Disney: Todas as adaptações live-action, da pior a melhor
Disney: Todas as adaptações live-action, da pior a melhor
Todas as adaptações live-action de clássicos da Disney, ranqueadas!
Nos últimos anos, a Disney começou a fazer um movimento interessante nos cinemas. O estúdio decretou que iria fazer remakes e reinvenções live-action de vários de seus filmes animados mais consagrados, e todos os anos temos vários lançamentos do tipo, que vão desde adaptações fieis como O Rei Leão e Cinderela a versões radicalmente diferentes, como Cruella e Dumbo.
Pensando nisso, resolvemos listar todas as doze adaptações live-action de animações da Disney lançados nos últimos anos. Aqui, você verá todos esses filmes reunidos, do pior ao melhor!
Mas antes de começarmos, quatro adendos: Estamos considerando filmes feitos com CGI realista parte dos live-action (como é o caso de O Rei Leão). Deixamos de fora sequências desses longas, como Malévola: Dona do Mal. Estamos ranqueando apenas filmes de 2010 para frente (e por isso, 101 Dálmatas de 1996 ficou de fora). E, por fim, listamos também adaptações que não são bem remakes dos filmes clássicos, como Cruella e Malévola.
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12 - O Rei Leão (The Lion King, 2019)
Como você verá adiante, Jon Favreau é o responsável pelo que há de pior e melhor nos live-actions de animações da Disney. Para começar essa lista com o pé esquerdo, temos O Rei Leão, a adaptação de 2019 daquele que é tido como o filme animado mais aclamado da história do estúdio. E nós nem sabemos onde começar a falar sobre isso.
O grande problema de O Rei Leão é seu apego mirabolante ao realismo que não devia estar lá. Os personagens não possuem nenhuma expressão e o filme perde completamente sua vida por ser mais um documentário da vida selvagem que um filme propriamente dito. E mesmo com um brilhante elenco de vozes, as músicas perdem a graça quando entoadas pelos animais de CGI.
11 - Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010)
Tim Burton já comandou duas adaptações de animações clássicas, sendo que a primeira foi justamente o filme que "inaugurou" essa onda de remakes live-action. Lançado em 2010, Alice no País das Maravilhas se inspira no filme original de 1951 para criar uma nova história, uma continuação de todas as desventuras de Alice nesse reino mágico.
O filme até impressiona por seus visuais, afinal, é a marca registrada de Tim Burton. Contudo, no que se trata da história, é bem fraco e não tem um senso de aventura e paixão que outros filmes demonstram ter. Além disso, O longa se escora demais em certas atuações, como a de Johnny Depp e Helena Bonham Carter, enquanto o resto do elenco está aquém das expectativas.
10 - Malévola (Maleficent, 2014)
Essa escolha pode revoltar alguns, mas a verdade é que Malévola está bem longe de ser um bom filme. A proposta do longa é justamente dar uma origem à vilã por trás de A Bela Adormecida (1959), que dessa vez é interpretada por Angelina Jolie. E agora, vemos Malévola muito mais como uma figura incompreendida do que como uma vilã em si.
E por mais que alguns critiquem essa decisão, a verdade é que esse é um dos pontos altos do filme, justamente por subverter tudo o que sabíamos sobre a história. O problema é que, como filme em si, há pouco a ser aproveitado além da interpretação de Angelina Jolie: os visuais são fracos, os efeitos digitais beiram o vergonhoso e a trama é tão sonolenta quanto Aurora.
9 - Mulan (2020)
Um dos filmes mais recentes do estúdio, Mulan sofreu com polêmicas antes mesmo de ser lançado. Quando o filme finalmente chegou ao catálogo do Disney+, a impressão que tínhamos é que ele já estava "cancelado" antes mesmo de sua estreia. E mesmo com o coração aberto para uma nova experiência, não podemos deixar de nos decepcionar com essa adaptação.
O problema não está na ausência das músicas ou até mesmo de Mushu, o dragão piadista e companheiro da protagonista. Em vez disso, o que torna essa adaptação tão medíocre é sua insistência em tornar Mulan uma heroína com "superpoderes", o que tira completamente o peso de suas próprias escolhas e decisões - algo que era o ponto central da animação.
8 - A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 2017)
Em 2017, foi a vez de A Bela e a Fera ganhar uma nova adaptação nos cinemas. O filme foi dirigido por Bill Condon e trouxe Emma Watson e Dan Stevens nos papéis principais. Aqui, temos uma nova versão de uma das histórias de amor mais inusitadas da Disney, feita de uma maneira bem delicada e com vários elementos interessantes.
O filme presta muitas homenagens ao original, seja através das músicas ou da ambientação - é fantástico ver os empregados da mansão da Fera ganhando vida e realizando inúmeros números musicais. Contudo, é um filme que peca um pouco em sua "breguice", além de não conseguir passar toda a força de Belle na atuação desconfortável de Emma Watson.
