No universo de Diablo, os demônios seguem o conceito clássico dessas criaturas quase à risca. Eles são os habitantes do Inferno Ardente, seres que almejam pelo poder caótico de toda criação, em contraste com os anjos e sua natureza ligada à ordem.

Existem alguns tipos de origem para os demônios: os mais poderosos, conhecidos como Grandes Males, surgiram das sete cabeças do dragão Tathamet – a encarnação do mal que residia em Anu, o primeiro ser da Criação – cuja queda também gerou o Inferno Ardente. Já a maioria dos demônios inferiores nasce do Abismo Negro. Ainda há casos onde eles são criados por meios artificiais.

Demônios são seres físicos, diferente dos anjos. Eles possuem grande potencial mágico e reencarnam no Inferno Ardente quando derrotados. Mortais e anjos podem ser transformados, corrompidos ou possuídos por demônios.

Dentre os demônios do Inferno Ardente, os Grandes Males são os mais poderosos. Entre os sete, eles são divididos em Males Superiores, que vieram das cabeças principais do dragão Tathamet, e Males Inferiores.

Os Grandes Males lideram o Inferno Ardente e são seus generais no Conflito Eterno, a guerra milenar entre Paraíso e Inferno pelo controle da criação. Os Males Superiores são Mephisto, Baal e Diablo, enquanto os Inferiores são Azmodan, Belial, Duriel e Andariel. Eles são os principais antagonistas da franquia (Diablo, como o nome sugere, o maior deles).

A relação dos Grandes Males com os mortais é simples: eles veem os habitantes de Santuário como uma vantagem contra o Paraíso no Conflito Eterno, além de uma ferramenta de poder nas constantes guerras civis do Inferno Ardente. Mesmo que venham do mesmo lugar, a natureza demoníaca é a da conquista e caos, fazendo com que o reino infernal esteja sempre em algum tipo de disputa por poder.

Andariel faz parte dos Males Inferiores, é gêmea de Duriel e governa sobre a angústia e o sofrimento psíquico dos mortais. Assim como seu irmão, sua existência é sádica, tirando prazer da tortura psicológica de seus seguidores, inimigos e mortais.

Ela é a única integrante feminina dos males. Mestra em manipulação, Andariel usa seus poderes para quebrar seus adversários de dentro para fora – ainda que seu poder físico também seja devastador.

Durante a revolta dos Males Inferiores, Andariel foi convencida por Azmodan e Belial a ajudar na expulsão dos Males Superiores do Inferno. Logo depois, perdeu poder para os dois, que iniciaram uma guerra entre si pelo controle absoluto da dimensão infernal.

Você enfrenta Andariel no final do primeiro ato de Diablo II. Ela deve voltar de alguma forma em Diablo IV, como visto em artes conceituais e em um dos trailers do game.

Entre os Males Inferiores, Azmodan é um dos mais poderosos. Seu reino é o do pecado, que governa sobre a corrupção, o vício, tudo que é proibido. Ele é o mal do carisma, da sedução, que manipula seus alvos através do prazer e ilusões.

É Azmodan, junto de Belial, quem liderou os Males Inferiores a expulsar os Superiores do Inferno, iniciando o Exílio Sombrio de seus irmãos em Santuário. Em seguida, ele conspirou contra seus aliados pelo controle absoluto da região infernal, saindo em grande parte vitorioso.

Durante Diablo I e II, é Azmodan quem controla a maior parte do Inferno Ardente. Ele, então, se torna um dos vilões de Diablo III e você o enfrenta no final do terceiro ato do game.

O Senhor das Mentiras é um dos Males Inferiores mais inteligentes. Belial é quem governa sobre a falsidade, a traição e é um mestre manipulador guiado inicialmente por Mephisto, o Senhor do Ódio.

É dito que Belial manipulou Azmodan para iniciar a revolta dos Males Inferiores, que levou ao Exílio Sombrio dos Superiores em Santuário. No entanto, durante a batalha pelo domínio do Inferno Ardente, Belial perdeu para o irmão.

Belial é poderoso, mas nunca liderou seus exércitos. Seus meios sempre favoreceram enganação e manipulação ao conflito direto. Depois de perder para Azmodan, ele virou sua atenção para Santuário, na tentativa de corromper mortais para aumentar sua força.

Você enfrenta Belial no final do segundo ato de Diablo III.

O Senhor da Dor, Duriel, é gêmeo de Andariel. Enquanto sua irmã domina sobre o sofrimento psicológico, seu reino é o da dor física, da carne. Ele é um masoquista extremo que se deleita em sua própria agonia e na dor de seus seguidores e inimigos.

Duriel ama torturar e causar dor. Ele é um dos Males mais brutais; sua forma física é absurdamente resistente, destrutiva e bizarra, moldada para extrair o máximo de sofrimento possível de seus alvos.

