7 filmes com potencial que nunca vão acontecer e o motivo por trás disso
7 filmes com potencial que nunca vão acontecer e o motivo por trás disso
Seja por ganância corporativa ou falta de timing, alguns filmes já nasceram condenados!
Trabalhar com cinema é uma verdadeira montanha-russa de emoções. De um lado, temos diretores que dariam de tudo para trazer seus maiores sonhos para as telonas, e do outro, temos uma série de barreiras impostas, seja pelos estúdios, pelo financiamento ou até por timing dessas obras.
Não é incomum vermos notícias sobre projetos muito interessantes que acabaram nunca saindo do papel – ou que até saíram, mas não chegaram ao público por serem “apagados” pelos seus próprios estúdios. Nesta lista, reunimos 7 filmes com potencial que nunca vão acontecer e os motivos por trás disso!
Homem-Aranha 4 de Sam Raimi
Muito antes da febre do Universo Cinematográfico da Marvel e outras sagas compartilhadas de super-heróis, Sam Raimi fez história com a trilogia de filmes do Homem-Aranha estrelada por Tobey Maguire. O cineasta tinha planos de expandir essa história para um quarto filme, que traria Peter Parker enfrentando vilões poderosos, como o Abutre e Mystério.
Acontece que Raimi teve vários problemas no desenvolvimento de Homem-Aranha 3, em grande parte graças às interferências criativas da Sony, que impuseram a participação do Venom (mesmo Raimi não gostando muito do personagem) e outras modificações. O filme fez uma boa bilheteria mas não caiu no gosto dos fãs ou dos críticos.
Como resultado, todos os planos para Homem-Aranha 4 acabaram indo pro saco. Raimi já deu várias entrevistas falando sobre como gostaria de fazer um último filme do Amigão da Vizinhança de Tobey Maguire, mas até agora, as nossas esperanças são negativas, tendo em vista que a Marvel e a Sony ainda pretendem dar continuidade à franquia estrelada por Tom Holland.
Liga da Justiça Mortal de George Miller
Ainda no tópico dos super-heróis, não podemos nos esquecer que, em 2007, a Warner Bros. já tinha tudo pronto para dar início à produção de Liga da Justiça Mortal, filme que traria uma aventura da equipe inspirada na trama do arco Torre de Babel, onde o Batman cria dispositivos para impedir os seus colegas de equipe, mas essa tecnologia cai nas mãos erradas.
O filme traria Maxwell Lord e Talia al Ghul como os principais vilões, e teria um elenco estelar composto por Armie Hammer como Batman, DJ Cotrona como Superman, Megan Gale como Mulher-Maravilha, Adam Brody como Flash, Santiago Cabrera como Aquaman, Hugh Keays-Byrne como Caçador de Marte e Common como Lanterna Verde.
O projeto seria dirigido por ninguém menos que George Miller, cineasta por trás de um dos longas de ação mais impressionantes dos últimos anos, Mad Max: Estrada da Fúria. Poucos dias antes das gravações começarem, a Warner engavetou o projeto, e até hoje, a Liga da Justiça ainda não teve uma adaptação digna para os cinemas.
Halo de Peter Jackson e Neill Blomkamp
Halo é uma das franquias de jogos mais populares que há por aí, e tem algumas adaptações na conta - incluindo a atual série do Paramount+, que tem dividido a opinião do público. No entanto, em 2005, a BBC anunciou que Peter Jackson (diretor da trilogia O Senhor dos Anéis) produziria um filme baseado na franquia.
O longa seria dirigido por Neill Blomkamp e um dos roteiros preparados tinha assinatura de ninguém menos que Guillermo del Toro. No entanto, o projeto foi cancelado apenas um ano após seu "anúncio", e Jackson acabou trabalhando com Blomkamp posteriormente em seu primeiro longa, Distrito 9, de 2009.
Até hoje não se sabem os motivos oficiais para o cancelamento do filme, por mais que rumores apontem para "problemas de financiamento". Blomkamp acabou reaproveitando alguns designs e ideias do filme em Distrito 9, e até hoje há quem imagine como seria uma adaptação de Halo na mão de artistas tão talentosos.
Star Wars IX de Colin Trevorrow
Originalmente, quando a "Trilogia Sequel" de Star Wars foi concebida, o plano era que cada filme tivesse seu próprio diretor. O Despertar da Força foi um sucesso, e quando Os Últimos Jedi chegou aos cinemas, todos na Disney/Lucasfilm ficaram bem espantados com o clamor da crítica sendo diretamente proporcional ao choro dos "fãs" da franquia.
