8 curiosidades bizarras que você não sabia sobre a boneca Barbie

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8 curiosidades bizarras que você não sabia sobre a boneca Barbie

Por Gabriel Mattos

Além de fortemente feminista, o filme Barbie, que estrou nos cinemas no dia 20 de junho ao lado de Oppenheimer, é uma verdadeira celebração da história da boneca mais famosa do mundo — desde sua criação até os dias de hoje. Mesmo quem passou a vida inteira brincando com o brinquedo que inspira a personagem de Margot Robbie não sabe tudo sobre esse ícone da feminilidade, que esconde uns segredos bastante curiosos.

Para ficar por dentro de todas as referências obscuras do filme, preparamos uma lista com oito curiosidades que você provavelmente não sabia sobre a boneca Barbie. Confira!

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Origem do nome

Barbie foi criada em 1959 por Ruth Handler, presidente da Mattel na época e uma de suas co-fundadoras, ao lado de seu marido Elliot Handler. A ideia surgiu ao observar a diferença de oferta de brinquedo para seus filhos, enquanto o menino recebia bonecos que lhe permitiam sonhar em ser um astronauta entre outras profissões, a menina tinha bonecas de bebês e outros utensílios para sonhar em ser mãe.

Assim, ela decidiu batizar a Barbie em homenagem a sua filha, Barbara Handler. Quando surgiu um parceiro para a boneca, levou o nome de seu filho, Ken Handler.

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Passado indecente

Para idealizar o formato da boneca, completamente diferente das bonecas de papel da época, Ruth Handler buscou inspiração em um brinquedo que conheceu em uma viagem à Suíça, em 1956 — a boneca adulta Bild Lilli, que teve seus direitos comprados pela Mattel em 1964.

Era um brinquedo muito parecido com a primeira Barbie, porém carregada de conotação sexual. De origem alemã, conhecida por uma série de tirinhas promíscuas, era utilizada por homens para sinalizar interesse sexual para suas parceiras. Inclusive, as primeiras bonecas não olham diretamente para o espectador por uma convenção na arte de que prostitutas sempre evitavam o olhar do público. Nas pinturas, isso foi quebrado por Manet em 1863 pela obra Olympia. Com a Barbie, só foi parar no início dos anos 70 com a Barbie Malibu.

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Feita para casar

Devido a suas origens controversas, a Mattel estava muito receosa em lançar o produto para o público geral. Entre as meninas que a empresa testou, a boneca era um sucesso. As mães, contudo, não pareciam nada satisfeitas em uma boneca tão voluptuosa. Houve um medo que as Barbies incentivassem meninas a serem sedutoras e indecentes.

Na prática, a boneca incentivou muitas garotas a se portarem de forma mais educada e feminina, o que chamou a atenção das mães. Para reverter esse pânico moral, o marketing focou precisamente nesta qualidade, de que a boneca poderia incentivar as meninas a serem esposas desejáveis, o que culminou na inclusão de uma cena com um vestido de noiva primeiro comercial da boneca.

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Rostos diferentes

Ao longo das décadas, a Barbie sofreu algumas mudanças para se adequar aos gostos das novas gerações de meninas (e meninos). Porém poucas foram tão drásticas quanto às mudanças de molde da cabeça da boneca. No total, a Barbie estereotípica teve cinco rostos diferentes: a vintage, dos anos 50; Twist ‘N Turn, de 1967; a superstar, de 1977; a modelo de Bob Mackie, em 1992; e a Generation Girl, a partir de 1999. Os diferentes rostos aparecem como easter egg no filme em uma paródia do Monte Rushmore.

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Corpo de modelo

Desde muito cedo, as bonecas Barbie são acusadas de não apresentarem proporções realistas de uma figura feminina, o que causaria uma imagem distorcida em meninas pequenas de todo o mundo. Contudo, a decisão de construir a boneca com medidas impraticáveis não foi feita para seguir um padrão estético, mas sim para melhorar a implementação das roupas.

Como uma boneca de moda, muitas roupas eram vendidas à parte para a boneca. Na época, devido a limitações tecnológicas, as peças eram produzidas por teares de roupas humanas comuns. Assim, as roupas e acessórios acabavam com proporções que poderiam esconder demais o visual da boneca, então o pescoço e as pernas foram alongadas para compensar.

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Bonecas polêmicas

A casa da Barbie esquisita do filme é o refúgio para outras bonecas polêmicas da história da personagem. A Teen Talk Barbie, por exemplo, conseguia falar mais de 270 falas descoladas para a garotada da época. Porém, como a maioria seguia o estereótipo da loira burra, acabou sendo muito criticada e descontinuada.

Outra bem peculiar era a Video Girl Barbie, de 2010, que vinha com uma câmera escondida no colar e foi descontinuada porque o próprio FBI divulgou um comunicado declarando a boneca um perigo para a segurança das crianças. E ainda tem a Slumber Party Barbie de 1965 que vinha com um manual de como perder peso. A única dica? Não coma! Basicamente incentivando a anorexia infantil.

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Barbie eliminou as Bratz

No início dos anos 2000, a venda de Barbies entrou em um sério declínio, especialmente após o surgimento de uma nova rival: as Bratz. Na época, as bonecas se conectavam melhor com a era das girl bands, ícones quase adolescentes, com estilos diferentes entre si e uma amizade inabalável. Muitos fãs acreditam que, no filme, as Bratz sejam representadas por Sasha e suas amigas do Ensino Médio.

Sem conseguir vencê-la nas lojas, a Mattel resolveu derrotá-las nos tribunais e processou MGA por espionagem corporativa por terem contratado um ex-funcionário da empresa. Eventualmente, a batalha judicial resultou em derrota, em 2013. Mas com os cofres da MGA e a imagem das bonecas desgastadas pela questão, as bonecas entram e saem de produção desde então.

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Quase foi de Americanas

A Mattel, empresa da Barbie, quase “foi de Americanas”. O motivo não tem nada a ver com a boneca em si, mas a sua criadora: Ruth Handler. Quando as vendas da empresa estavam particularmente baixas, a empresária cometeu fraude fiscal para evitar que os acionistas soubessem e parassem de investir na empresa.

Para enganar a fiscalização, Handler mandava caminhões cheios de carrinhos Hot Wheels para jogar fora em aterros. Porém, na hora de registrar a baixa, os brinquedos eram anotados como vendidos. A situação chegou a ser investigada pelo governo federal dos Estados Unidos. Ruth não chegou a ser presa, mas foi condenada a pagar uma multa, cumprir serviços comunitários e deixou também a liderança da empresa, junto de seu marido. A situação é mencionada brevemente no filme.