10 filmes para inspirar sua sessão de RPG de mesa

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10 filmes para inspirar sua sessão de RPG de mesa

Por Gabriel Mattos

Um dos maiores atrativos dos RPGs de mesa é a oportunidade de viver sua própria aventura, limitado apenas pelo sistema de sua escolha e sua sorte nos dados. Tudo que você conseguir imaginar pode ser tentado no jogo. Se o mestre vai colaborar é outra história.

Nem sempre a gente consegue ser muito criativo, né? Tem vezes que nosso cérebro precisa de um empurrãozinho para ativar nossa imaginação. Pensando nisso, preparei essa lista com 10 filmes que são uma ótima inspiração para uma campanha incrível de RPG. Chega mais!

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Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Esse é o mais óbvio então vamos tirá-lo logo do caminho. O livro O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, foi um marco para fantasia medieval da época e uma das maiores influências do próprio Dungeons & Dragons. Se o livro é bom o suficiente para ter moldado o jogo, o filme é mais do que recomendado para inspirar sua aventura.

Em A Sociedade do Anel, somos apresentados aos conceitos mais essenciais de um cenário medieval de uma forma bastante didática. Conhecemos a dinâmica entre as raças, entendemos um pouco das funções da classe, vemos um grupo diverso de aventureiros em ação e os perigos que os aguardam. Se você nunca jogou RPG e quer ter uma ideia do que está perdendo, esse filme é para você!

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Princesa Mononoke

Existe uma magia inegável nos filmes do Estúdio Ghibli. Suas animações são conhecidos por trazer um enredo bem leve, deixando o destaque para uma mitologia muito bem desenvolvida. Todo RPG precisa de uma lore compreensível e filmes como Princesa Mononoke são muito bons em ensinar como explorar criaturas mágicas únicas, guerreiros lendários e outros mistérios sem deixar a aventura perder o ritmo.

O filme ainda é fortemente influenciado pela cultura japonesa, que pode complementar muito bem o universo do seu jogo. Não deixe de conferir também outras obras-primas do estúdio Ghibli, cheias de personagens memoráveis para te inspirar, como: O Castelo no Céu, Contos de Terramar e O Castelo Animado.

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Star Wars: Os Últimos Jedi

O universo de Star Wars, por si só, poderia servir de inspiração perfeita para uma sessão de RPG. Inclusive, sinta-se a vontade para incorporar conceitos da saga em suas jornadas. Entretanto, Os Últimos Jedi, um dos mais controversos filmes da saga, esconde uma lição valiosa de como tornar sua sessão memorável: saber como e quando subverter expectativas.

Especialmente caso esteja utilizando um cenário medieval, seus jogadores provavelmente tem uma ideia bem estabelecida de como as coisas funcionam e, se nada sair do ordinário, o jogo pode se tornar monótono bem rápido. Star Wars VIII estava em uma situação similar com o andamento da franquia e percebeu que poderia usar essa expectativa a seu favor.

Há uma certa sofisticação em prever o que o jogador pensa que sabe e reinventar as regras para que, mesmo que reconhecíveis, se tornem surpreendentes. Essa pode ser a diferença entre uma campanha capenga e uma aventura inesquecível!

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Blade Runner 2049

Falando em coisas que não parecem ser desse mundo, Blade Runner foi basicamente um dos pais do cyberpunk no cinema. Caso seu cenário seja futurista, vale muito a pena dar uma chance ao filme. Inspirado em um livro de Philip K. Dick, gênio da ficção científica, Blade Runner nos faz imaginar como seria a sociedade num futuro distópico.

Mesmo que você não perceba, a sociedade do seu universo é uma parte crucial da aventura. Seja a líder de uma monarquia que contrata seus serviços prometendo rios de dinheiro ou um pobre camponês que aceita te ajudar em troca de uns poucos trocados, as relações de classe permeiam todas as camadas de um RPG.

Além de te imergir em uma atmosfera completamente futurista, com direito a carros voadores e neon, filmes como Blade Runner 2049 e a animação Ghost in the Shell são uma aula de como a sociedade trata quem é diferente.

