Só de olhar para o jogo o player já tem noção do quanto que a produtora do jogo, a Netherrealm Studios, investiu e trabalhou no visual do jogo. A grande maioria dos personagens, se não todos, tiveram suas faces capturadas de atores e modelos reais - o que não é exatamente uma novidade pro mundo dos games, mas é um enorme avanço para jogos de luta.

Muitos fãs têm procurado pelos modelos que deram mais vida aos personagens, como a Kaprice Imperial (foto), que encarnou a Kitana para o jogo.

Tanto para a modelagem quanto na dublagem do jogo, Mortal Kombat 11 presenteia o jogador com participações especiais de atores reconhecidos. Antes mesmo do lançamento, a lutadora Ronda Rousey foi anunciada como dubladora de Sonya Blade, uma das personagens icônicas do jogo, da qual a lutadora é uma grande fã.

Outros três personagens, que vieram como DLC, também tiveram dubladores ou modelos já conhecidos do grande público: Arnold Schwarzenegger deu seu rosto para ser o modelo do Exterminador do Futuro, um dos personagens convidados do jogo; Keith David, dubla outro convidado, o anti-herói Spawn, e Cary Hiroyuki-Tagawa, que interpretou Shang Tsung no icônico filme de 1995, volta a dar vida ao vilão, dublando e sendo modelo para o personagem.

Um fator que torna o jogo diferente de outras edições da franquia é a customização. O jogador pode personalizar todos os personagens no elenco, e de várias maneiras; skins com várias combinações de cores, equipamentos, entradas em luta, poses de vitória e até mesmo habilidades extras estão disponíveis para cada kombatente.

Isso dá liberdade ao jogador para que ele crie sua própria variação de jogo, para além das que são definidas pelo jogo, que são padronizadas para os torneios oficiais e a Kombat League.

A Kripta é o modo de jogo que permite que o jogador gaste moedas fictícias para conseguir desbloquear cosméticos e artes conceituais dos personagens no elenco base de Mortal Kombat 11. Mas um detalhe torna a Kripta mais especial: toda ela foi criada tendo como base a Ilha de Shang Tsung, locação do primeiro jogo da franquia.

Ao longo da campanha, o jogador revisita vários cenários de outros jogos, como o cenário da Ponte e o Covil do Goro, além de conter várias referências ao universo de Mortal Kombat, desde os jogos até o primeiro filme.

Além disso, o próprio Shang Tsung te guia em vários momentos na ilha, contando histórias ou até mesmo te desprezando, caso seja morto por alguma das armadilhas espalhadas pela ilha.

Desde Mortal Kombat (2011), que deu um reinício na história da franquia, a Netherrealm Studios se destaca em seus jogos (incluindo os dois Injustice) pela construção do modo história. Em *Mortal Kombat 11, o formato é bastante similar aos jogos anteriores da produtora, mas com o diferencial de ter três possíveis finais.

No enredo, a titã Kronika (que, aliás, pode ser customizada pra ser a narradora do jogo) está decidida a resetar a linha do tempo, após Raiden, o Deus do Trovão, ter atrapalhado seus os planos. Assim, ela funde passado e presente, promovendo um grande encontro entre versões atuais e do passado dos kombatentes, que, de um lado, tentam impedir o plano de Kronika, e, do outro, ajudam a vilã sob a promessa de serem recompensados.

O elenco de Mortal Kombat 11 traz uma ótima mistura de personagens clássicos, novos e convidados icônicos. Porém, alguns rostos familiares da franquia fazem falta, como Mileena, uma das mais queridas pelos fãs.

Ainda que não esteja presente em corpo, ela marca sua presença em espírito, mesmo que isso aconteça de uma forma inusitada: sua arquirrival, a princesa Kitana, tem como opção de customização uma sai, arma utilizada por sua clone nos jogos. Não apenas isso, mas uma das variações da princesa de Edenia permite que o jogador utilize golpes originais da Mileena.