7 - Dumbo (2019)
A outra contribuição de Tim Burton para a era dos remakes live-action foi Dumbo, lançado em 2019 e inspirado na animação clássica de 1941, sobre o elefantinho que nasceu com orelhas grandes demais e encontra nisso a possibilidade de se libertar de um circo desumano onde todos os animais são tratados com a mais completa crueldade.
Até certo ponto, o filme acerta em todas as mudanças propostas, ao dar mais personalidade para Dumbo, mesmo que o elefante não fale aqui como fala na animação. Os visuais são bonitos e os easter-eggs estão ali para todos os fãs mais ávidos da Disney. O problema está no lado humano da história, que acaba tomando mais destaque que o elefantinho orelhudo.
6 - A Dama e o Vagabundo (Lady and the Tramp, 2019)
Em 2019, a Disney inaugurou seu próprio serviço de streaming, fazendo o anúncio de que vários filmes originais seriam lançados diretamente por lá, o que inclui alguns live-actions. E assim foi com A Dama e o Vagabundo, a clássica história de amor entre uma cadela rica e abastada e um vira-lata que vagava pelas ruas.
O filme é completamente inofensivo e é até fácil esquecê-lo entre a leva de remakes megalomaníacos já produzidos e listados aqui. O grande charme, no entanto, está no elenco de vozes que conta com nomes como Tessa Thompson, Justin Theroux e Janelle Monáe. É um belo filme para se assistir descompromissado.
5 - Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, 2018)
Outro que pode ter passado batido foi Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível, filme dirigido por Marc Foster e lançado em 2018, tendo base nos vários longas da franquia do Ursinho Pooh. E esse talvez seja o filme mais "maduro" de todos os live-actions da Disney, por dialogar com o público que viu essas animações e cresceu desde então.
Aqui, vemos um Christopher Robin adulto redescobrindo os encantos de sua infância no Bosque dos 100 Acres. É um filme que tem toda a leveza e o lado emocional dos desenhos, trazendo inclusive várias desventuras para Pooh, o Tigrão e seus amigos fantásticos. É uma baita aventura que deveria ser mais reconhecida, tanto por sua trama quanto por seu elenco.
4 - Aladdin (2019)
Aladdin é um dos filmes mais amados da década de 90, e isso se deve a uma série de fatores que seriam impossíveis de recriar atualmente. Ainda bem que o live-action sabe disso e, apesar de honrar o máximo possível do filme original, tenta seguir sua própria história, com reviravoltas e ideias originais que acabam "atualizando" a obra para o Século XXI.
Um grande destaque aqui são as músicas, que ganham novos arranjos para se adequar ao estilo megalomaníaco de direção de Guy Ritchie. Os atores estão bem em seus papéis, com destaque para Will Smith que consegue criar um Gênio tão divertido e emocionante quanto o original. Destaque para o visual, que é deslumbrante e oferece um novo olhar para essa história.
3 - Cinderela (Cinderella, 2015)
Em 2015, tivemos também o lançamento de Cinderela, a adaptação de um dos mais populares contos de fadas de todos os tempos. E apesar de ser uma adaptação quase que ao pé da letra, é um filme muito competente por se aprofundar mais em certos personagens e temas do desenho, o que faz com que ele seja um longa que realmente acrescenta à história.
A história é a mesma que já conhecemos: Cinderela é criada por sua madrasta má e sonha em se ver livre da vida de empregada. Após um encontro com a bondosa Fada Madrinha, ela parte para o baile onde conhece um príncipe. O diferencial é como o filme traz mais contexto para a história da madrasta e do príncipe, além de trazer nomes como Cate Blanchett e Lily James.
2 - Cruella (2021)
O mais recente lançamento do estúdio é Cruella, filme que foi lançado simultaneamente nos cinemas e no Disney+. Aqui, seguimos a história da icônica vilã de 101 Dálmatas, uma megera indomada conhecida por querer matar cachorros e fazer casacos... só que o novo longa mostra que não é bem assim, e que Cruella tem muito a dizer sobre sua própria origem.
Embora subverta esse traço da história original em prol de uma protagonista mais "heroica", o filme não tenta eximi-la da culpa de suas ações, além de ser uma bela história sobre a guerra de egos de duas estilistas, uma em ascensão e outra já consolidada. É o filme com mais personalidade e originalidade dentre todos os live-actions da Disney.
1 - Mogli: O Menino Lobo (The Jungle Book, 2016)
Como eu disse lá no começo, Jon Favreau é o responsável pelo pior e pelo melhor dos live-actions da Disney nos últimos anos. E como o exemplar perfeito do que o estúdio tem a oferecer, temos Mogli: O Menino Lobo, filme que adapta a clássica animação de 1967 sobre um garoto que foi criado na selva e precisa lidar com os perigos da vida selvagem.
É bizarro pensar que o filme compartilha de vários traços com O Rei Leão, mas é feito de uma forma bem mais interessante e "viva". Os animais de CGI possuem expressividade e sentimentos nítidos, ao mesmo tempo em que o nosso protagonista humano (vivido por Neel Sethi) confere uma âncora emocional para o público, além de dar ao filme um tom cômico delicioso.