Desde que Creed III chegou ao cinema, não é segredo para ninguém que Michael B. Jordan é um grande fã de anime e adora usar elementos de animes shounen em suas produções. Dragon Ball Z é um dos animes que mais o inspiram, já tendo sido referência para a criação do traje de seu personagem - e antagonista - em Pantera Negra, que se assemelhava bastante ao utilizado por Vegeta.

Então, não deve espantar muitas pessoas o fato de que Dragon Ball influenciou diretamente o primeiro trabalho de Jordan como diretor em Creed III. As referências estão espalhadas ao longo do filme, seja em forma de closes nos olhos brilhantes dos personagens, desfoques durante os ataques para dar a intensidade de uma velocidade sobre humana, além de um soco trocado entre os personagens de Adonis Creed e Damian, exatamente igual ao de Goku e Vegeta!

Mas não é apenas Dragon Ball que inspira o ator e diretor, ele já citou outras influências como Megalobox, Naruto e My Hero Academia.

Assim que Não, Não Olhe! estreou nos cinemas ao redor do mundo, os grandes fãs de anime notaram uma grande semelhança entre o ser sobrenatural que aparece no terror de Jordan Peele e uma obra muito famosa dentro e fora do Japão: Neon Genesis Evangelion.

O design do ser alienígena é completamente diferente do padrão que estamos acostumados quando o assunto são aliens e Peele revelou que se inspirou nos anjos de Neon Genesis Evangelion para criar o aspecto físico desses seres. De acordo com Jordan: “Os anjos Evangelion são baseados nos anjos bíblicos. Eu não queria ser meio literal que Jean Jacket ou essa espécie de Nimbus ocular é um anjo, mas acho que há algo sobre onde a evolução e o design colidem que deixa portas abertas que podem ou não ser respondidas no futuro.”

A própria produção do filme descreve o monstro alienígena chamado Jean Jacket usando Evangelion de exemplo, devido ao design biomecânico das criaturas do anime.

O Exterminador do Futuro 2: Dia do Julgamento é uma das obras do cinema mais memoráveis de James Cameron e estabeleceu novos padrões para os efeitos CGI, que hoje em dia são bastante comuns em grandes produções.

O roteiro não se inspira em um anime de fato, mas o filme tem uma sequência de cena que claramente foi retirada do grande sucesso do cinema japonês: Akira.

O filme Akira começa com a destruição de Tóquio no que aparenta ser uma explosão nuclear e, no projeto de James Cameron, também há uma sequência em que temos a explosão de uma bomba nuclear em que ele claramente usou a cena de Akira para realizar seu filme. Tanto o posicionamento de câmera, o design dos prédios, o efeito de explosão… Tudo é muito similar a cena de abertura de Akira!

A Origem é um filme focado em uma tecnologia que permite que alguém invada os sonhos de outras pessoas e, uma vez dentro desse sonho, eles podem manipular quem está sonhando, conseguindo até mesmo mudar a opinião dessas pessoas ou qualquer outra coisa. O que temos é um show de cenas onde personagens se aprofundam cada vez mais em sonhos e camadas profundas do subconsciente humano.

Uma das cenas mais marcantes do longa temos dois personagens brigando em um corredor giratório cheio de efeitos visuais que marcaram o cinema. Acontece que, grande parte dessa trama, foi inspirada no filme de anime chamado Paprika e o próprio diretor - Christopher Nolan - confirmou.

Os dois filmes utilizam a tecnologia como uma ferramenta para viajar nos sonhos alheios e a cena citada acima, que acontece em um corredor, foi claramente retirada de Paprika.

"Requiem para um Sonho” é um filme que fala sobre o vício e a forma como quatro pessoas lidam com as substâncias ilícitas, assim como a forma como essas drogas alteram suas identidades (seja de forma física ou emocional). Acontece que esse filme se inspira muito no longa de anime chamado Perfect Blue, seja em suas cenas ou no próprio conceito da realidade sendo lentamente confundida entre loucura e sanidade, até chegar a um fim catastrófico.