Enquanto ele e Andariel foram convencidos a participar da expulsão dos Males Superiores do Inferno, os gêmeos mudaram de ideia tempos depois, auxiliando Diablo a libertar seus irmãos durante os eventos do segundo game.

Você enfrenta Duriel em Diablo II, durante o segundo ato do jogo.

Agora sobre os Males Superiores, Baal é o mais impetuoso dos três. O Senhor da Destruição reina sobre o caos da guerra, sobre a desordem e descontrole. Ainda que, a primeiro momento, ele pareça centrado e até calculista, ele é o mais impulsivo, agressivo e violento dos Males.

Antes da criação de Santuário, Baal se deleitava na destruição causada pelo Conflito Eterno. Quando os Males Superiores foram expulsos para o reino mortal, ele foi encontrado e derrotado em pouco tempo, sendo aprisionado. É Diablo quem o encontra e liberta, séculos depois.

Livre no mundo dos mortais, Baal tenta corromper a Pedra do Mundo, o núcleo primordial de Santuário. Suas ações levam para a destruição da Pedra e sua derrota.

Você enfrenta Baal no final do quinto ato de Diablo II.

Não estaríamos aqui sem ele: Al’Diabolos, também conhecido como Diablo, o Senhor do Medo. Ele é o antagonista principal da maioria dos games da franquia, é o mais jovem dos Males Superiores e seu domínio é sobre o medo, o terror.

Diablo é considerado um dos Males mais perigosos por ser incapaz de sentir medo – e de sua especialidade ser infligir e se alimentar do terror alheio. Ele é calmo, inteligente, paciente e, em especial, o mais criativo entre seus irmãos.

Exilado em Santuário, Diablo corrompe a cidade Tristram e começa criar sua própria versão do Inferno Ardente no reino mortal. Mesmo derrotado, ele corrompe um dos heróis que o enfrentou, toma seu corpo e o usa para se fortalecer e libertar seus irmãos que também foram presos por humanos.

Ele é o mais persistente dos três Males, sempre escapando para uma nova possessão, pensando adiante. Tanto que ele consegue, em certo ponto, absorver o poder de todos os seus irmãos para se tornar uma versão do Mal Primordial, lançando um ataque direto no Paraíso.

Diablo é a batalha final do primeiro game e você o enfrenta também no quarto ato de Diablo II e Diablo III. Ainda não se sabe se o Senhor do Medo retorna em Diablo IV.

Por fim, o Senhor do Ódio é o mais inteligente, manipulador e paciente dos Grandes Males. Mephisto é o pai de Lilith, regente do rancor, da vingança e de todo sentimento obscuro direcionado ao outro.

Quando exilado em Santuário, Mephisto foi capturado, mas seu ódio corrompeu todos ao seu redor. Ele foi libertado por Diablo e ajudou a planejar a corrupção da Pedra do Mundo, mas foi derrotado novamente. Ainda que seja o mais inteligente, assim como seu antigo pupilo, Belial, ele prefere controlar suas guerras longe das linhas de batalha.

Mephisto é quem menos vimos em ação dos três Males Superiores. Ainda não sabemos muito de sua relação com Lilith, mas o fato da Filha do Ódio ser uma das figuras principais de Diablo IV denuncia que veremos mais de seu pai no game.

Você enfrenta Mephisto durante o terceiro ato de Diablo II.

Não podemos finalizar essa lista sem falar dela: Lilith, o ponto focal de Diablo IV. Conhecida por vários títulos, ela é a Rainha das Sucubus, Filha do Ódio, Criadora de Santuário e Primeira Mãe.

Cansada do caminho que seu pai, Diablo e Baal trilhavam, investindo tudo no Conflito Eterno, ela buscou um novo destino ao lado de Inarius, um anjo capturado durante a guerra. Ele compartilhava o sentimento de Lilith sobre a batalha e isso os aproximou.

Com Inarius, Lilith roubou a Pedra do Mundo e, a partir dela, criou Santuário. Os dois buscavam um reino isolado do Conflito, o mantendo em segredo dos generais do Inferno e do Paraíso. Lá, os dois criaram, a partir do barro e da mistura de seu sangue, o primeiro dos nephalem e outros anjos e demônios os seguiram.

Ao longo do tempo, Lilith e Inarius perceberam o potencial assustador dos nephalem. Enquanto Lilith viu ali a chance de dominar e encerrar o Conflito Eterno, Inarius ficou assustado com a possibilidade dos nephalem superarem seus criadores e atraírem a atenção do Paraíso. Esse foi o início de uma longa guerra entre os dois, que terminou com a derrota e banimento de Lilith.

Lilith tentou retornar algumas vezes ao longo dos séculos. De seu exílio, porém, ela auxiliou Diablo e os demônios em certos momentos. No entanto, a Primeira Mãe nunca foi esquecida.

É possível enfrentar Lilith em Diablo II. Porém, nesse game, seu design de personagem é o mesmo da Andariel, com cores diferentes. A verdadeira Lilith você só encontrará em Diablo IV.