Um caso recente de carreira arruinada que chocou Hollywood foi o de Armie Hammer. Conhecido por filmes como A Rede Social (2010) e Me Chame Pelo Seu Nome (2017), o ator virou notícia no começo de 2020 depois que alegações contra ele envolvendo abuso sexual e canibalismo vieram à tona. Na época, ele negou as acusações, que foram feitas por ex-namoradas, causando ainda mais polêmica após sugerir que tudo não passava de um ataque virtual.

Diante do escândalo, a carreira de Hammer começou a ir de mal a pior: além de ter sido demitido de sua agência e de vários projetos nos quais estava envolvido, o ator virou alvo de uma investigação da polícia de Los Angeles e parece estar passando por problemas financeiros desde que as alegações contra ele surgiram.

Sua última aparição nas telonas foi no filme Morte no Nilo (2022), uma adaptação do livro homônimo de Agatha Christie, e ele não possui nenhum outro projeto à vista.

Conhecida por seu trabalho na série Desperate Housewives, a atriz Felicity Huffman também viu sua carreira mudar da noite para o dia do pior jeito possível. Em 2019, ela fez parte de um baita escândalo midiático envolvendo um esquema criminoso no qual pais ricos de estudantes do Ensino Médio dos EUA usaram práticas ilegais, como suborno, para fraudar a admissão de seus filhos em universidades de elite no país.

Huffman foi investigada pela operação policial por ter pagado cerca de US$ 15 mil para que os resultados do SAT – uma espécie de vestibular nos EUA – de suas filhas fossem falsificados, permitindo que elas entrassem em universidades renomadas.

A atriz foi presa, mas foi liberada após pagar a fiança de US$ 250 mil. Após se declarar culpada das acusações, Huffman foi sentenciada a prestar serviço comunitário e ainda a pagar uma multa de US$ 30 mil.

Apesar da polêmica ter abalado sua carreira, Huffman não sumiu completamente da frente das câmeras, fazendo algumas poucas participações em séries como The Good Doctor, em 2023, e Mentes Criminosas, neste ano.

Já que falamos do caso das propinas que abalou a carreira de Huffman, vale citar que a atriz Lori Loughlin também estava envolvida no mesmo esquema criminoso revelado em 2019.

Conhecida pela querida sitcom Três é Demais, Loughlin permaneceu presa por dois meses após ser condenada por ter fraudado os documentos das filhas, pagando US$ 500 mil em propinas, para garantir vagas na Universidade do Sul da Califórnia, uma das instituições mais renomadas dos EUA.

Na época do escândalo, Loughlin foi demitida da sitcom Fuller House, spin-off de Três é Demais na Netflix, e da série Quando Chama o Coração, produções nas quais ela estava envolvida quando foi acusada de fraude.

Desde então, a atriz vem tentando retomar sua carreira, mas nenhuma produção chegou a ganhar um nível de relevância tão grande quanto Fuller House, por exemplo.

Mais conhecida por ter interpretado Chloe Sullivan na série Smallville, a atriz Allison Mack esteve em um escândalo que chocou o universo do entretenimento. Em 2017, Mack foi acusada de participar da seita NXIVM, uma empresa de marketing nos EUA que, na verdade, era um culto que escravizava mulheres.

Com as investigações, descobriu-se que Allison recrutava mulheres para a seita sem que elas soubessem, ludibriando-as com discursos de empoderamento. Dentro da empresa, as mulheres eram escravizadas e forçadas a fazer sexo com Keith Raniere, o fundador da seita.

Mack foi condenada a três anos de prisão por tráfico sexual e trabalho forçado, pagando uma multa de US$ 20 mil e ainda prestando serviços comunitários. Ela foi liberada da prisão em 2023 e não deve retornar para frente das câmeras por causa da polêmica, fazendo com que Smallville seja seu último trabalho nas telas até o momento.

Antigamente considerado um dos atores mais mais bem-sucedidos de Hollywood, Kevin Spacey é mais um exemplo de ator que, após se envolver em um escândalo, teve sua carreira arruinada diante da opinião pública. Vencedor de dois prêmios do Oscar, Spacey estrelava a série House of Cards quando, em 2017, foi acusado de abuso sexual pelo ator Anthony Rapp. A alegação impulsionou uma série de denúncias contra Spacey acerca de seu suposto comportamento inadequado e assédios cometidos por ele.