Muitos fãs interpretaram como uma ofensa, ou mesmo uma provocação dos desenvolvedores, enquanto outros apontam que isso confirma que a lutadora não estará presente no jogo - algo que aconteceu em MKX, quando Kitana utilizou a arma de Jade e a ninja não deu as caras no game. Independente disso, até hoje os fãs clamam pelo retorno de Mileena nas redes sociais.

Quem jogou o modo história vai lembrar que o terceiro episódio se chama Shaolin Monks (Monges Shaolin, na tradução), e que o quarto se chama Fire & Ice (Fogo e Gelo). O primeiro é uma referência ao jogo spin-off de maior sucesso da franquia, Mortal Kombat: Shaolin Monks, onde, assim como no capítulo do modo história, o jogador podia escolher entre jogar com Liu Kang ou com Kung Lao, os monges Shaolin.

Já o segundo faz referência a um jogo que a antiga produtora Midway nunca criou, Mortal Kombat: Fire & Ice. O jogo seria uma sequência de Shaolin Monks, e, nele, o jogador alternaria jogar com Scorpion (fogo) e Sub-Zero (gelo). E adivinha como é o capítulo Fire & Ice no jogo mais recente? Exatamente isso que você pensou: você pode escolher entre jogar com o ninja amarelo ou o azul.

Ainda no modo história, Kronika quebra o tempo, fundindo passado e presente, e promovendo um encontro entre versões do passado de Shao Kahn, Raiden e seus respectivos aliados, com Kotal Kahn, atual imperador da Exoterra. Todos ali estranham o que está acontecendo, e o Deus do Trovão, tentando raciocinar sobre a situação, diz que ele e os demais que vieram do passado estavam no torneio Mortal Kombat, e que Kung Lao, presente no momento, havia acabado de derrotar Shang Tsung e Quan Chi, que não estavam lá.

A referência aqui é o fato de que a fala de Raiden expõe ao jogador o exato momento do passado que Kronika escolheu para fundir com o presente: a luta entre o monge Shaolin e a Aliança Mortal, que o jogador pode experienciar no modo história de Mortal Kombat (2011) -, ou Mortal Kombat 9, no capítulo do próprio Kung Lao, onde você precisa vencer ambos os feiticeiros malignos para prosseguir com a história. Um detalhe bem empolgante para quem acompanhou o jogo de 2011, considerado um dos melhores de toda a franquia.

Quem jogou Mortal Kombat II e Mortal Kombat 3 lembra que, em alguns momentos, um carinha surgia do nada gritando "Toasty!!" no canto da tela, após dar um gancho bem dado no adversário. A figura é o compositor Dan Forden, um dos co-criadores da franquia, e que até hoje faz parte da equipe que compõe as trilhas sonoras do jogo.

O easter-egg fez aparição também em Mortal Kombat 9, mas ele sumiu no jogo seguinte Mortal Kombat X. Em Mortal Kombat 11 ele fez seu retorno, mas de maneira mais singela: no cenário de Torneio, ele aparece no telão que faz parte do cenário, surgindo nas mesmas circunstâncias que suas aparições anteriores.

Falando nisso, o cenário de Torneio (Tournament, no original em inglês) chama muita atenção pela sua aparência e pelos easter-eggs espalhados pelo estágio. Sempre utilizados durante todas as partidas de torneios oficiais de Mortal Kombat 11 (daí seu nome), ele tem o formato de um palco de show com telões, máquinas de jogos ao fundo e uma platéia, que fica embaixo na tela do seu monitor ou TV, sem sobrepor os kombatentes.

O cenário muda as cores de seu layout durante períodos em que ocorrem competições oficiais onde há torneios do jogo, como o Combo Breaker, por exemplo, e as máquinas no fundo mostram outros jogos da franquia em display. São eles Mortal Kombat X, Mortal Kombat: Deadly Alliance, Mortal Kombat: Shaolin Monks e Mortal Kombat: Deception.