Por trás das câmeras: 10 filmes famosos cercados de polêmicas nos bastidores

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Por trás das câmeras: 10 filmes famosos cercados de polêmicas nos bastidores

Por Junno Sena

Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Zack Snyder, Olivia Wilde. Alguns diretores, atores, roteiristas e produtores marcaram a indústria do cinema, para o bem ou para o mal. Com clássicos invictos ou marcos culturais, alguns filmes são lembrados pela qualidade, outros por suas polêmicas.

Desde brigas entre diretor e elenco até demissão, fofoca, traição, intimidação, abuso e morte, separamos nesta lista filmes que foram alvo de controvérsias contadas até hoje com tom de surpresa. Prepare-se para descobrir os segredos obscuros por trás das câmeras desses filmes incríveis. Confira!

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O Que Terá Acontecido a Baby Jane?

O Que Terá Acontecido a Baby Jane? é um clássico do cinema, lembrado não apenas por sua história, mas também pelas diversas polêmicas ao redor da produção. Protagonizado por Bette Davis e Joan Crawford, a história segue uma ex-atriz infantil que antagoniza sua irmã, a grande estrela de cinema.

O único problema é que a rivalidade de Davis e Crawford ia para além das telas. Além dos boatos de que Crawford estava apaixonada por Davis — que Davis alegou ser verdade —, houve diversas notícias de casos de violência física entre as atrizes no set. Além de um leve conflito por conta da indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Davis e nenhuma indicação para Crawford.

A falta de uma nomeação irritou tanto Crawford que a atriz se colocou à disposição de aceitar o prêmio em nome de quaisquer outros indicados que não poderiam comparecer à cerimônia. Para sua felicidade, Anne Bancroft ganhou o Oscar, mas não compareceu, o que colocou Crawford no palco e nas fotos dos ganhadores.

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Liga da Justiça (2017)

O filme que culminou no encontro dos heróis do universo de Zack Snyder sofreu com diversas polêmicas. Além da substituição de Zack Snyder por Joss Whedon no meio do andamento do filme, o novo diretor foi acusado de ter um comportamento abusivo no set de filmagens. Posteriormente, Whedon relatou que não fez nada, deixando claro que nunca havia “trabalhado com um grupo tão rude de atores”.

Outras polêmicas envolveram uma acusação de racismo contra os produtores do filme feita por Ray Fisher, a decisão questionável de remover o bigode de Henry Cavill, as críticas negativas do filme e o pedido do público por um #SnyderCut.

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Branca de Neve e o Caçador (2012)

Branca de Neve e o Caçador é uma daquelas produções esquecidas quando se trata de sua história, mas lembrada por suas polêmicas. A principal envolvendo um caso de traição entre o diretor Rupert Sanders e a atriz Kristen Stewart. Na época, Sanders era casado com a modelo Liberty Ross, enquanto Stewart estava em uma relação com a co-estrela da saga Crepúsculo, Robert Pattinson.

Com uma proposta de reinventar o conto da Branca de Neve, o lançamento do filme estava indo bem, até que a US Weekly publicou imagens de Sanders e Stewart juntos. As imagens causaram um efeito cascata que destruiu o relacionamento de Stewart e Pattinson, causou o divórcio de Ross e Sanders e engavetou uma possível sequência para o filme.

O saldo positivo da polêmica ficou para Chris Hemsworth que, apesar do cancelamento de um segundo filme, pode protagonizar uma história solo com seu personagem, o Caçador.

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The Room (2003)

As polêmicas ao redor de The Room causaram tanto o fracasso do filme quanto o seu sucesso. Conhecido como o “pior filme de todos os tempos”, o mesmo foi produzido, dirigido, escrito e protagonizado por Tommy Wiseau. O problema é que sua execução em todas essas áreas deixou a desejar.

O filme faturou apenas 1.800 dólares em comparação a um investimento de 6 milhões. Isso nem ao menos garantiu que erros de câmera, foco, som e roteiro fossem evitados. Ironicamente, todos os seus problemas o transformaram em um clássico cult. Em 2017, por exemplo, James Franco estrelou Artista do Desastre, onde interpretava Wiseau e recontava a sua empreitada em realizar o filme.

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O Iluminado (1980)

A primeira polêmica ao redor de O Iluminado que é lembrada pelo público é como Stephen King odeia o filme, porém, existe muito mais por debaixo disso. O diretor Stanley Kubrick teve dificuldades em dirigir a jovem atriz Shelley Duvall, que relatou anos mais tarde a experiência traumática que teve durante as filmagens.

Duvall comentou que tinha frequentes discussões com o diretor, que ele a tratava aos gritos e grosserias. Chegou a obrigá-la a filmar uma mesma cena 127 vezes. Ao fim das filmagens, a atriz arrancou o cabelo, estava com o nariz sangrando e com ódio do diretor.

Além dos danos psicológicos sofridos por Shelley, Jack Nicholson ainda comentou que o roteiro constantemente mudava, com alterações que aconteciam várias vezes no mesmo dia, dificultando seu processo.