Diante da polêmica, a gigante do streaming demitiu Spacey de House of Cards antes da conclusão da série, e o ator ainda foi removido de diversos projetos nos quais estava envolvido. Um deles, por exemplo, foi o filme Todo o Dinheiro do Mundo (2017), que, mesmo estando pronto, passou por refilmagens quando Christopher Plummer foi contratado para substituir Spacey no longa.

Obrigado a pagar US$ 31 milhões para a produtora de House of Cards, já que ele foi acusado de comportamento inadequado nos bastidores do programa, Spacey passou por um intenso julgamento em Londres que o declarou inocente das acusações de abuso sexual em 2023. Ainda assim, dá para imaginar que a carreira de Spacey provavelmente não será mais a mesma de antes daqui para frente.

Embora Mel Gibson continue atuando até os dias de hoje, há pouco tempo atrás ele batalhava para conseguir um projeto em Hollywood, mesmo com seu status de ícone de filmes de ação. Isso porque a vida pessoal de Gibson está recheada de polêmicas que afetaram (e seguem afetando) a percepção de muitas pessoas e de profissionais da área em relação a ele.

Conhecido pela franquia Mad Max e o filme Coração Valente (1995), Gibson viu seu prestígio sumir da noite para o dia nos anos 2000. Tudo começou depois que o ator fez comentários antissemitas após ser parado por um policial por estar dirigindo embriagado, provocando uma retaliação de Hollywood.

Alguns anos depois dessa controvérsia, Gibson protagonizou um novo escândalo midiático quando um telefonema dele fazendo comentários racistas e misóginos para sua ex-namorada Oksana Grigorieva vazou. O caso fez com que ele fosse acusado por contravenção de violência doméstica posteriormente.

Seu retorno “definitivo” só aconteceu em 2016, quando ele dirigiu Até o Último Homem (2016) e até mesmo foi indicado a um Oscar de Melhor Direção pelo longa – o que fez muita gente criticar a Academia pela decisão. Apesar da retomada divisiva que vem acontecendo desde então, Gibson já não tem mais a popularidade que possuía nos anos 80.

Entre a década de 1980 e 1990, não existia um fenômeno maior do que Winona Ryder. Conhecida por seus papéis em clássicos da época, como Beetlejuice: Os Fantasmas Se Divertem (1988), Edward Mãos de Tesoura (1990) e Atração Mortal (1988), a atriz tinha tudo para levar sua carreira adiante com mais projetos de prestígio, mas os ventos mudaram para ela no começo dos anos 2000.

Em 2001, Ryder foi presa por roubar mais de US$ 5 mil em roupas de uma grife, caso que recebeu uma intensa cobertura midiática que acabou arruinando a percepção que o público tinha dela. Na época, Ryder optou por se afastar dos holofotes por causa da retaliação que sofreu, fazendo apenas participações pequenas em alguns filmes depois disso.

Seu retorno mais marcante só aconteceu com a estreia da série Stranger Things, em 2016. Ela também voltou a reprisar seu papel como Lydia Deetz no recente Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice (2024) e parece estar (re)conquistando Hollywood novamente.

Nome de bastante sucesso nos anos 2000 por causa da franquia Transformers, Shia LaBeouf também virou notícia por causa de polêmicas nas quais se envolveu ao longo dos últimos anos – embora, ao que parece, nenhuma das controvérsias tenha manchado sua carreira definitivamente, já que ele continua aparecendo em alguns projetos esporádicos, como o vindouro (e divisivo) Megalopolis (2024) de Francis Ford Coppola, por exemplo.

LaBeouf vem sendo o protagonista de alguns escândalos desde a estreia de Honey Boy (2018), filme estrelado e roteirizado por ele com base em sua infância e em seu relacionamento com o pai. Apesar de ter sido vendido como uma história inspirada em vivências reais, o ator admitiu em 2022 que muita coisa ali era fabricada.

O caso gerou bastante controvérsia na mídia, já que, quando a polêmica de Honey Boy veio à tona, LaBeouf já não era mais tão bem-visto na área. Isso porque, em 2020, a cantora FKA Twigs, com quem LaBeouf teve um relacionamento, entrou com uma ação contra ele, acusando-o por abuso físico.

As polêmicas deram uma esfriada na carreira de LaBeouf, que também teria sido supostamente demitido de Não se Preocupe, Querida (2022) pela diretora Olivia Wilde porque Florence Pugh não se sentia confortável com ele no set de filmagens. O ator negou a demissão na época, mas tem feito cada vez menos aparições na frente das câmeras desde então.