10 filmes de sucesso que quase não foram feitos

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10 filmes de sucesso que quase não foram feitos

Por Jaqueline Sousa

Já parou para pensar em um mundo sem Star Wars? Por mais que, hoje em dia, pareça impossível imaginar algo assim, houve uma época em que George Lucas quase não conseguiu tirar suas ideias do papel. Eventualmente, as coisas acabaram dando certo, mas a incerteza perante o futuro quase eliminou de uma vez por todas a influência da Saga Skywalker na cultura pop.

Mas isso não aconteceu somente com Star Wars: vários filmes de sucesso em Hollywood quase não viram a luz do dia chegar antes de conquistarem um lugar de prestígio na indústria. Pensando nisso, nesta lista você vai conhecer 10 filmes de sucesso que quase não foram feitos!

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Star Wars: Uma Nova Esperança (1977)

Já que falamos de Star Wars, nada mais justo do que começar com uma das franquias mais bem-sucedidas da indústria cinematográfica. Quando George Lucas decidiu que queria fazer o primeiro filme da trilogia original acontecer, ele nem ao menos imaginava que haveria outro filme. É por isso que, inicialmente, o filme ganhou o título de Star Wars, sendo que o Uma Nova Esperança foi adicionado depois que a fama de Luke Skywalker (Mark Hamill) já estava estabelecida entre o público.

O drama já começou no momento de convencer um estúdio a embarcar nessa ideia. Afinal, quem iria apostar em uma saga espacial de ficção científica com robôs falantes e criaturas peculiares? Demorou, mas a Fox eventualmente topou dar palco para o que Lucas queria fazer.

Contudo, as coisas não foram tão fáceis assim depois, já que o criador de Star Wars teve que basicamente construir um mundo inteiro do zero dentro de um orçamento limitado. Além disso, Lucas não estava nem um pouco satisfeito com os efeitos visuais, ou seja, atrasos nas gravações acabaram se tornando inevitáveis. Até mesmo o clima não ajudou.

Diante desse contexto, atores, produtores e outros profissionais envolvidos não colocavam fé no projeto, acreditando que, uma hora ou outra, tudo seria cancelado. Mas Lucas não se deixou abalar, o que se provou a decisão certa: quando Star Wars chegou aos cinemas, o longa fez um sucesso impressionante entre o público, e o resto é história.

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Tubarão (1975)

Até mesmo alguém como Steven Spielberg já passou por poucas e boas ao longo de sua carreira. Dono de um currículo invejável, o cineasta é o nome por trás de Tubarão, um clássico do suspense lançado nos anos 70, mas o filme quase não existiu para começo de conversa.

O grande problema envolvendo a produção inicial de Tubarão veio justamente de Spielberg, que andava bastante indeciso com a ideia de atrelar seu nome ao longa. O diretor não queria ficar conhecido por ter dirigido um filme sobre um tubarão, o que quase provocou sua saída do projeto.

No final das contas, Spielberg decidiu ficar, mas outros obstáculos apareceram no caminho: os três tubarões mecânicos, que foram apelidados carinhosamente de Bruce, usados nas filmagens apresentavam todo tipo de problema nas gravações, o que acabava dificultando o andamento da produção. Como as falhas técnicas eram extremamente frequentes, até mesmo o orçamento inicial do filme foi ultrapassado, gerando ainda mais transtornos e gastos para a equipe.

Felizmente, as coisas acabaram dando certo e, apesar dos conflitos e indecisões de Spielberg, Tubarão chegou aos cinemas apenas para se tornar um dos filmes mais prestigiados da história do cinema.

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O Mágico de Oz (1939)

A clássica adaptação de O Mágico de Oz é um dos clássicos mais queridos e populares de todos os tempos, mas os bastidores foram piores que o devastador ciclone que leva Dorothy (Judy Garland) e Totó para Oz.

Os conflitos já começaram com o roteiro, que teve que ser reescrito diversas vezes até chegar ao rascunho final. Além disso, houve uma verdadeira dança das cadeiras de diretores e até mesmo acidentes aconteceram no set de filmagens. A atriz Margaret Hamilton, a intérprete da Bruxa Má do Oeste, por exemplo, ficou com queimaduras de terceiro grau depois de gravar uma cena onde a personagem desaparecia em uma fumaça branca.

