Os Novos Mutantes é um dos casos mais curiosos dessa lista. Quando o filme foi anunciado, muitos fãs ficaram empolgados pela possibilidade de ver heróis da Marvel em uma história de horror. Depois, a produção sofreu uma série significativa de adiamentos, e quando o filme finalmente saiu em 2020, só se falava em outra coisa.

Dirigido por Josh Boone e protagonizado por um elenco cheio de nomes famosos, como Maisie Williams, Anya Taylor-Joy e Alice Braga, o filme foi logo deixado de lado por parecer um produto incompleto, que não trazia metade dos elementos prometidos na campanha promocional. Ainda assim, ele possui seus pontos fortes e é uma bela homenagem para o terceiro filme da saga A Hora do Pesadelo.

Muitos podem se lembrar de Motoqueiro Fantasma, filme de 2007 que trouxe Nicolas Cage no papel do anti-herói infernal da Marvel Comics. Entretanto, o que poucos sabem é que o filme teve uma espécie de sequência em 2012, chamado Motoqueiro Fantasma: Espírito da Vingança, com Cage mais uma vez reprisando o papel de Johnny Blaze.

Dirigido pela dupla Mark Neveldine e Brian Taylor, o filme aposta em uma ação frenética e sem tempo para muita enrolação - e apesar de contar com Cage no papel principal, há pouquíssimas referências ao filme de 2007, soando quase como um reboot da franquia. Com orçamento de US$ 57 milhões, o filme fez uma bilheteria moderada, mas foi massacrado pela crítica especializada.

Durante anos, a DC Comics tentou construir um universo solidificado que reunisse todos os seus personagens, de forma parecida com o que a Marvel havia feito após Homem de Ferro. Porém, vez ou outra, surgia algum filme sobre um personagem obscuro, que era feito com baixo orçamento e logo caía no esquecimento coletivo.

Jonah Hex: Caçador de Recompensas foi um desses casos. Estrelado por Josh Brolin, Megan Fox e Michael Fassbender, o filme trazia um herói conhecido pelas histórias de faroeste da editora, mas não conseguiu laçar um público para as salas de cinema - tanto que fez apenas US$ 11 milhões nas bilheterias, contra um orçamento de US$ 47 milhões.

Muitos devem conhecer o Monstro do Pântano da DC Comics, mas na Marvel, também temos um herói pantanoso - que já até ganhou um filme. Em 2005, a Lionsgate lançou O Homem-Coisa: A Natureza do Medo, filme de baixíssimo orçamento que tentava trazer o personagem para uma história de horror, ainda que as HQs do Homem-Coisa sempre o retratassem como um ser bondoso e carismático.

Dirigido por Brett Leonard, o filme faz várias mudanças nas histórias do personagem e apresenta o Homem-Coisa como um antagonista visceral e muito violento, que já aparece destroçando um casal "fazendo amor" em uma canoa. O filme foi tão fracassado em seu lançamento que muitos nem sequer sabiam que o personagem já tinha sido adaptando muito antes de aparecer em Lobisomem na Noite, do MCU.

Uma década antes de Samuel L. Jackson dar as caras como Nick Fury na cena pós-créditos de Homem de Ferro, o diretor da S.H.I.E.L.D. teve seu próprio filme solo, lançado diretamente para a televisão. Na verdade, o projeto seria um "piloto" para uma série do agente secreto - mas essa ideia nunca se concretizou.

Estrelado por ninguém menos que David Hasselhoff (de Baywatch), aqui vemos o espião sendo encarregado de destruir a HIDRA, que planeja usar uma arma química para atacar a ilha de Manhattan. O "filme" também conta com a presença de algumas figuras conhecidas graças ao MCU, como por exemplo a Condessa Valentina Allegra de Fontaine.

Nos anos 90, era extremamente comum ver astros do basquete migrando das quadras para as telas de cinema, e não há prova melhor disso que o clássico Space Jam. No entanto, quando Shaquille O'Neal (também conhecido apenas como Shaq) decidiu provar seu valor na sétima arte, tivemos um filme altamente questionável, chamado Aço.

Inspirado em um personagem da DC Comics que sempre serviu como um coadjuvante das histórias do Superman, o longa tenta transformá-lo no protagonista de sua própria história, com menos referências ao Homem de Aço e uma trama própria... mas não deu certo: o filme foi condenado pela crítica pela sua produção meia-boca e trama superficial.

