10 filmes de animação dos anos 2000 que foram esquecidos pelo tempo

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10 filmes de animação dos anos 2000 que foram esquecidos pelo tempo

Por Gus Fiaux

Ah, como era bom poder ir numa locadora, no começo dos anos 2000, e fazer a festa na seção de animações. Ou então, esperar ansiosamente para ver algum filme passando na Globo ou no SBT, com novas aventuras e histórias. Isso formou boa parte do nosso gosto pelo cinema e pela cultura pop… mas algumas obras acabaram esquecidas pelo tempo.

Desde filmes da Disney e da DreamWorks até projetos independentes que acabaram se tornando conhecidas pela sua proposta ousada, várias animações que nos fizeram rir e nos emocionar deveriam receber um pouco mais de carinho e amor – e é por isso que listamos aqui 10 filmes animados dos anos 2000 que foram esquecidos!

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Osmose Jones (2001)

Enquanto Disney e DreamWorks lideravam as bilheterias com animações no começo dos anos 2000, a Warner Bros. comia pelas beiradas, apostando em um estilo que misturasse live-action com animação - como Space Jam, por exemplo. Em 2001, o estúdio lançou Osmose Jones, um filme que ainda deve ecoar na memória de quem via o Sábado Animado do SBT.

Na trama, descobrimos que dentro do corpo de um funcionário de zoológico há uma cidade inteira vigiada por Osmose Jones, uma célula branca que precisa investigar a chegada de um agente patogênico mortal. Para isso, ele conta com a ajuda de um remédio para gripe chamado Drix, enquanto os dois exploram a vastidão e os mistérios do corpo humano.

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Irmão Urso (2003)

Nos anos 2000, a Disney entrou na fase mais controversa de sua história, a chamada Era Experimental. Foi aqui que eles começaram a desenvolver mais obras em 3D e deixar um pouco de lado a animação tradicional. Porém, entre os filmes em 2D que saíram na época, um dos melhores era Irmão Urso, que conta a improvável história de um homem e um filhote de urso.

Kenai é um nativo do Canadá que, certo dia, mata uma ursa em busca de vingança pela morte de seu irmão. Castigado pela natureza, ele mesmo vira um urso e é renegado por seus amigos e familiares, enquanto vaga pela mata ao lado de Koda, um ursinho brincalhão. O longa não foi bem recebido e avaliado pela crítica, que o considerou uma "versão piorada de O Rei Leão".

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Sinbad: A Lenda dos Sete Mares (2003)

Enquanto a Disney começava a fazer seus primeiros avanços no campo das animações em 3D, a DreamWorks investia aqui e acolá em algumas obras em 2D, como O Príncipe do Egito. No entanto, um filme bem curioso e que acabou sendo esquecido pelas areias do tempo foi Sinbad: A Lenda dos Sete Mares, de 2003.

Com um elenco de vozes composto por Brad Pitt, Catherine Zeta-Jones e Michelle Pfeiffer, o filme conta algumas das aventuras do lendário herói e marinheiro de As Mil e Uma Noites. Aqui, ele precisa viajar até o mundo da Deusa do Caos, Éris, e roubar o Livro da Paz. O filme recebeu críticas medianas e sua bilheteria foi bem modesta.

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Deu a Louca na Chapeuzinho (2005)

Se Shrek abriu as portas para que os contos-de-fada pudessem ganhar versões mais ousadas e menos higienizadas que as adaptações da Disney, foi Deu a Louca na Chapeuzinho que levou esse conceito para o infinito e além, ao contar uma história de mistério e suspense envolvendo não só a Chapeuzinho Vermelho mas vários personagens de seu conto clássico.

Financiado de forma independente, o filme custou apenas US$ 8 milhões, mas acabou arrecadando US$ 110 milhões nas bilheterias. Ele recebeu um grande número de críticas por conta de seu visual e a qualidade da animação, mas foi bem elogiado por transformar a narrativa de Chapeuzinho Vermelho em um procedural policial e pelas performances do elenco de vozes.

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Robôs (2005)

Rodney Lataria é um robô da cidade pequena que sonha em se tornar um grande inventor. Para isso, ele acaba se mudando para Robópolis, onde se vê cercado de novos amigos e próximo de realizar seu maior desejo: conhecer o Grande Soldador, um genial inventor. Porém, ele descobre que o seu ídolo sumiu e sua empresa foi tomada por um executivo mal caráter.

