9 filmes que não são tão bons mas todo mundo ama pela nostalgia
9 filmes que não são tão bons mas todo mundo ama pela nostalgia
Bons ou ruins, amamos de qualquer forma!
Quando se trata de cinema – ou de qualquer arte, de modo geral – nem sempre nosso gosto pessoal vem acompanhado de senso crítico. Quando a nostalgia entra no meio, isso se torna ainda mais difícil. Diversos filmes que hoje consideramos “clássicos” são mal avaliados criticados e, em grande parte, com razão.
Nesta lista, separamos filmes que são idolatrados até hoje e que, apesar de ganharem um grande espaço no coração dos fãs, não são filmes tão bons assim quando paramos para analisar de novo…
As Tartarugas Ninja II: O Segredo do Ooze (1991)
As Tartarugas Ninjas tiveram suas origens nos quadrinhos, antes de conquistarem o mundo com séries animadas, games e, obviamente, filmes. Porém, a trilogia da década de 90 está longe de ter filmes bons. O primeiro é bem divertido, ainda que não muito bem recebido pela crítica.
Contudo, os problemas começam a partir do segundo, onde os cineastas não conseguem conciliar a piração das histórias em quadrinhos com o clima mais real do cinema. Sem contar a participação gratuita de Vanilla Ice. Por outro lado, o terceiro filme é um desastre sem a menor defesa, ainda que também tenha sua boa parcela de fãs.
Mortal Kombat (1995)
Muito antes de lançar sua própria versão de Resident Evil nos cinemas, o diretor britânico Paul W.S. Anderson tentou adaptar outra popular história dos videogames, com Mortal Kombat. Feito para quem jogou os jogos da franquia, o longa tem visuais, cenários e ideias muito fiéis, mas seu charme para por aí.
Além de atuações bem fracas e um uso escabroso de efeitos visuais, que era mal visto até mesmo na época, o filme sofre justamente pela sua fidelidade - o que o impede de tecer uma trama mais sólida e bem amarrada. Cada cena é como um round de batalha com um personagem aleatório, e nenhum deles é suficientemente bem desenvolvido. Pelo menos, o filme não chega no nível da atrocidade que é Mortal Kombat: A Aniquilação, de 1997.
Billy Madison: Um Herdeiro Bobalhão (1995)
Por mais que tenha cultivado um grupo relativamente grande de haters, a verdade é que Adam Sandler foi considerado, durante muito tempo, um dos nomes mais promissores da comédia norte-americana. Atualmente, uma boa parcela de seus filmes é vista com maus olhos - mesmo aqueles que todo mundo ama, como Click, por exemplo.
Billy Madison é um de seus primeiros filmes e, por mais que seja um dos mais divertidos de sua carreira, continua tendo o mesmo humor-vergonha-alheia que o comediante usa até hoje. É difícil aguentar Sandler usando sua voz infantilizada e seus trejeitos idiotas enquanto conversa impropérios com... crianças em uma escola.
Space Jam: O Jogo do Século (1996)
Todos amamos os Looney Tunes. Eles fazem parte da mitologia popular, especialmente de quem cresceu assistindo ao Bom Dia e Companhia no SBT. Os personagens da Warner viraram ícones, rivalizando com os da Disney. Com uma turma composta por Pernalonga, Patolino, Taz, Piu-Piu e Frajola, fazia total sentido misturá-los com basquete e com um dos maiores astros da história, Michael Jordan - ao menos para o estúdio.
Ainda assim, Space Jam é um filme de qualidade pra lá de duvidosa. Os personagens não funcionam bem, já que a animação 2D acaba não fluindo muito bem com o live-action, ao contrário de outros filmes como Uma Cilada Para Roger Rabbit. Mesmo com esses problemas, o filme continua sendo revisitado até hoje (e é bem melhor que sua sequência, diga-se de passagem).