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Atlantis - O Reino Perdido

É uma pena que essa animação da Disney não tenha feito muito sucesso na época, mas Atlantis - O Reino Perdido tem muito a nos ensinar. Para começar, o filme é um ótimo exemplo de como uma party cheia de pessoas más consegue fazer coisas boas de vez em quando.

Os visuais do filme são absurdamente incríveis. Os atlantes incorporam muitas culturas perdidas ou pouco conhecidas do imaginário popular, então tem aquele ar de misticismo reforçado. A estética de sua tecnologia alimentada por cristais mágicos pode ser a inspiração perfeita para a descrição de suas magias e/ou tecnologias. Vai deixar tudo com uma cara bem exótica.

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Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

Esse filme da Pixar passou batido no radar de muita gente, porque ele lançou no começo do ano — dias antes do mundo virar de cabeça para baixo. Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica tem uma proposta super interessante, fortemente inspirada nos cenários medievais de RPG. E se suas criaturas vivessem no mundo de hoje, com celular e todas nossas comodidades?

Além de ser muito divertido, o filme reimagina as relações sociais de todas as criaturas mágicas de uma forma brilhante que poderia ser implementada num RPG de mesa com muita facilidade. E se seus aventureiros chegassem numa taverna e se deparassem com uma mantícora aposentada como taverneiro? Ia ser impressionante, não? Ah, e para melhorar o irmão mais velho do protagonista é muito nerd e faz várias referências a RPG.

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Pantera Negra

Além de todo peso do filme, uma das coisas que mais me surpreenderam na primeira vez que eu assisti Pantera Negra é como o filme consegue explicar de maneira rápida e concisa o seu microcosmo. Na primeira vez que nos deparamos com Wakanda, conhecemos não só um reino tecnologicamente avançado, como também diversas tribos com suas particularidades e o filme nunca nos deixa sobrecarregado. Além de mandar bem no worldbuilding, o filme mostra todos os benefícios que diversidade cultural pode trazer para uma história. Quando pensamos histórias fantásticas, pensamos logo em um mundo medieval totalmente eurocentrista e existe muita coisa nova a se explorar em outros cantos do mundo. Pantera Negra, assim como Black is King, podem acrescentar uma riqueza inesperada a mitologia do seu cenário, destacando o mundo do seu RPG das demais histórias medievais.

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Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos

Enquanto não temos um filme de Magic the Gathering, card game da mesma empresa que publica D&D, Warcraft é o filme baseado em um game perfeito para inspirar sua mesa de RPG. O filme desafia a noção muito enraizada em RPGs de que uma raça é definitivamente boa ou ruim, algo que D&D está oficialmente mudando nos livros mais recentes.

Além disso, visualmente o filme é um show à parte, trazendo um lado fantástico bem diferente do visto em Senhor dos Anéis. A magia desse universo é semelhante ao que veríamos em algo como D&D, com uma abundância de magos, magias interdimensionais e devoção a divindades próprias. Perfeito para expandir sua ideia do que é possível em um cenário medieval.

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Monty Python em Busca do Cálice Sagrado

Nem toda mesa de RPG é super séria, com personagens trágicas e uma história bem pensada. Às vezes, as mesas podem se mostrar uma completa comédia caótica, extrapolando o tom brincalhão do UCM, alcançando níveis Monty Python de despretensiosidade.

Para quem nunca assistiu, o filme é uma clássica paródia de épicos medievais que não se leva a sério em momento nenhum, e tá tudo bem. Tem jogadores que não se levam a sério mesmo e é bom entrar nessas mesas com o espírito da zoeira para não se estressar. Monty Python em Busca do Cálice Sagrado pode ser uma ótima inspiração para mesas mais leves em que a solução para uma batalha pode ser simplesmente uma piada muito bem elaborada.

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A Cor que Caiu do Céu

Não é só de mundos medievais e futuristas que são feitas as mesas de RPG. Especialmente agora, próximo ao Halloween, a galera se arrisca em sistemas mais narrativos, como Call of Cthulhu. Um filme perfeito para te introduzir ao mundo do horror cósmico é A Cor que Caiu do Céu.

O filme traduz muito bem ideias quase indescritíveis desse tipo de terror, o que pode te dar uma luz em como explicar essas experiências altamente sensoriais. Nicolas Cage é um dos protagonistas da trama e vê-lo enlouquecendo em cena é sempre um show à parte.