Outro problema enfrentado pela equipe foi que, como o filme foi filmado para technicolor, havia uma grande quantidade de luzes posicionadas no set de filmagens, o que tornava o ambiente extremamente quente. Diversas pessoas passavam mal nos bastidores, transformando a produção toda em um verdadeiro caos.

Apesar dos problemas, O Mágico de Oz acabou chegando aos cinemas e, embora não tenha feito sucesso na época do lançamento, reproduções posteriores do filme acabaram ganhando o coração do público até ele se tornar um dos maiores clássicos do cinema.

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De Volta Para o Futuro (1985)

Antes de se tornar um fenômeno da cultura pop, a franquia De Volta Para o Futuro quase não viu a luz do dia. Isso porque, assim como Star Wars, foi difícil convencer um estúdio a acreditar que a história de Marty McFly (Michael J. Fox) poderia ser um sucesso, um processo que levou cerca de quatro anos para acontecer. Só para ter uma ideia do nível da rejeição: o roteiro do primeiro filme chegou a ser recusado 40 vezes.

Demorou (muito), mas Universal Pictures acreditou no potencial de De Volta Para o Futuro, e o filme começou a sair do papel. No entanto, novos problemas dificultaram a execução do projeto: além do famoso DeLorean ter dado um trabalhão para a equipe por estar sempre quebrando, houve uma dramática troca de atores no meio das gravações.

Inicialmente, o ator Eric Stolz foi o felizardo escolhido para viver Marty, e ele chegou a gravar diversas cenas do filme até ser demitido pelo diretor Robert Zemeckis, pois o cineasta não estava gostando da performance de Stolz como o protagonista do filme. Foi assim que Michael J. Fox entrou em cena, mas não antes de custar alguns milhões para Universal resolver o problema.

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Apocalypse Now (1979)

Um marco da carreira de Francis Ford Coppola, o filme Apocalypse Now enfrentou todo tipo de problema nos bastidores. O acúmulo de obstáculos tornou a vida de Coppola um verdadeiro inferno, o que dificultou o andamento das gravações da produção, que sofreram várias alterações ao longo dessa jornada.

Para começar, o ator Marlon Brando foi um problema para a equipe durante as filmagens iniciais porque ele simplesmente não apresentou nenhum tipo de preparo para seu papel. Além dele, Martin Sheen, o protagonista do filme, estava passando por momentos turbulentos em sua vida pessoal que acabaram afetando seu trabalho (ele até mesmo teve uma crise de nervoso certo dia no meio das filmagens).

O clima entre os profissionais de Apocalypse Now não era um dos melhores, mas tudo estava prestes a piorar: um tufão nas Filipinas destruiu diversos cenários que foram construídos para o filme. Isso atrasou as filmagens ainda mais, um cenário que foi se expandindo até mesmo na pós-produção do filme. Contudo, entre atrasos e pressentimentos ruins, o longa de Coppola finalmente chegou aos cinemas e, hoje em dia, é um dos épicos de guerra mais conceituados de Hollywood.

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Quem Quer Ser Um Milionário? (2008)

Vencedor de oito estatuetas do Oscar, inclusive a de Melhor Filme, Quem Quer Ser um Milionário? foi um sucesso absoluto na época de seu lançamento. Mas isso quase não aconteceu por causa do diretor Danny Boyle, que nem mesmo acreditava que o filme iria ser exibido nos cinemas.

A princípio, Quem Quer Ser Um Milionário? tinha sido pensado exclusivamente para ser apenas um telefilme. Na cabeça de Boyle, ninguém iria enxergar o potencial da história estrelada por Dev Patel, e o orçamento apertado para fazer o filme também foi uma questão preocupante desde o começo, já que o cineasta não sabia se iria conseguir finalizá-lo.

Contudo, apesar das inseguranças, o longa acabou participando de alguns festivais de cinema, e não demorou muito para que Boyle recebesse ofertas de distribuição nas telonas. O início de um sonho que, apesar de ter tido seus problemas, acabou dando certo no final.