Além disso, o visual do live-action não é só inspirado em Perfect Blue, mas o filme traz uma cena idêntica a animação, frame por frame. Além de ser uma homenagem clara ao anime, também encaixa perfeitamente com a narrativa da personagem em questão. Mas isso só foi possível porque o diretor simplesmente comprou os direitos de Perfect Blue com esse único objetivo.

“Tudo em todos os lugares ao mesmo tempo” é um dos novos queridinhos de Hollywood e conquistou o público com uma história que acompanha a dona de uma lavanderia que está afastada de sua filha. Ao enfrentar inúmeras burocracias, as quais tenta fugir a todo custo, Evelyn (dona da lavanderia) acaba em um conflito multiversal e desbloqueia uma capacidade inata de explorar toda e qualquer versão de si mesma.

Esse é um daqueles filmes que sabem explorar muito bem diversas referências da cultura pop, mas uma em especial é o anime Mind Game. Em uma entrevista, Daniel Kwan falou abertamente sobre como o filme de anime influenciou seu novo trabalho. Ele disse:

“Não se sustenta totalmente, mas é selvagem, apenas no final, louco. A última meia hora daquele filme mexeu muito comigo. E não há uma única linha de diálogo. É apenas o caos. Eu estava tipo, se eu pudesse fazer isso em ação live-action, ficaria muito feliz. É apenas uma cena em que as pessoas estão tentando escapar de uma baleia. É simplesmente incrível, apenas edição e animação virtuosa, e você fica tipo, o que é a vida??? Termina totalmente e, antes dos créditos, há apenas uma montagem completa de cinco minutos de apenas imagens aleatórias da vida existente, e você não conhece nenhum dos personagens ou reconhece alguns deles. Torna-se um limpador de paladar antes de você sair para o mundo.”

Se você é um fã de Kill Bill, de Quentin Tarantino, deve saber que o primeiro filme possui uma sequência animada e estendida que relata o início da vida de O-Ren Ishii. Essa animação é dirigida por Kazuto Nakazawa e foi produzida pelo mesmo estúdio de Blood: The Last Vampire e Ghost in the Shell, o Production IG.

Essa sequência se inspirou em dois animes, são eles: Golgo 13: The Professional e Wicked City. Tarantino falou sobre essa sequência em formato de anime: “Estou falando de cenas que são algumas das melhores cenas do filme, mas nesse ritmo difícil em que você está tentando contar apenas uma história, isso teria que acontecer. Mas para mim, isso é o que o filme foi, são esses pequenos desvios e essas pequenas notas graciosas.”

Perfect Blue é um filme do gênero anime muito popular dentro e fora do Japão, não é à toa que Darren Aronofsky é assumidamente apaixonado por essa produção e isso reflete em algumas de suas obras.

Cisne Negro é, provavelmente, seu filme inspirado em Perfect Blue mais famoso. Em ambos o domínio da protagonista sobre a realidade e sua sanidade mental começam a desaparecer à medida em que suas carreiras profissionais passam por mudanças e geram muita pressão, seja psicológica, emocional ou até mesmo física.

Em Perfect Blue a protagonista é uma atriz, ex-cantora de uma girl band e em Cisne Negro a protagonista é uma bailarina. Para trazer ainda mais a essência da animação para suas produções, Aronofsky adquiriu os direitos de Perfect Blue e passou a usar partes do filme em seu trabalho com homenagens bem claras à obra.

Matrix é um filme icônico que marcou a história do cinema e até hoje é referenciado em muitas obras atuais, mas o que poucos sabem é que parte do sucesso se dá a inspiração retirada de um anime!

Matrix se trata de uma história que envolve o controle humano por meio da integração entre construções orgânicas e digitais, onde Neo descobre que esteve dentro da Matrix a sua vida toda. Quando se liberta dela, ele a usa como arma contra seus inimigos ao se conectar de forma a ela de ilegal.

Isso te lembra algo, fã de anime? Ghost in the Shell é um filme (e mangá) de Motoko Kusanagi onde uma ciborgue é designada a investigar o “The Puppet Master”, um hacker capaz de assumir o controle de ciborgues para realizar mudanças na política e sociedade em geral. Matrix utilizou muitas cenas de luta do anime e apresenta diversos elementos de Ghost in the Shell em seu enredo.