O Espetacular Homem-Aranha: As 5 melhores e as 5 piores coisas dos filmes com Andrew Garfield

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O Espetacular Homem-Aranha: As 5 melhores e as 5 piores coisas dos filmes com Andrew Garfield

Por Gus Fiaux

Com dois filmes lançados em 2012 e 2014, O Espetacular Homem-Aranha veio para apresentar uma segunda versão live-action do Amigão da Vizinhança em Hollywood, um pouco antes do personagem ter migrado para o Universo Cinematográfico da Marvel nos filmes de Tom Holland.

Os dois longas tiveram uma recepção polarizada entre os fãs, mas conquistaram cada vez mais fãs desde seu lançamento, que olham com carinho para tudo que Andrew Garfield fez com o personagem, além das ideias corajosas inseridas pelo diretor Marc Webb e os roteiristas. Aqui, revisitamos os dois filmes para falar sobre as 5 melhores e 5 piores coisas da franquia O Espetacular Homem-Aranha nos cinemas!

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MELHOR: O Homem-Aranha

Já tivemos três versões live-action do Homem-Aranha em Hollywood, cada uma com suas próprias particularidades. Contudo, quando falamos na figura mítica do Amigão da Vizinhança, é impossível pensar em alguém que tenha incorporado melhor o papel que Andrew Garfield, com suas piadas na ponta da língua e um carisma impressionante.

Tudo bem que Tobey Maguire consegue fazer um Peter Parker mais condizente com a versão dos quadrinhos, mas Andrew sabe exatamente o que torna o Homem-Aranha tão especial. Não só sua versão do herói é boa, mas ele também consegue explorar contornos um pouco mais sombrios de Peter que ficaram de fora da versão de Tom Holland, por exemplo.

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PIOR: Outra história de origem...

Vamos fazer uma linha do tempo aqui: o primeiro Homem-Aranha de Sam Raimi saiu em 2002, seguido por duas continuações que deixaram a marca do herói cravada na cultura popular. Com o terceiro filme recebendo críticas negativas, a Sony decidiu rebootar a franquia, e o primeiro longa de O Espetacular Homem-Aranha chegou aos cinemas em 2012.

Eram outros tempos e ainda não tínhamos a dose cavalar de filmes e séries de super-heróis que temos hoje, então mesmo com dez anos de diferença, o primeiro filme do Aranha de Raimi ainda estava cravado na mente do público. Por isso, a decisão de repetir a história de origem de como Peter Parker conseguiu seus poderes, sem muitas diferenças e novidades, foi equivocada.

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MELHOR: Peter Parker e Gwen Stacy

Quando a Sony decidiu reformular a franquia do Homem-Aranha do zero, ignorando os filmes anteriores de Sam Raimi, uma das decisões mais importantes girou em torno de quem seria o interesse amoroso de Peter no longa. Com várias opções a serem consideradas, a franquia do Espetacular Homem-Aranha optou por começar com Gwen Stacy.

Isso acabou se provando um grande acerto desde o primeiro filme, de 2012. Primeiro que Gwen trazia um ar novo que não havíamos visto na Mary Jane Watson da trilogia de Raimi, além de ser uma personagem feminina mais forte e menos "donzela indefesa". A cereja do bolo é a química entre Emma Stone e Andrew Garfield, que chegaram a namorar na vida real.

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PIOR: "A história não contada!"

O grande diferencial da franquia O Espetacular Homem-Aranha durante toda a campanha de marketing do primeiro filme era explorar a tal "história não contada" sobre os pais de Peter Parker, e como isso se ligava à vida do herói no presente. Por isso, temos grandes flashbacks nos dois filmes, estrelados por Richard e Mary Parker.

Contudo, toda essa história é - no mínimo - bem desinteressante. O que faz com que as pessoas amem o Homem-Aranha não tem nada a ver com os "segredos do seu passado", mas os dois filmes insistiram em criar conexões e ligações até onde não havia - como todo o subplot do segundo filme, onde dá-se a entender que Peter só se tornou o Aranha graças às ações de seu pai.

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MELHOR: A jornada de Peter

Embora o Peter Parker de Andrew Garfield só tenha tido dois filmes para mostrar seu potencial (isto é, se você desconsiderar a participação do herói em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa), o desenvolvimento do personagem é algo muito interessante, por mostrar como Peter e o Aranha podem até ser a mesma pessoa, mas vivem em mundos diferentes.