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Toy Story (1995)

E se Woody e Buzz Lightyear não existissem? Bom, isso poderia ser uma realidade hoje, caso a Disney e a Pixar não tivessem trabalhado suas diferenças para unir o útil ao agradável na época.

Marcado na história do cinema por ter sido o primeiro filme da indústria feito inteiramente por computação gráfica, o primeiro Toy Story não tinha muitas coisas agindo a seu favor. Além das complexidades técnicas envolvendo sua produção, diferenças criativas entre os estúdios fizeram com que o roteiro fosse reescrito diversas vezes. Houve um período em que a produção até foi interrompida para que as ideias encontrassem um caminho satisfatório para todos os envolvidos.

Felizmente, tudo acabou dando certo no final, e Toy Story se transformou em uma das franquias mais bem-sucedidas de Hollywood. Uma história mais do que feliz para a parceria entre Disney e Pixar, que passaram a colaborar em vários projetos desde então.

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Gladiador (2000)

O que poderia dar errado com um épico de guerra nas mãos de Ridley Scott? Bom, muita coisa. Gladiador fez um grande sucesso no ano 2000 e marcou a carreira de Russell Crowe, mas o caminho até a fama foi árduo.

Para começar, o roteiro de Gladiador passou por tantas mudanças que a equipe provavelmente deve ter perdido a conta. O caso era tão crítico que, duas semanas antes do início das filmagens, o roteiro ainda estava passando por retoques e, mesmo depois de finalizado, Crowe vivia criticando a qualidade do produto final (ele até mesmo saía do set de filmagens devido às frustrações).

Além disso, Russell e o ator Oliver Reed não se davam bem fora das câmeras. A dupla estava sempre engajada em brigas fervorosas na produção, o que atrapalhava o desenvolvimento das filmagens. Juntamente a isso, a trágica morte de Reed antes do término das gravações obrigou o roteiro a passar por novas modificações que alteraram o planejamento da equipe.

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Mary Poppins (1964)

A performance de Julie Andrews como Mary Poppins fez história em Hollywood, mas a realidade poderia ter sido completamente diferente. Isso porque alguns probleminhas de bastidores quase fizeram com que a produção não fosse finalizada.

O primeiro obstáculo enfrentado pela Disney envolvia a participação de Julie Andrews, que estava grávida na época. Como o estúdio queria que Andrews interpretasse a querida babá de qualquer maneira, as gravações tiveram que ser adiadas para depois que a artista desse à luz.

Mas, quando isso aconteceu, um terrível acidente quase poderia ter colocado tudo a perder e, pior ainda, poderia ter causado uma verdadeira tragédia envolvendo Julie. O que aconteceu foi que, durante uma sequência em que Andrews estava suspensa no ar, sendo segurada por fios, a artista sentiu que estava escorregando. A atriz percebeu que o fio que a segurava tinha caído por alguns centímetros, o que a deixou extremamente em alerta. Felizmente, ninguém se machucou na cena.

Além disso, problemas de direitos autorais – o filme de Mary Poppins é inspirado em livros da escritora P. L. Travers – quase interromperam o sonho de levar a babá para as telonas, pois a autora não acreditava que um filme conseguiria honrar sua criação.

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Pequena Miss Sunshine (2006)

Lançado no final dos anos 2000, Pequena Miss Sunshine é aquele tipo de filme que é praticamente impossível não gostar. Porém, você sabia que ele quase não existiu?

Apesar de ter um forte apelo comercial, nenhum estúdio aparentemente estava pronto para colocar a mão na massa e, de fato, começar a produzir o filme a princípio. O roteiro já tinha passado pela mão de vários produtores, mas o projeto não conseguia sair do papel, talvez por obra do destino.

Isso porque, devido às dificuldades para conquistar o apoio de um estúdio, certo dia, o roteirista Michael Arndt teve um momento de epifania e resolveu reescrever o roteiro do filme, que inicialmente apenas acompanhava uma viagem de carro de uma família. Adicionando o tempero “disfuncional” aos personagens da história, a Deep Water Productions acabou gostando tanto que fisgou o projeto que estava prestes a se tornar um dos filmes mais queridos de todos os tempos.