Dirigido por Chris Wedge e lançado pela 20th Century Fox, o filme teve um grande orçamento de US$ 80 milhões - e fez quase o triplo do valor na bilheteria. Mesmo assim, acabou sendo esquecido pelo tempo, embora os seus fãs mais fervorosos ainda lembrem com carinho de seus personagens, como Tia Turbina, Manivela, Madame Junta e Dom Aço.

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Lucas: Um Intruso no Formigueiro (2006)

Lançado pela Warner Bros em 2006, Lucas: Um Intruso no Formigueiro é uma animação peculiar, que conta a história de um garoto que adora matar e maltratar as formigas que aparecem em sua casa. Isso muda no dia que um feiticeiro chamado Zoc (que também é uma formiga) cria uma poção que faz com que Lucas reduza ao tamanho de uma formiga.

Carregado até o formigueiro e feito de prisioneiro, ele precisa aprender a ser mais cordial com seres menores. Durante a jornada, ele precisa reunir muitos aliados para deter um exterminador de pragas. O longa recebeu avaliações bem medianas da crítica e mal se pagou nas bilheterias, o que fez com que sua reputação fosse enterrada desde então.

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Selvagem (2006)

Produzido pela C.O.R.E. Feature Animation e distribuído pela Disney em 2006, Selvagem é um filme que fez bastante sucesso nas locadoras, mas que atualmente pouca gente se lembra de ter assistido. No desenho, um leão chamado Sansão, que mora no zoológico do Central Park, precisa reunir vários animais para viajar até a África, para recuperar seu filho adolescente.

O filme tem lá seus momentos divertidos - em grande parte, cortesia de um coala rabugento chamado Nigel -, mas foi bastante criticado pelas várias "semelhanças" com Madagascar, da DreamWorks. Para se ter ideia, no Rotten Tomatoes, o filme conta com apenas 19% de aprovação da crítica especializada.

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Os Sem-Floresta (2006)

Nos anos 2000, bichos falantes em situações inusitadas era uma das grandes modas do cinema de animação, e um exemplo bem interessante disso é Os Sem-Floresta, filme da DreamWorks que acompanha RJ, um guaxinim espertalhão que convence vários animais do bosque a ajudá-lo a pagar uma dívida que fez com um urso bravo.

Para isso, ele precisa se infiltrar em um subúrbio muito bem cuidado e roubar a maior quantidade de comida que conseguir - e isso coloca o guaxinim e os seus aliados na mira de um exterminador de pragas. Em seu elenco de vozes, o filme traz nomes como Bruce Willis, Wanda Sykes, Steve Carrell, Thomas Haden Church, William Shatner e, pasmem, Avril Lavigne.

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Bolt: Supercão (2008)

Outra pérola da Disney que muita gente não lembra é Bolt: Supercão, filme lançado em 2008 e que conta a história de um cão ator que, ao perder-se de sua dona, acaba tendo que viajar por todos os Estados Unidos ao lado de uma gata vira-lata e um hamster para tentar reconquistar sua vida e seus sonhos - mas, para isso, precisa entender seu lugar no mundo.

O filme veio bem na época em que a Disney estava na Fase Experimental, e é uma das primeiras produções animadas inteiramente em 3D do estúdio. No elenco de vozes original, temos nomes como John Travolta, Miley Cyrus e Malcolm McDowell. Apesar de não ser muito lembrado, Bolt: Supercão foi um sucesso de crítica e fez mais de US$ 300 milhões nas bilheterias.

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O Corajoso Ratinho Despereaux (2008)

Encerrando a lista, temos um filme de 2008 baseado em um livro homônimo escrito por Kate DiCamillo. Com um elenco de vozes estelar, encabeçado por Matthew Broderick, Emma Watson, Sigourney Weaver, Dustin Hoffman, William H. Macy, Robbie Coltrane, Frances Conroy e muito mais, a trama de O Corajoso Ratinho Despereaux é repleta de aventura.

Aqui, acompanhamos Despereaux Tilling, um rato que não foge do medo ou do perigo como outros de sua espécie. Ele precisa se unir a um outro rato "civilizado" e uma garota serviçal em uma grande jornada para salvar a vida da Princesa Pea. O longa teve uma recepção mediana e não fez rios de dinheiro na bilheteria, o que justifica seu esquecimento ao longo dos anos.