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Holocausto Canibal

Com apenas uma hora e trinta e oito minutos de filme, Holocausto Canibal fez com que acreditassem que o elenco do filme havia morrido de verdade durante as filmagens. Nele, seguimos um grupo de documentaristas que são atacados por indígenas canibais. Com seu estilo found footage, subgênero do terror que mostra falsas gravações perdidas, o diretor Ruggero Deodato precisou provar que sua equipe estava sã e salva.

Tudo isso porque Deodato apresenta diversas sequências viscerais de morte, tortura, maus tratos, estupro e canibalismo. Nenhuma das ocorrências com o elenco foram reais, porém o diretor matou diversos animais em cena, incluindo um macaco que foi decapitado. O filme ainda ficou conhecido por trazer uma abordagem racista e desrespeitosa contra o povo indígena amazônico.

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Não Se Preocupe, Querida

Não Se Preocupe, Querida é o filme mais recente da lista e, talvez, o com mais polêmicas. Protagonizado por Harry Styles e Florence Pugh, com direção de Olivia Wilde, o mesmo teve demissão, fofoca, traição, intimidação e até falsidade. Toda a “treta” começou quando Harry Styles tomou o lugar de Shia Labeouf no papel principal. O motivo para isso foi por que, de acordo com Olivia Wilde, o processo de atuação de Labeouf necessita de “uma energia combativa”, algo que ela desaprova.

A demissão serviu de burburinho por um tempo, com Labeouf desmentindo as alegações de Wilde e a diretora dizendo que a escolha foi uma forma de proteger a atriz Pugh. E, em determinado momento, Pugh até foi chamada de “pessoa difícil” por Olivia. Foi então que farpas começaram a ser trocadas entre atriz e diretora. As duas mal interagiram no Festival de Veneza e Florence não participou da coletiva de imprensa para promover o filme.

A situação apenas escalonou quando, durante as filmagens do longa, Olivia e Harry Styles começaram a namorar. A oficialização do relacionamento aconteceu dois meses após o fim do casamento da diretora com Jason Sudeikis, o que levantou a possibilidade de uma traição.

Se já não bastasse, ainda houve o rumor de que Harry Styles havia cuspido em Chris Pine, outro ator do longa, durante a première mundial. A história foi negada por Pine, mas ainda assim é mais uma pequena fofoca no grande mar de polêmicas do filme.

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E o Vento Levou…

Até uma das obras mais aclamadas da história, E o Vento Levou…, teve seus problemas. Começando pela pré-produção que demorou cerca de dois anos. Isso porque queriam que o protagonista fosse interpretado apenas por Clark Gable, enquanto foram entrevistadas cerca de 1400 atrizes para a escalação de Scarlet O’Hara.

Além disso, 3 semanas após o início das filmagens, o cineasta George Cukor foi demitido. Não se sabe ao certo o motivo para isso, porém alegaram que houve (1) desavenças com o produtor. Já outra versão da história diz que (2) Clark Gable havia trabalhado como gigolô no circuito gay de Hollywood e George sabia disso, fazendo com que o ator exigisse a sua demissão. Porém, a segunda parte dessa história é apenas fofoca.

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Os Pássaros

Assim como O Iluminado, Os Pássaros é conhecido pelos traumas que sua protagonista sofreu. O diretor Alfred Hitchcock viu na atriz Tippi Hedren, uma nova Grace Kelly. A admiração começou com um carinho mútuo, mas se tornou, rapidamente, uma relação conturbada. Hitchcock decidia tudo o que Tippi deveria vestir, não gostava de vê-la conversando com outras pessoas e até proibiu o ator Rod Taylor de tocá-la.

Foi então que o abuso psicológico foi se tornando físico. Alfred fazia de tudo para ficar sozinho com a atriz e, ao ver as recusas de Tippi, decidiu tornar a sua vida nos set de filmagens um verdadeiro horror. Em uma das cenas mais famosas do filme, em que a personagem de Tippi está presa em um cômodo com pássaros, foram utilizados animais de verdade. As feridas que podem ser vistas no rosto da moça são reais. O fim das gravações a colocaram diante de um verdadeiro colapso nervoso.

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Poderoso Chefão

Poderoso Chefão é um verdadeiro clássico do cinema. Dirigido por Francis Coppola e com Al Pacino e Marlon Brando no elenco, o filme teve drama o suficiente em frente e atrás das câmeras. A primeira foi o motivo para a produção do filme. Na época, a Paramount estava com graves problemas financeiros e precisava, urgentemente, de um sucesso.

A pressão para que o filme desse o retorno esperado criou tensão e diversas discussões entre o diretor e o estúdio. Uma delas envolveu a locação, uma vez que a Paramount queria economizar filmando no Kansas, enquanto Coppola insistiu que o filme fosse feito em Nova York e na Sicília.

O diretor também não queria atores conhecidos pelo público para compor o longa, insistindo apenas na escalação de Marlon Brando que, na época, não era bem visto pelos estúdios. Coppola logo descobriu o motivo do desagrado da indústria pela figura de Brando: ele não decorava suas falas, colocava cartões no cenário para lembrar delas.