[CRÍTICA] Maze Runner: A Cura Mortal – Demorou mas chegou!
[CRÍTICA] Maze Runner: A Cura Mortal – Demorou mas chegou!
C.R.U.E.L. não é bom!
Depois de quase 3 anos, finalmente chega aos cinemas a terceira parte da adaptação cinematográfica dos livros escritos por James Dashner.
O filme que conclui a história de Thomas e seus amigos na luta contra o C.R.U.E.L., teve de ficar engavetado devido ao acidente sofrido por Dylan O’Brien durante as gravações, mas será que ele foi capaz de dar um final digno à franquia mesmo após todo esse tempo?
Descubra em nossa crítica sem spoilers!
Imagens: Divulgação
Ficha Técnica
Título: Maze Runner: A Cura Mortal
Ano: 2018
Lançamento: 25 de Janeiro de 2018 (Brasil)
Direção: Wes Ball
Duração: 142 minutos
Sinopse: No terceiro filme da saga, Thomas (Dylan O' Brien) embarca em uma missão para encontrar a cura para uma doença mortal e descobre que os planos da C.R.U.E.L podem trazer consequências catastróficas para a humanidade. Agora, ele tem que decidir se vai se entregar para a C.R.U.E.L e confiar na promessa da organização de que esse será seu último experimento.
Muitos ficaram preocupados com o futuro de Maze Runner depois que Dylan O’Brien se acidentou durante as gravações, o ator sofreu fraturas e cortes em seu rosto e as gravações tiveram de ser paralisadas até que ele se recuperasse.
Depois de seis longos meses, o ator estava de volta à ativa e pronto para continuar, e conseguiu entregar um belo trabalho no filme que encerra a adaptação da franquia de livros Maze Runner.
Continuando os eventos mostrados no primeiro filme, vemos Thomas, Newt, Caçarola e companhia, tentando resgatar Minho e as demais crianças que foram capturadas pelo C.R.U.E.L. após a traição de Teresa.
A cena e abertura do filme já denota o tom que se seguirá ao longo de toda a trama: ação. Vemos uma belíssima cena onde os garotos tentam desacoplar os vagões de um trem onde se encontram os prisioneiros, nos proporcionando uma cena digna de filmes estrelados por Tom Cruise, The Rock e Vin Diesel.
Mesmo conseguindo completar a missão, os garotos falham em resgatar Minho (que por algum motivo que não foi muito explicado, desaparece do vagão misteriosamente).
A trama segue com o grupo de Thomas em busca de Minho, para que possam finalmente partirem com Vince e Brenda para o tão sonhado “paraíso”, só que as coisas não serão tão simples quanto parecem.
Se você é um fã dos livros, não espere ver uma reprodução completamente fiel aos eventos de A Cura Mortal, muitas coisas foram alteradas para que o filme ficasse mais compacto e mesmo assim ele ainda pode parecer longo demais em alguns momentos.
Fica claro que diretor e roteirista se esforçaram ao máximo para dar coesão à história e mostrar os dois lados da moeda na Organização C.R.U.E.L., e eles conseguem fazer isso muito bem, sem perder a essência do que foi mostrado nos livros. Os eventos-chave ainda estão lá, porém algumas coisas foram alteradas ou não foram adaptadas para que a narrativa não fosse comprometida.
Uma coisa que consegue ser impressionante no filme são os efeitos especiais, que estão impecáveis e muito críveis, o mundo pós-apocalíptico da trama foi mais uma vez retratado com maestria, embora tenha sido pouco explorado devido à quantidade de eventos paralelos que acontecem na trama.
Wes Ball abusa de efeitos práticos que deixam tudo muito mais realista e interessante, uma pena que a fuga dos “cranks” e a luta por sobrevivência nesse mundo acabe ficando em segundo plano, entretanto, nas poucas vezes em que isso é abordado, temos uma agradável surpresa com um jump scare garantido.
As atuações são suficientes para o que a trama necessita, com os grandes destaques ficando por conta de O’Brien, Thomas Brodie-Sangster como Newt, Kaya Scodelario como Teresa e o implacável Jason, vivido por Aidan Gillen.
Gillen se mostra um ator excelente, que nasceu para interpretar vilões e nos deixar com raiva de seus personagens. Jason consegue ser uma pedra no sapato de Thomas e realmente representa a essência da palavra cruel, entretanto, possui uma motivação plausível para suas ações, que convencem o espectador.
O filme, assim como o livro, possui momentos que nos causam diferentes emoções, e os atores conseguem transmitir isso muito bem, principalmente Brodie-Sangster, que se destaca em meio aos protagonistas e faz jus à sua contraparte literária.
O’Brien se mostra um ator com muito potencial e um exímio ator de filmes de ação, provando mais uma vez que tem muito potencial para uma carreira sólida no futuro, entretanto, torcemos para que ele não seja mais um ator que acaba ficando preso à uma franquia e não consegue se solidificar em outros longas.
A trilha sonora casa perfeitamente com as nuances narrativas apresentadas pela trama, temos momentos de extremo silêncio que preparam a atmosfera para algo eletrizante ou chocante.
Mais uma vez, o diretor demonstra saber o que está fazendo e onde quer levar a trama, e sabe construir elementos que se conectam, dando credibilidade à franquia como um todo e coesão os eventos anteriores.
Maze Runner: A Cura Mortal, encerra de maneira digna a franquia, trazendo elementos do livro e criando uma identidade própria.
Apesar de alguns momentos serem cansativos e as relações de alguns personagens não parecerem tão naturais, o filme acerta ao concluir a narrativa iniciada nos filmes anteriores e apresentar uma conclusão à história de Thomas.
Entretanto, algumas pontas podem ter ficado soltas, mas considerando a dimensão dos livros e todos os eventos que acontecem, acredito que seria praticamente impossível reproduzirem a narrativa de Dashner de maneira integral.
Nota: 4/5