Se você é do time que acha que a Fox "destruiu a imagem dos X-Men nos cinemas", provavelmente nunca deve ter ouvido falar de Geração X, que foi produzido pela própria Marvel Studios (na época em que era chamada de Marvel Films e o MCU nem sonhava em existir), e que é baseado em um grupo menos conhecido de heróis mutantes.

O filme - que, na verdade, era um piloto de uma série de TV que nunca foi para frente - até trazia alguns mutantes conhecidos dos fãs, como Emma Frost, Banshee e Jubileu, mas tudo com uma roupagem muito barata e efeitos que pareciam ter saído direto de um episódio de Goosebumps. No entanto, se você cresceu vendo a Sessão da Tarde, até deve se lembrar dessa bomba.

Muitos anos antes de Thomas Jane, Ray Stevenson e Jon Bernthal se transformarem em Frank Castle na TV e no cinema, um grande astro de ação já havia vivido o anti-herói da Marvel: Dolph Lundgren foi o astro de O Justiceiro, longa de 1989 que é vagamente inspirado no caçador de bandidos da Casa das Ideias.

O elenco até traz nomes interessantes, como Louis Gossett Jr. e Jeroen Krabbé, mas se afasta muitos dos signos e elementos que deixaram Frank Castle famoso nas HQs, tanto que ele sequer usa sua icônica camisa com a caveira branca. Em vez disso, ele tem uma faca com uma caveira, mas é visto lutando contra a Yakuza várias vezes.

Você provavelmente já deve ter visto um pato falante beberrão andando por aí em algum dos filmes dos Guardiões da Galáxia, não é mesmo? Pois saiba que o nome dele é Howard e ele protagonizou seu próprio filme em 1986, em uma das produções mais absurdas da história do cinema, que conta até com uma cena de bestialidade...

Sim, Howard, o Super-Herói conta a história desse pato antropomórfico que vive em um mundo repleto de seres como ele, patos antropomórficos. Um dia, ele acaba sendo mandado para a Terra, onde se apaixona por uma mulher humana... e o mais surpreendente de tudo isso é que o filme teve dedo da própria Lucasfilm, a produtora por trás de Star Wars e Indiana Jones.

No auge da popularidade do Superman de Christopher Reeve, a DC Comics pensou que seria uma excelente hora para introduzir a Supergirl nos cinemas, através de um filme solo protagonizado por Helen Slater. No entanto, o projeto foi um fracasso crítico e comercial, enterrando durante anos a reputação da Garota de Aço.

Embora seja situada no mesmo universo que os filmes clássicos do Superman, Supergirl não funciona bem como spin-off, já que a única conexão se dá através do Jimmy Olsen de Marc McClure. Ainda assim, é um baita filme se você considerar que a vilã é ninguém menos que Faye Dunaway, atriz de clássicos como Bonnie e Clyde e Os Olhos de Laura Mars.

Antes mesmo que o personagem pantanoso da DC Comics ganhasse uma série de curta vida no falecido DC Universe, ele já aterrorizava nos cinemas em 1982, graças ao lançamento de O Monstro do Pântano, filme que narrava sua origem e sua paixão por Alice Cable, todo criado com efeitos práticos bem datados, até mesmo para a época.

E não fique triste se você não se lembrava desse filme. Na verdade, ele é bem esquecível mesmo... exceto por um detalhe dos bastidores: o diretor do longa foi ninguém menos que Wes Craven, o cineasta responsável por criar duas das maiores franquias do horror: Pânico e A Hora do Pesadelo. Contudo, ele mesmo renegava o projeto, considerando-o um filme ruim.

Na década de 80, a Marvel estava tentando construir laços com os fãs do Japão, e isso levou à criação de dois filmes animados com personagens mais ligados ao lado do terror da editora. Enquanto o Monstro de Frankenstein teve uma adaptação muito próxima ao livro de Mary Shelley, nós também vimos o Rei dos Vampiros em uma história muito sombria.

Na trama, que segue fielmente os quadrinhos de A Tumba do Drácula, seguimos o vampiro enquanto ele assume o controle de um culto satanista e engravida uma de suas seguidoras, tudo em uma narrativa frenética e cheia de detalhes grotescos. O anime foi lançado direto na televisão e, durante anos a fio, foi completamente ignorado pelos fãs.