Com medo de uma campanha de boicote, a Disney chamou J.J. Abrams (do Episódio VII) para dirigir o nono filme, demitindo Colin Trevorrow (o diretor de Jurassic World) no processo. Abrams apostou no seguro, fazendo um filme previsível e trazendo de volta até mesmo o Imperador Palpatine, de forma que o Episódio IX é uma das maiores decepções da franquia.
Originalmente intitulado Star Wars: Duel of the Fates, o roteiro original do projeto de Trevorrow seguia um caminho interessante, com Rey sendo treinada por um ser ancestral da Força que havia treinado o Darth Sidious. Na trama, a heroína interpretada por Daisy Ridley passaria a aceitar tanto o lado sombrio quanto o lado luminoso, em uma reviravolta inédita na saga.
Nas Montanhas da Loucura de Guillermo del Toro
Não é de hoje que Guillermo del Toro, responsável por obras de respeito como O Labirinto do Fauno, Círculo de Fogo e A Forma da Água, fala em fazer uma adaptação de Nas Montanhas da Loucura, conto de H.P. Lovecraft sobre uma expedição na Antártica, que leva à descoberta de uma civilização que morou na Terra antes mesmo dos seres humanos.
Del Toro é conhecido pelo seu amor por monstros e criaturas insólitas, além de sempre atrelar essas figuras a alguma alegoria. Ele já contou em diversas entrevistas sobre como a adaptação de Nas Montanhas da Loucura é o seu maior sonho como cineasta, mas também afirmou que nenhum estúdio está muito interessado em financiar um projeto tão audacioso.
É uma pena que um dos maiores diretores da nossa geração não consiga ter acesso a financiamento por conta disso, mas é um importante demonstrativo de como a arte se tornou refém de executivos e estúdios, que ditam as regras a partir de algoritmos em vez da criatividade de seus artistas - basta ver os casos recentes envolvendo Francis Ford Coppola e David Lynch.
Kill Bill Vol. 3
Não é de hoje que os fãs clamam pelo retorno de Beatrix Kiddo em uma nova história de vingança. Desde que os dois primeiros "volumes" de Kill Bill chegaram aos cinemas, Quentin Tarantino ganhou certo prestígio, alavancado para o mainstream. E até hoje, o diretor oferece migalhas aos seus fãs com ideias que seriam incorporadas em um terceiro capítulo.
Acontece que Tarantino já disse que iria se aposentar da direção após o seu décimo filme. De lá para cá, muitos acreditavam que Kill Bill Vol. 3 seria produzido antes desse evento, mas até agora, isso não aconteceu. Tarantino já está desenvolvendo seu décimo (e potencialmente último) filme, que será The Movie Critic, um longa sobre um crítico de cinema excêntrico.
Até mesmo Uma Thurman, que teve grandes desentendimentos com o diretor (e fez as pazes desde então) já disse que estaria disposta a fazer um novo Kill Bill. No entanto, com Tarantino já produzindo seu décimo filme, esse sonho parece cada vez mais distante - a não ser que saia pelas mãos de outro diretor, o que seria bem decepcionante para os fãs...
Coyote vs. ACME
Nos últimos anos, desde a fusão entre a Warner Bros. e a Discovery, vimos o estúdio empregando uma tática maliciosa para evitar o pagamento de seus impostos. Vários projetos em desenvolvimento - ou até mesmo prontos - são cancelados e "arquivados" pela Warner. Isso aconteceu com Batgirl e com a sequência de Scooby!, e agora com Coyote vs. ACME.
O filme, que tem direção de Dave Green e roteiro de Samy Burch, com base em uma história de James Gunn, mostraria o icônico Coyote dos Looney Tunes em uma briga judicial com a ACME, empresa responsável por fabricar dispositivos defeituosos, que ele teria usado em suas constantes lutas contra o Papa-Léguas.
O longa foi completamente finalizado antes de ser descartado pela Warner, que de acordo com rumores, "não sabia como vender um filme dos Looney Tunes nos dias atuais". Outros estúdios até demonstraram interesse pelo projeto, mas a Warner arquivou o filme e destruiu todas as suas cópias, em mais um caso nítido de ganância corporativa (para variar...).