7 filmes que fracassaram na bilheteria e faliram seus estúdios
7 filmes que fracassaram na bilheteria e faliram seus estúdios
Os filmes afundaram não só as bilheterias, mas também suas próprias produtoras!
Quando falamos de Hollywood, temos que lembrar que, no fundo, tudo é uma indústria. O sucesso de um filme não é definido necessariamente por sua recepção crítica, mas sim pela quantidade de dinheiro recuperada pelos estúdios nas bilheterias – algo que sempre pode trazer alguns riscos, especialmente em apostas de grandes orçamentos.
Em alguns casos, um filme sai caro e acaba nem se pagando – e vimos vários exemplos um tanto quanto recentes disso, como The Flash, Indiana Jones e a Relíquia do Destino e até mesmo As Marvels. Porém, esses são casos leves, comparado a quando os filmes vão tão mal na bilheteria que afundam suas próprias produtoras. Aqui, reunimos 7 filmes que fracassaram comercialmente e faliram seus estúdios!
A Felicidade Não se Compra (1946)
Um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos, A Felicidade Não se Compra não foi bem o que podemos chamar de sucesso de bilheteria, mesmo para a época de seu lançamento. Isso porque a obra teria custado em torno de US$ 3,18 milhões para ser produzido, arrecadando apenas US$ 3,3 milhões, míseros 120 mil dólares a mais que seu orçamento.
Apesar de ter sido um filme muito prestigiado, indicado a cinco Oscars, o longa acabou representando a derrocada final da Liberty Pictures, que para recuperar suas perdas financeiras, teve que aceitar uma oferta de aquisição pela Paramount Pictures. Felizmente, hoje o filme é lembrado como um baita clássico da Sétima Arte.
Portal do Paraíso (1980)
Na década de 80, os westerns já não estavam mais em destaque, e por isso a ideia de Michael Cimino soou tão arriscada já à primeira vista. Portal do Paraíso conta a história de disputa territorial entre imigrantes europeus e latifundiários no estado do Wyoming. Além disso, o longa trazia no elenco nomes como Christopher Walken, Jeff Bridges, Isabelle Huppert e Brad Dourif.
Infelizmente, o projeto foi uma bagunça, com muitas refilmagens e um custo de produção seis vezes maior do que originalmente previsto. Com orçamento estipulado de US$ 44 milhões, o filme acabou rendendo apenas US$ 3,5 milhões nas bilheterias, falindo a United Artists, que logo foi comprada pela MGM.
Superman IV: Em Busca de Paz (1987)
O que começou como um sonho para os fãs da DC Comics acabou, pouco a pouco, se transformando em um pesadelo. Após dois filmes muito elogiados e um terceiro "controverso", a franquia do Superman protagonizada por Christopher Reeve acabou sendo vendida para a Cannon Group, que decidiu investir tudo em um quarto filme do herói.
No entanto, o "tudo" do estúdio não equivalia ao peso do personagem. Com um orçamento de apenas US$ 17 milhões, Superman IV: Em Busca de Paz foi massacrado pela crítica e pelos fãs, e mesmo tendo arrecadado em torno de US$ 36 milhões nas bilheterias, não foi o bastante para salvar a Cannon Group, que finalizou suas atividades após uma longa tentativa de recuperação judicial.
Looney Tunes: De Volta à Ação (2003)
A Warner Bros. tem um longo histórico com os Looney Tunes, e após a bilheteria surpreendente de Space Jam: O Jogo do Século, logo veio a ideia de fazer um novo filme híbrido entre animação e live-action, com os clássicos personagens animados tomando vida no mundo real. Assim, nascia Looney Tunes: De Volta à Ação.
Com nomes relativamente grandes no elenco, como Brendan Fraser, Steve Martin e Jenna Elfman, o filme acabou sofrendo pela falta de interesse do público em animações do tipo na época, e acabou fazendo apenas US$ 68,5 milhões nas bilheterias, em contraste com seu orçamento de US$ 80 milhões. Como resultado, a Warner Bros. Feature Animation foi fechada.
A Bússola de Ouro (2007)
Os anos 2000 foram tomados por diversas sagas de fantasia - em sua maioria, adaptações literárias. O sucesso de O Senhor dos Anéis, Harry Potter e As Crônicas de Nárnia fez com que cada estúdio corresse atrás de sua própria franquia, e foi nessa que a New Line Cinema, após o fim da trilogia original da Terra-Média, decidiu adaptar as Fronteiras do Universo.
Tomando como base o primeiro livro de Philip Pullman, surgiu no cinema A Bússola de Ouro. O longa custou US$ 180 milhões e conquistou o impressionante valor de US$ 372 milhões nas bilheterias mundiais. Porém, a New Line havia vendido os direitos de exibição internacional do filme, e já que apenas US$ 70 milhões vieram das bilheterias americanas, a produtora se viu forçada a se vender para a Warner Bros.
Astro Boy (2009)
Criada em Hong Kong, a Imagi Animation Studios chegou na indústria com os dois pés na porta em 2007, com o lançamento de As Tartarugas Ninja: O Retorno. Após um retorno significativo na bilheteria, a produtora se dedicou ao seu próximo projeto, uma adaptação do Astro Boy para um público mais global.
Com direção de David Bowers, o filme contou com um elenco de vozes estelar, composto por Freddie Highmore, Charlize Theron, Nicolas Cage e Kristen Bell. Ainda assim, as críticas medianas e a bilheteria de US$ 42 milhões (em contraste com o orçamento de US$ 65 milhões) foram o suficiente para fazer a Imagi fechar as portas.
Marte Precisa de Mães (2011)
Existe uma regra pouco comentada em Hollywood: se você for fazer um filme de alienígenas, evite a todo custo ligá-lo ao planeta Marte. Isso se deve ao fato de que várias produções associadas ao planeta - vide Marte Ataca!, John Carter: Entre Dois Mundos e Planeta Vermelho - foram fracassos de bilheteria. E não foi diferente com Marte Precisa de Mães.
Lançado em 2011, o longa foi dirigido por Simon Wells e teve produção da ImageMovers, companhia fundada por Robert Zemeckis em parceria com a Walt Disney Company. Com orçamento de US$ 150 milhões, o filme fez apenas US$ 39 milhões nas bilheterias, pondo um fim ao ramo de animação digital da empresa de Zemeckis.