um trabalho tão hediondo e, ainda assim, reter sua sanidade? O filme se propõe justamente a explorar isso, com visuais impressionantes e uma estrutura incômoda e aterradora.

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Relic

Em Relic, uma mulher vai com a filha até a casa de sua mãe, que sofre com demência e está desaparecida. A partir daí, a família se reúne em um ambiente inóspito, misterioso e cada vez mais ameaçador, com muitos segredos escondidos e que mostram o que pode acabar sendo uma "assombração hereditária".

Completamente embasado nas atuações de Emily Mortimer, Robyn Nevin e Bella Heathcote, este é o primeiro longa-metragem da diretora Natalie Erika James e já mostra como ela é um dos grandes nomes do horror dos próximos anos. Com uma narrativa bem compassada e que lembra O Babadook, é o tipo de horror que traz várias interpretações.

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O Homem Invisível (The Invisible Man)

Um dos poucos filmes lançados no cinema em 2020, O Homem Invisível foi, depois de várias tentativas fracassadas, o longa que conseguiu de fato revitalizar os Monstros da Universal e mostrar como eles podem ter um impacto bem significativo nos dias de hoje, desde que suas histórias sejam encaixadas em um contexto atual.

O longa de Leigh Whannell lida com a ideia de um relacionamento abusivo que chega a ser monstruoso, cheio de repressão emocional e gaslighting. E isso toma forma na história de uma mulher perseguida por seu namorado, que supostamente teria morrido e retornado invisível. Todo o mérito para a atuação irretocável de Elisabeth Moss.

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Host

Em um ano marcado por uma pandemia que paralisou várias esferas da vida social, é muito impressionante ver um filme como Host sendo feito. Escrito, dirigido e lançado durante o ápice da primeira onda do Coronavírus, o longa se passa durante uma chamada de Zoom, enquanto algumas amigas tentam fazer uma sessão espírita virtualmente.

O resultado não poderia ser pior (no melhor sentido possível). O que começa como uma brincadeira logo vira uma noite de horror, com uma entidade misteriosa perseguindo cada mulher em sua casa. O filme é cheio de cenas apavorantes e sustos bem projetados, além de ser extremamente atmosférico e capaz de criar um senso de imersão.

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O Que Ficou Para Trás (His House)

Queridinho nos festivais, O Que Ficou Para Trás chegou ao grande público através da Netflix em 2020. O filme é uma produção do Reino Unido, que conta a história de dois imigrantes saídos do Sudão do Sul, que precisam se adaptar à nova vida na Inglaterra. Porém, eles começam a suspeitar de que o lar onde estão é assombrado por forças malignas.

Uma verdadeira desconstrução do subgênero das casas mal-assombradas, o filme de Remi Weekes consegue dar uma revitalizada nesse tipo de história, além de contar com atuações fenomenais vindas de Wunmi Mosaku e Sope Dirisu. Se você gosta de ver assombrações e figuras folclóricas de outras culturas, essa é uma ótima pedida.