Aqui, o lema do "com grandes poderes vêm grandes responsabilidades" pode até não pesar tanto quanto nos filmes de Sam Raimi, mas nunca deixa de ser um dos focos da trama, conforme Peter precisa lidar com tudo que há de bom - e também o que há de ruim - na vida de um super-herói, algo que traz grandes consequências no segundo filme.

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PIOR: Os vilões

Embora os dois longas de O Espetacular Homem-Aranha esbanjem uma boa dose de carisma com seus personagens principais, o mesmo não pode se dizer sobre os vilões, já que a franquia nunca conseguiu apresentar algo que estivesse no mesmo patamar que os antagonistas da trilogia comandada por Sam Raimi, como o Duende Verde ou o Doutor Octopus.

O Lagarto do primeiro filme é o mais passável, mas ainda é um vilão bem apático e genérico. O Electro do segundo mais parece uma caricatura - e quando o personagem retornou em Sem Volta para Casa, fizeram questão de corrigir isso -, e o Duende Verde do segundo filme não só é horrível como personagem, como também é visualmente intragável.

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MELHOR: Ações têm consequências

Conforme entramos na era do Universo Cinematográfico da Marvel, cada vez mais temos a impressão de que as histórias não têm consequência e tudo pode ser revertido ou mudado em um passe de mágica, salvo raras exceções. Com O Espetacular Homem-Aranha, já que todas as ideias narrativas levam a consequências diretas e irreversíveis.

Basta pensar, por exemplo, em como o fato de Peter Parker ter quebrado a promessa que fez para o Capitão George Stacy levou diretamente à morte de Gwen Stacy e a percepção de que ter uma vida heroica e uma vida civil nem sempre será conciliável. Esse tipo de desenvolvimento falta (e muito) nos filmes do Aranha do MCU...

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PIOR: O império malvado da Oscorp

Quando falamos de franquias da cultura pop, é muito comum termos uma grande figura maligna que é a origem de todos os males de seu respectivo universo. Basta pensar no Império em Star Wars ou Voldemort e seus Comensais da Morte no mundo de Harry Potter. Porém, nos filmes de Marc Webb, essa ideia acabou se provando bem errônea.

Aqui, a Oscorp é um grande antro do mal, e é de onde surgem todos os vilões da franquia, como Lagarto, Duende Verde e o próprio Electro. Isso tira um pouco da individualidade dos vilões do Homem-Aranha e faz com que todos eles sejam apenas produtos da "corporação malvada" - algo que provavelmente se manteria em um terceiro filme.

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MELHOR: As sequências de ação

Você pode falar o que quiser de Marc Webb, o diretor dos dois filmes da franquia, mas a verdade é que ele tinha um senso estético muito particular e estilizado, que contrastava com as filmagens gloriosas de Sam Raimi mas não devia em nada a elas. Por isso, as sequências de ação de O Espetacular Homem-Aranha fazem jus ao nome da franquia.

Tanto no primeiro quanto no segundo, Webb soube conciliar um certo senso de admiração com a urgência dos combates mais intensos. Toda a batalha do Homem-Aranha contra o Lagarto nos esgotos, ou então a sequência de luta entre o herói e Electro na Times Square são brilhantes. E ele ainda trazia ótimos momentos de Peter se balançando pela cidade de Nova York!

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PIOR: Eternos teasers para um futuro que nunca veio

Em 2012, quando o primeiro Espetacular Homem-Aranha chegou aos cinemas, o mundo testemunhava uma mudança de status quo nas franquias de modo geral, com a estreia de Os Vingadores provando que era mais que possível criar universos compartilhados, com diversas franquias ligadas entre si que formavam um arco de histórias maior.

Por isso, o primeiro filme deixava pistas para as sequências, mas o segundo perdeu a mão nesse quesito. A cada cena, temos um teaser para o futuro, uma ideia que nunca se concretizou porque a saga foi cancelada - desde a participação de Felicia Hardy até os protocolos da Oscorp que prometiam novos vilões e a construção do Sexteto Sinistro.

Fosse bem dosado, esses pequenos teasers até prenderiam a atenção do público e garantiriam uma sequência, mas era tudo tão exagerado e levado à máxima potência que O Espetacular Homem-Aranha 2 mais parece um trailer de mais de duas horas de duração, sacrificando sua própria narrativa em prol de pistas para um futuro que nunca veio.