Os 8 filmes mais polêmicos lançados na década de 70
Os 8 filmes mais polêmicos lançados na década de 70
Assassinos? Possessão? Cenas de morte reais?
Como a década mãe de diversos clássicos do cinema, os anos 70 agraciaram o público com o início de franquias, mas também produções perturbadoras. Fosse reproduzindo casos verídicos de assassinato ou até alegando a presença de cenas de morte reais, algumas produções foram alvo de polêmicas, censuras e debates sociais. Nesta lista, separamos 8 filmes que chocaram os espectadores na década de 70. Qual o seu favorito? Deixe nos comentários.
A Vingança de Jennifer
Conhecido como um dos precursores do "rape-revenge" — subgênero cinematográfico, que é afiliado ao exploitation, ao terror ou ao thriller, que foi particularmente popular na década de 1970 —, não é necessário dizer muito para explicar a polêmica por trás de A Vingança de Jennifer.
De 1978, o filme segue a história de uma jovem escritora que é brutalmente abusada e deixada para morrer por quatro homens. Após sobreviver ao ocorrido, ela decide perseguir, torturar e matar cada um dos abusadores. Devido a narrativa extrema e cenas de violência sexual explícita, o filme foi proibido em diversos países e fortemente censurado em outros.
O Massacre da Serra Elétrica
Com tantas continuações, jogos e adaptações, O Massacre da Serra Elétrica pode não parecer tão polêmico para os dias de hoje. Porém, em 1974, a obra de Tobe Hooper foi considerada uma das mais violentas e sádicas da história do cinema, sendo proibido em diversos países.
Nele, seguimos o assassinato de cinco jovens pelas mãos de uma família de canibais. O longa não foi apenas alvo de censura, mas também se tornou o precursor do gênero slasher — filmes de terror quase sempre envolvendo assassinos psicopatas que matam aleatoriamente.
O Exorcista
Uma cabeça virando em 180º, vômito verde e asqueroso, profanação e sacrilégio religioso. A lista de motivos que tornaram O Exorcista polêmico é longa. De 1973, o filme foi dirigido por William Friedkin e tinha Linda Blair e Ellen Burstyn nos papéis principais.
Após chegar aos cinemas, a produção ficou conhecida por tirar o público das salas de cinema. De acordo com alguns relatos, notícias e vídeos, diversos indivíduos fugiram com o estômago revirado e passando mal com as cenas de possessão de Regan MacNeil.
Snuff
De Michael Findlay, Snuff tem inspiração em um dos casos mais violentos e surreais dos Estados Unidos: os assassinatos cometidos pela Família Mason.
Para adicionar ainda mais uma pitada de polêmica, Findlay decidiu utilizar a lenda urbana dos filmes snuff — produções que mostram cenas de violência ou mortes reais — e criou um final que simulava a filmagem real de um assassinato.
Isso foi o suficiente para Snuff se tornar um sucesso de bilheteria, mas também de ter sido alvo de uma investigação sobre a veracidade das cenas presentes nele.
Aniversário Macabro
Ainda sobre "rape-revenge", temos Aniversário Macabro do mestre do terror, Wes Craven. Nele, duas adolescentes são sequestradas, torturadas, abusadas e mortas por uma gangue de prisioneiros fugitivos. A situação muda quando os criminosos, sem saber, buscam refúgio na casa dos pais de uma das vítimas durante uma tempestade.
Aniversário Maldito gerou desde protestos até censuras e proibições. Craven chegou a alegar que, em várias ocasiões, membros da plateia exigiram que os projecionistas destruíssem o filme.
Quadrilha de Sádicos
Seguindo o sucesso controverso de Aniversário Macabro, Wes Craven decidiu chocar o público mais uma vez. Em Quadrilha de Sádicos, o diretor leva uma típica família norte-americana para se encontrar com um grupo de canibais primitivos.
Novamente, a violência extenuante do filme se tornou um ponto de discussão, fazendo com que o mesmo fosse proibido em lugares como Austrália e Grã-Bretanha.
As Faces da Morte
A curiosidade mórbida de se assistir uma morte foi um dos principais assuntos dos anos 70. Tomando proveito disso, surgiu Faces da Morte. Lançado em 1978, o mesmo alegava ser uma montagem de cenas gráficas de mortes reais.
De ataques de crocodilos a assassinatos, de tiroteios a execuções impostas pelo Estado, Faces da Morte se deleita com a dor e o sofrimento humano. Apenas anos mais tarde foi revelado que apenas 60% das filmagens apresentadas no falso documentário são reais.
Mesmo assim, isso não impediu que a produção fosse proibida em diversos países e que, ao mesmo tempo, desse início a uma longa franquia.
Salò ou os 120 Dias de Sodoma
Em 1975, o diretor italiano, marxista e abertamente gay, Pier Paolo Pasolini, foi brutalmente assassinado. Na época, um jovem chamado Pino Pelosi confessou o ocorrido, apesar de uma montanha crescente de evidências sugerir que ele era apenas uma parte de uma conspiração maior.
Foi apenas em 2005 — trinta anos após o assassinato de Pasolini — que as suspeitas foram confirmadas: Pelosi redigiu uma confissão, afirmando que o diretor foi morto por cinco homens.
Lançado apenas três semanas após seu assassinato, Salò ou os 120 Dias de Sodoma não é apenas o último filme de Pasolini, mas também o mais polêmico e perturbador. Vagamente adaptado do romance de Marquês de Sade, o filme se concentra em quatro italianos ricos e corruptos na época da república fascista de Salò, na Itália pós Segunda Guerra Mundial.
Na trama, os homens sequestram 18 adolescentes e os submetem a quatro meses de extrema violência, humilhação sádica e tortura sexual.