Se lembra do Homem-Coisa? O Monstro do Pântano da Marvel (que, na real, surgiu um mês antes do personagem da DC Comics) é um dos casos mais interessantes dessa época da Marvel Studios. Não é que a empresa cancelou o projeto: o filme foi produzido, mas ficou tão ruim que foi deserdado pela empresa e ganhou o selo de produção original do Sci Fi Channel (atualmente conhecido como SyFy).

Com o título de O Homem-Coisa: A Natureza do Medo, essa bomba foi dirigida por Brett Leonard (Feed - Fome Assassina) e saiu em 2007, com Conan Stevens (o primeiro intérprete do Montanha em Game of Thrones) como a criatura titular. O longa foi feito com orçamento de US$30 milhões, teve produção de Avi Arad, presidente da Marvel Studios na época, e até juntou US$1 milhão nos cinemas fora dos EUA onde foi exibido. Não se fala nesse filme, e nem no Homem-Coisa, desde então.

Partindo agora para os filmes que realmente nunca saíram do papel, Namor é uma produção que a Marvel tenta tirar do papel há algumas boas décadas.

O primeiro projeto envolvendo o Príncipe Submarino foi colocado em desenvolvimento em 1997, e seria dirigido por Philip Kaufman, o roteirista de Caçadores da Arca Perdida e diretor de Invasores de Corpos. Não deu em nada. Aí, surgiu uma oportunidade de um filme escrito por Randall Frakes, de O Inferno Chega a Frogtown. Não deu em nada. Aí, em 2001, a Universal Pictures tentou um filme escrito por David Self, de Estrada para Perdição. Não deu em nada. E então, em 2004, o projeto foi retomado e teria a direção de Chris Columbus, de Esqueceram de Mim e Harry Potter e a Pedra Filosofal. Adivinha? Não deu em nada.

A última tentativa foi em 2006, pouco depois que Columbus saiu da cadeira de diretor, quando o posto foi ocupado por Jonathan Mostow, de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas. Também não foi dessa vez que o filme do Namor saiu da gaveta, mas ainda há esperanças: há fortes rumores de que o Príncipe Submarino dará as caras em Pantera Negra 2. Se isso se comprovará, só o tempo dirá.

É difícil imaginar Nick Fury que não seja Samuel L. Jackson, mas anos antes da estreia do personagem no MCU, a Marvel planejava um filme-solo para o personagem. A trama seria baseada na HQ Nick Fury: Agente da S.H.I.E.L.D., e teria roteiro por Andrew W. Marlowe, de O Homem Sem Sombra.

Isso tudo foi em 2006, dois anos antes de Nick Fury dar as caras em Homem de Ferro. Tentando manter o seu emprego, Marlowe afirmou que seu roteiro poderia facilmente ser atualizado para refletir a versão de Samuel L. Jackson do personagem, mas a Marvel Studios preferiu não seguir com o projeto. É só na vindoura série Invasão Secreta, do Disney+, que veremos o personagem ganhando os holofotes.

Antes de virar o Batman, Ben Affleck deu vida ao protagonista de Demolidor - O Homem Sem Medo em 2003. O longa pode ter sido mal visto pela crítica, mas fez bonito na bilheteria. O sucesso subiu a cabeça da Marvel Studios, que encomendou um derivado focado na Elektra de Jennifer Garner, e uma continuação.

Só o primeiro projeto saiu do papel - e se tornou um dos filmes de herói com pior recepção da história. Assim que o derivado fracassou, a Marvel já cancelou a continuação de Demolidor, e o personagem só voltaria a dar as caras com uma série de TV na Netflix em 2015, em que foi vivido por Charlie Cox.

A Marvel Studios dos anos 2000 ainda não pensava em universo compartilhados, mas já gostava da ideia de derivados. Antes mesmo da estreia do primeiro filme do Quarteto Fantástico, a empresa já havia colocado em desenvolvimento um longa focado no Surfista Prateado.

O projeto teve um pouco mais de atividade nos anos 90, quando teria um filme dirigido por Geoffrey Wright (Medo em Cherry Falls), mas que - adivinha - acabou não dando certo. Já nos anos 2000, a ideia era fazer um filme em que Ewan McGregor (Star Wars) interpretaria o protagonista, e que teria Steven Berkoff (A Laranja Mecânica) como Galactus, o Devorador de Mundos.

O filme ficou preso no limbo de desenvolvimento por alguns anos, por conta do alto custo de contratar Ewan McGregor no auge de sua popularidade para interpretar um personagem majoritariamente de CGI. A ideia foi descartada, e em 2007 o personagem se tornou o vilão do segundo filme do Quarteto Fantástico, onde foi interpretado por Doug Jones. O longa foi considerado um fracasso, e marcou o fim da saga da família nas telonas até um reboot em 2015.

Deathlok, anti-herói das HQ, quase chegou às telonas, mas também foi vítima do limbo de desenvolvimento. Randall Frakes, que também escrevia o roteiro de Namor, foi escalado para o projeto ainda na década de 90. O filme nunca foi para a frente, mas o Deathlok teve uma espécie de redenção quando deu as caras em Agents of SHIELD, em que foi interpretado por J. August Richards logo no piloto do seriado.

Qual destes filmes você gostaria que tivesse se tornado realidade? Deixe nos comentários abaixo!