Apesar deste ser um fato óbvio para os fãs mais assíduos, existem pessoas que nunca abriram um mangá na vida e não sabem que se trata de uma “história em quadrinho” em preto e branco. Diferente das HQs ocidentais, que são repletas de cores. Mas diversas edições coloridas de capítulos de Dragon Ball já foram publicadas, com os leitores e colecionadores podendo adquiri-las.

Porém, adaptar uma obra sem cores para um anime totalmente colorido pode ser uma tarefa mais difícil do que parece e, por esse motivo, ter o auxílio do mangaká é essencial.

Na icônica luta contra Freeza, nós vemos Goku se transformando em Super Saiyajin pela primeira vez, mas nem isso impede sua breve derrota. Assim que Gohan deixa de sentir o Ki de seu pai, ele volta para o campo de batalha no episódio intitulado “O retorno de Gohan”.

Porém, no mangá a fase final da luta acontece de um jeito diferente, ficando estritamente entre Goku e Freeza.

Outro momento de destaque para a franquia é a Saga Cell, onde Gohan tem mais um destaque enfrentando esse inimigo poderoso. No anime, os Guerreiros Z que assistem o combate se unem para lançar ataques contra Cell, o distraindo e ajudando Gohan a ter uma certa vantagem sobre seu inimigo. Tenshinhan, Yamcha, Piccolo e Vegeta se dedicam nesses ataques até que Gohan começa a dominar o vilão.

Já no mangá, apenas Vegeta interfere no ataque, enquanto os outros personagens ficam à margem, apenas assistindo.

Quando Goku morre na luta contra Cell, ele vai de novo até o outro mundo e encontra o Rei Kai. No mangá, nós não vemos mais Goku até que ele apareça no Torneio Mundial de Artes Marciais, quando recebe um único dia para ir até a Terra junto com os vivos. Mas claro que o anime não nos deixaria sem o protagonista por muito tempo…

O Rei Kai levou Goku para participar de um Torneio de Luta no Outro Mundo, onde Goku enfrenta Pikkon. Diferente dos outros materiais de preenchimento do anime, essa mini-saga foi importante, pois ajudou Goku a alcançar um novo nível de poder acima do Super Saiyajin 2. Fato é que muitos fãs que acompanham apenas o anime ficaram surpresos com o fato de Pikkon não aparecer no mangá.

Majin Buu foi, sem sombra de dúvidas, um dos vilões mais perigosos e ameaçadores de toda a franquia, principalmente após o surgimento de Kid Buu, que elevou os níveis de destruição a um novo patamar. Mas o anime e o mangá tem pontos diferentes nessa saga…

No mangá, durante a busca de Kid Buu por Goku e Vegeta, ele os encontra rapidamente e logo viaja sem demora até chegar ao local onde eles estão. Mas o anime faz essa busca ser demorada e destrutiva, já que enquanto procura pelos dois, Buu destrói muitos outros lugares antes de chegar até lá.

Independente da série, um fato em comum é: a obra original (mangá) sempre terá mais liberdade para ser explícita e violenta. Prova disso é que o mangá de Dragon Ball apresenta muito mais sangue que o anime, apesar do anime também ser extremamente violento. Porém, até mesmo essa violência é atenuada para ser transmitida em mais lugares.

Se você é um fã de animes e mangás, já deve saber que muitas vezes o anime precisa preencher seus episódios com conteúdos extras e, às vezes, até fillers, para dar tempo de seu mangá caminhar e ter tempo de andar com a história. Dragon Ball também faz isso em diversos momentos, às vezes com sequências alongadas de personagens voando ou ganhando força.

Se você ler o mangá de Dragon Ball, verá que muitos momentos que se estendem no anime acabam sendo muito mais dinâmicos e rápidos na obra original. Apesar de preenchimentos serem comuns na indústria, acabam tirando o ritmo narrativo em diversos momentos.

A longa luta entre Goku e Freeza também tem algumas diferenças em relação ao mangá. Por exemplo: nela, tanto Goku quanto Freeza atingem suas transformações mais poderosas e o anime faz questão de manter a luta dos dois no mesmo nível, como se ambas as formas novas fossem equivalentes em força.

Já o mangá age de um jeito completamente diferente, onde a transformação de Goku em Super Saiyajin é nitidamente mais poderosa, fazendo o próprio Freeza perceber que havia sido superado. Provavelmente o anime representou de outra forma para que a luta não adquirisse um tom unilateral, mas acabou tirando o imenso destaque que a nova forma de Goku teve na obra original.

Esse detalhe é bem curioso, já que Akira Toriyama adora trazer alienígenas para a sua obra. Toriyama sempre fez questão de representar esses seres com algumas características diferentes dos humanos, como por exemplo o número de dedos. Piccolo, um Namekuseijin, foi desenhado para ter apenas 3 dedos e um polegar. Cell e Buu também têm mãos características diferentes das humanas.

Mas o anime deu a Piccolo uma mão semelhante à humana, com 5 dedos. E Cell e Buu também receberam o formato humano de mãos.

Trunks do Futuro foi um personagem icônico e adorado por muitos fãs da franquia e sua história foi muito bem aceita pelo público. Porém, a sua transformação em Super Saiyajin carrega diferenças do anime para o mangá.

No mangá, Trunks é capaz de se transformar antes da morte de seu mentor, Gohan. Já o anime aproveitou a morte de Gohan como gatilho para que Trunks se transformasse repleto de raiva, dando mais emoção a um momento tão importante.