Quem acredita que a comédia não tem valor político certamente desconhece a obra de Charlie Chaplin. O ator sempre trouxe várias sátiras e críticas ferrenhas em seus filmes, e não há exemplo melhor que O Grande Ditador, o longa de 1940 que chegou a ser banido na Alemanha Nazista.

No filme, Chaplin satiriza Adolf Hitler através do ditador Adenoid Hynkel. Mesmo com o típico humor físico e as piadas clássicas de Charlie Chaplin, o filme também traz gloriosos discursos sobre a liberdade e a esperança, e como devemos nos portar em frente aos que ameaçam a democracia.

Quem não conhece a história de A Noviça Rebelde pode até achar que o filme é apenas um musical clássico sobre uma freira nada convencional. Contudo, o filme apresenta vários elementos antifascistas, já que sua trama se passa justamente durante a ascensão do Partido Nazista na Europa.

A primeira parte do longa é um musical clássico, mas a segunda parte mostra uma família fazendo de tudo para se livrar das amarras de um governo opressor, enquanto fogem para um lugar melhor. Apesar de simples, é um filme que contextualiza como o fascismo afeta a vida de todos.

O filme está disponível no Disney+.

Muitos filmes usam alegorias fantásticas para tratar de assuntos mais que reais. Na fantasia, podemos ver muito disso - e várias franquias lidam, direta ou indiretamente, com regimes fascistas, como Harry Potter, O Senhor dos Anéis, Jogos Vorazes e, é claro, Star Wars.

No universo criado por George Lucas, fica bem claro que o Império Galáctico é uma metáfora explícita às ditaduras fascistas. E se o primeiro filme lançado, Uma Nova Esperança, mostra o impacto disso em uma sociedade, a franquia como um todo mostra a ascensão e a queda desse governo autoritário.

O filme está disponível no Disney+.

A arte carrega algumas interseções bem peculiares, e um exemplo perfeito disso é Pink Floyd: The Wall, o filme que dramatiza o álbum homônimo do Pink Floyd, lançado em 1979. Aqui, vemos momentos musicais intercalados com uma história sobre como o nazismo é destrutivo para vidas, famílias e sociedades.

Além disso, há toda uma carga subversiva colocada nas sequências que se passam em um internato, que por sua vez representa outro tipo de sociedade totalitária. Um bom exemplo está na sequência ao som de um dos maiores clássicos da banda, Another Brick in the Wall.

Quem acompanha os protestos recentes pode até pensar que o ressurgimento do fascismo é algo novo. Contudo, há décadas podemos ver grupos neonazistas se formando ao redor do mundo, trazendo ideais absurdos e perigosos. A Outra História Americana é um filme que mostra as consequências disso.

O filme traz Edward Norton em uma das melhores atuações de sua carreira, como um homem neonazista que passa por toda uma jornada de redenção após ser preso. Contudo, o filme escancara uma realidade bem mais perversa, que mostra como as garras do fascismo só geram violência e morte por todos os lados.

Alan Moore sempre foi um autor com ideias anarquistas que nunca se curvou ao nazifascismo. Suas melhores obras, como V de Vingança e Watchmen, trouxeram críticas vorazes aos sistemas totalitários. O autor pode até não gostar das adaptações de suas obras, mas algumas transportam isso bem para as telas.

Esse é o caso de V de Vingança, o filme produzido pelas Irmãs Wachowski e que acabou se tornando um símbolo de movimentos e protestos globais. No longa, o misterioso V combate um regime que despreza a democracia, as minorias e priva a imprensa, enquanto tortura e silencia quem se manifesta contra.

O filme está disponível no Globoplay e no HBO Max.

Quem conhece o trabalho de Guillermo Del Toro sabe que o diretor mexicano gosta de intercalar a fantasia com questões extremamente políticas do mundo real, criando filmes que, apesar do teor fantástico, trazem reflexões complexas sobre o mundo em que vivemos. O Labirinto do Fauno é a prova disso.

O filme se passa na década de 40, durante a ditadura de Francisco Franco, um general que recebeu o apoio da Itália Fascista de Mussolini. E enquanto a jovem Ofelia precisa lidar com as missões delegadas por um ser fantástico, a garota também precisa resistir a uma realidade muito mais cruel e sombria.

Refilmagem de um longa norte-americano de 1981, a nova versão de A Onda é muito utilizado quando falamos sobre o que leva as pessoas a se curvarem a um regime fascista. A trama do filme é baseada em um experimento social real feita em uma escola norte-americana nos anos 60.

A partir daí, o filme tece várias críticas sociais, explorando as razões e as características de uma sociedade fascista, ainda que a história comece em um "ambiente controlado". É um filme para mostrar de que forma temos que nos precaver com discursos autoritários e ideais antidemocráticos.

Quentin Tarantino tem uma grande fama de usar seus filmes para provocar algumas "mudanças no curso da história". Um bom exemplo disso está em Bastardos Inglórios, um longa que mostra uma queda bem diferente para o regime nazista e suas lideranças.

No longa - que é estrelado por um elenco singular, composto por Brad Pitt, Eli Roth, Mélanie Laurent, Christoph Waltz e Michael Fassbender, entre outros -, vemos dois planos diferentes para abalar as lideranças da Alemanha Nazista. O resultado é um banho de sangue que coloca a escória fascista no lugar que merece.

O filme está disponível na Amazon Prime Video.

Na Marvel Comics, não há um herói que represente um desafio maior ao nazifascismo que o Capitão América - que foi criado justamente para servir como propaganda para conscientizar jovens sobre os perigos do regime nazista na Alemanha. Seu primeiro filme no MCU mostra toda a luta e o conflito de ideais.

De um lado, temos o Sentinela da Liberdade, enquanto do outro, vemos o Caveira Vermelha e a HIDRA espalhando sua sombra perigosa pelo mundo, convencidos em seus planos de dominação a partir da destruição completa de sues inimigos e a imposição de uma ordem nazista.

O filme está disponível no Disney+.