Dr. Dolittle (1998)
No campo da comédia, temos alguns astros que são idolatrados e outros que vivem sendo intensamente criticados. Eddie Murphy fica na linha tênue entre essas duas definições. Apesar de ter feito filmes brilhantes, o ator esteve em muitos projetos de gosto duvidoso. E Dr. Doolittle - e suas inúmeras continuações - são bem representativos disso.
Um clássico da Sessão da Tarde, o filme conta a história de um veterinário que curiosamente consegue conversar com animais. No meio, há uma trama familiar bem corriqueira e diversas piadas sem graça, incluindo clichês como animais no cio e humor escatológico. E mesmo com toda a vergonha alheia, continuamos rindo com toda a franquia.
Olhos Famintos (2001)
O horror é um gênero que conta com várias obras que, apesar de terem uma recepção inicial nada favorável, acabaram sendo "redescobertos" com os anos - o que resulta nas novas perspectivas acerca de obras como Garota Infernal, A Casa de Cera e até mesmo O Iluminado. Infelizmente, não podemos falar o mesmo de Olhos Famintos, que sempre foi ruim e só.
O primeiro filme, um ícone do cinema de horror trash, lançado em 2001, já dá perfeitamente o tom da série. É um filme divertido, onde dois irmãos são perseguidos por uma criatura aterrorizante na estrada. No entanto, o longa é cheio dos mais repetitivos clichês do terror - e as suas histórias de bastidores azedaram ainda mais a concepção do filme, já que seu diretor, Victor Salva, foi condenado pelos crimes de abuso sexual infantil e posse de pornografia com menores de idade, em 1988.
Velozes e Furiosos (2001)
Se, nos últimos anos, a saga Velozes e Furiosos abraçou de vez o humor e o absurdo, muitos podem estranhar ver um comparativo entre o capítulo de origem da saga e os que vieram depois. Lançado em 2001 e com direção de Rob Cohen, o primeiro longa não tem nada das estripulias e surtos que já nos acostumamos a ver em cada novo filme da franquia.
Em vez disso, temos uma história monótona e pouco inspirada sobre rachas e corridas de rua, com personagens menos interessantes que ver grama crescer. Claro que, após o falecimento de Paul Walker, o filme foi reverenciado e ganhou um novo status entre os fãs, mas não deixa de ser incrível que uma saga tão longeva tenha partido de um filme tão "qualquer coisa".
MIB: Homens de Preto 2 (2002)
Se o primeiro MIB - Homens de Preto havia sido um sucesso de público e crítica, o mesmo não se pode dizer a respeito do segundo filme, que adapta uma HQ de sucesso da Malibu Comics. Aqui, vemos Tommy Lee Jones e Will Smith como dois agentes secretos a serviço do governo dos EUA, que são designados para lidar com ameaças alienígenas na Terra.
A continuação trouxe mais personagens e uma história relativamente maior. Infelizmente, isso não foi o suficiente para acobertar a péssima história e o uso horrendo de efeitos visuais precários. Mesmo assim, é um filme cujo sucesso chega até mesmo a ser maior que o do primeiro filme. Atualmente, ele só não ganha o posto de pior da franquia porque tivemos Homens de Preto: Internacional, de 2019.
Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021)
Encerramos essa lista com um caso diferente - afinal, não faz nem cinco anos que Homem-Aranha: Sem Volta para Casa chegou aos cinemas. Mesmo assim, o filme surfou na onda da nostalgia, reunindo Tom Holland com o Homem-Aranha de Tobey Maguire e o de Andrew Garfield, no que era para ser um encontro formidável e essencial.
Ainda assim, o filme deixa a desejar em inúmeros aspectos - a começar pela direção insípida e pouco inspirada de Jon Watts, que faz com que a maior cena de ação, estrelada pelos três Amigões da Vizinhança, seja escura e sem vida. Além disso, o próprio desenvolvimento do Peter Parker de Holland é imediatamente ofuscado e obscurecido quando vemos Garfield e Maguire em tela - protagonistas de filmes e franquias muito melhores do herói.